quinta-feira, 25 de maio de 2017


                                                                       
                                                                       ENTREGA


Deixe pra lá! Releve! Perdoe!
   Tenho percebido que essas são palavras difíceis para algumas pessoas, e fáceis para outras. E o que está por trás dessas atitudes me intriga.
   Parece que algumas pessoas têm uma grande capacidade de “deixar pra lá, de relevar uma ofensa, de esquecer um agravo." É como se não se apegassem às coisas. Na hora da perda, não sofrem muito. Porém, não lutam tanto pelo que acham importante. Sem luta, não há vitória.
   Outras parecem incapazes de abrir mão. Então, tudo o que a vida lhes tira, produz a dor de um assalto, de uma violência.
    Entre estas últimas, as que mais me chamam atenção são aquelas que não “abrem mão” de suas razões. Seja em uma simples conversa, que acaba em discussão, seja em uma questão de direito, apegam-se às suas razões até às lágrimas. E se, após muitas lutas, essas coisas lhe são “tomadas”, entram em desespero de morte.
     As pessoas do primeiro grupo sofrem menos, por não se apegarem demasiadamente. Não lutam tanto, não retêm tanto. Não perdem muito, mesmo quando são abusadas.
      Entretanto, conheço gente que é capaz de se lembrar de todas as violências sofridas ao longo da vida. Coisas que lhe foram tiradas, batalhas perdidas, conversas encerradas, desconsiderações, injustiças, votos vencidos, estão todos lá, no depósito de passivos, de haveres, aguardando ressarcimento.
        Sim, a vida (que acaba assumindo nomes de pessoas) lhes deve. Se algo nunca foi entregue, então lhes foi tomado. Se nunca foi perdoado, ainda é “dívida ativa”. Se nunca foi esquecido, está registrado para oportuna cobrança.
         Talvez uma pessoa assim considere aquele que “deixa pra lá” um leviano. E talvez o que releva e esquece considere aquele que não “abre mão” um infeliz briguento.
         Lembro-me de ter “deixado pra lá” direitos de consumidor, só para não arranjar briga. Porém, lembro-me de ter “pendurado” ofensas, aguardando o pedido de desculpas. Recordo-me de ter dado razão a quem não a tinha, para preservar a amizade, e de ter “aberto mão” da amizade por não achar justo “deixar barato”.
         Certa vez, deparei-me com uma frase usada em um curso para noivos: “O que você prefere: ter razão ou ser feliz?” – como que a dizer que, se eu quisesse ter sempre razão, seria infeliz! Será que essa pergunta não nos ajudaria a definir melhor a qual grupo pertencermos?
          Eu confesso: naquele exato momento me descobri preferindo ter razão. E argumentei para mim mesmo que a felicidade, à custa do que é certo, não vale a pena. Senti-me como a formiga invejosa, criticando a alegria “irresponsável” da cigarra.
          Nesse momento, ouvi a palavra de Paulo aos coríntios conflagrados: “[...] por que não sofreis, antes, a injustiça? Por que não sofreis, antes, o dano? (1 Co. 6.7).
          Ocorre-me então que talvez a atitude correta não seja o “deixar pra lá”, mas a entrega. Em vez de esquecer, entrego meus direitos, bens e razões ao reto juiz. Assim, as coisas não ficarão sem consequência, sem julgamento, sem resposta. Contudo, estarei “deixando pra lá”, em um ato de fé, para ser feliz.
          Imagino que, por este caminho, Deus me acrescentará o orar pelos meus inimigos e me alegrará ao vê-los abençoados.

Por Rubem Amorese (Revista Ultimato).
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terça-feira, 9 de maio de 2017

                                             
                                               BEBER OU NÃO BEBER

"Pois veio João, que não comia nem bebia, e dizem: Tem demônio! Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: Eis aí um glutão e bebedor de vinho..." (Mateus 11.18,19).

Para quem não está resolvido quanto a questão do antigo vício, este comentário de Jesus é um aparente respaldo para acalmar a consciência que tenta a cada rodada convencer-lhe do perigo eminente. Não queremos questionar aqui qual a bebida que contém maior ou menor teor de álcool, ou que tenha alguns benefícios comprovados para a saúde do homem, mas sim sobre o vício velado que impulsiona os “dependentes sociais” a beberem até que nos seus olhos transpareçam a sua verdade.
Jesus, comprovadamente, tinha o controle sobre si mesmo e seus apetites. Ele poderia ser bom de garfo e gostar de vinho, mas sua biografia é indubitável. Ele sempre esteve plenamente sóbrio e tão lúcido que seus invejosos inimigos chegaram algumas vezes ao ponto de pegarem pedras para apedrejá-lo por suas afirmações e respostas sábias e claras em qualquer controvérsia, ainda em uma mesa festiva, quando o vinho era servido em abundância.

Interessante que ninguém que seja dado a bebida procura seguir o exemplo do grande profeta João Batista ou de algum outro nazireu...

"Ditosa, tu ó terra cujo rei é filho de nobres e cujos príncipes se sentam à mesa a seu tempo para refazerem as forças e não para a bebedice" (Eclesiastes 10.17).

Feliz realmente o povo que tem um líder sábio, que diz não a sua liberdade por amor as suas ovelhas, especialmente aquelas que um dia lutaram com garra contra a desgraça do vício, mas que com um simples aperitivo, incentivado pela liberalidade do seu guia, poderão voltar ao poço. Lembrando que muitos líderes um dia também foram viciados e, sendo “carne”, não estão livres de volverem a lama.

Ouvi o desabafo de uma adolescente contra os líderes da sua igreja dizendo que, ao beberem, contribuíam para que continuasse vivo o espírito de alcoolismo em seu pai, que, por conseguinte, perdera toda autoridade para os seus irmãos, que se envolveram não só com bebida, como também com drogas. Deixando-lhes também dúvidas quanto a eficácia de uma conversão genuína, libertadora, que compromete o cristão a andar como Jesus andou.


"E estes também cambaleiam pelo efeito do vinho, e não param em pé por causa da bebida fermentada. Os sacerdotes e os profetas cambaleiam por causa da bebida fermentada e estão desorientados devido ao vinho; eles não conseguem parar em pé por causa da bebida fermentada, confundem-se quando tem visões, tropeçam quando devem dar um veredicto." (Isaías 28.7).
Este quadro entendemos que foi se desenhando à medida que eles se iam afastando inconsequentemente da santidade e considerando normal, sem inconveniências, os seus procedimentos. Tragamos a memória o lamento de Deus através do profeta Jeremias: "O meu povo tem sido ovelhas perdidas; seus pastores as fizeram errar e as deixaram desviar para os montes; do monte passaram ao outeiro, esqueceram-se do seu redil. Todos os que as acharam as devoraram; e os seus adversários diziam: Culpa nenhuma teremos; porque pecaram contra O Senhor, a morada da justiça, e contra a esperança de seus pais, O Senhor." (Jeremias 50.6,7).

"Basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo como o seu senhor...” (Mateus 10.25).

“Vem, façamo-lo beber vinho, deitemo-nos com ele e conservemos a descendência de nosso pai.” (Gêneses 19.32).

Não conheço outra passagem na Bíblia em que a intenção de embriagar alguém fosse para honrá-lo, mesmo assim, salvas por uma cultura...

Dificilmente os que um dia se perderam pelas veredas tortuosas do vício, e se converteram realmente dos seus caminhos, ao Senhor, dominam sua carne quando "se deixam tentar pelo vinho quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente. Pois ao cabo morderá como a cobra e picará como o basilisco." (Provérbios 23.31). Uma vez inebriados, estão expostos a situações vexaminosas, quando não, a cometerem violência ou sofrerem até mesmo a morte.


É com a autoridade de quem durante vinte anos consecutivos trabalhou com o Ministério Peniel, que lida com recuperação de viciados que afirmo esta verdade.

“Absalão deu ordem aos seus moços, dizendo: Tomai sentido; quando o coração de Amnom estiver alegre de vinho, e eu vos disser: Feri a Amnom, então, o matareis. Não temais, pois não sou eu quem vo-lo ordena? Sede fortes e valentes." (2 Samuel 13.28).

“A sensualidade, o vinho e o mosto tiram o entendimento.” (Oséias 4.11).

Por Guiomar Barba
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segunda-feira, 8 de maio de 2017

                                       (Meu chamado para o ministério com viciados em drogas)



                               ESCOLHIDA
Ouve, filha, vê e dá atenção: esquece a casa do teu pai.
O Rei foi cativado pela tua formosura. Ele te escolheu.
Siga-O pelos caminhos áridos ou lavradios.
Inclina-te perante Ele e conhecerás a sabedoria.
Talvez experimentarás a solidão dos desertos,
Ficarás queimada pelos raios de um sol causticante.
Mas não te esqueças: Foi no deserto que Israel
Provou do maná, bebeu de fontes sagradas.
O Rei tem a voz como o som de muitas águas.
Ele cavalga altaneiramente nas asas dos ventos,
Faz dos seus ministros labaredas de fogo.
Manda mensagens secretas ao teu espírito.
O Rei é totalmente misterioso e mui atraente.
O mar, as ondas furiosas e os raios, lhe obedecem.
Ele te protegerá como a menina dos seus olhos.
Nas palma das suas mãos Ele te gravou.
Inclina-te perante Ele, segue-O confiante.
Entrega-te ao seu amor, ao seu bem querer.
Porque Ele é lindo, forte, totalmente desejável.
Nos seus braços encontrarás eterno refúgio.
Por Guiomar Barba
03.05,2017.
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