EDUCANDO FILHO
"Pais, não irritem seus filhos; antes criem-nos segundo a instrução e o conselho do Senhor." (Efésios 6:4).
Nossos filhos não são propriedade do estado, como afirmam os marxistas, mas como diz o rei Davi: “Os filhos são herança do Senhor, uma recompensa que ele dá”. (Salmos 127:3). Partindo deste princípio é nosso dever, como pais, gastar tempo de qualidade na educação deles. Devemos encaminhá-los, não tendo como meta realizar os nossos sonhos frustrados através deles, antes ajuda-los e apoiá-los na descoberta e na realização dos seus próprios sonhos.
Lembro de uma amiga que
me falou num tom bem sarcástico: “vou realizar o sonho do meu pai, vou me
formar no curso dele, no dia da minha formatura entregarei o diploma na mão
dele.” Ela hoje não exerce a profissão que o pai escolheu para ela, mas
frustrada, realizou parte do sonho do pai.
As exigências do mundo
moderno, têm levado muitos pais a negligenciarem tempo de qualidade com os
filhos e para acalmar a consciência, oferecem a eles os entretenimentos
propostos por indústrias e permitem que programas como novelas, imprimam maus
valores em suas mentes ainda incapacitadas para fazer escolhas.
O escritor Sergio Sinay
é um especialista em vínculos humanos. Sociólogo e jornalista, formou-se na
Escola de Psicologia da Associação Gestáltica de Buenos Aires. Requisitado
consultor sobre assuntos familiares e relações pessoais, entrevistado pela
revista Época 02/08/2012.
Questionado porque ele
relaciona o fracasso dos pais na educação dos filhos ao medo que eles têm da
reprovação infantil e de onde vem esse medo e como fugir dessa armadilha,
ofereceu uma resposta clara:
“O medo vem de uma cultura que
transformou as relações humanas em transações comerciais. As pessoas se
enxergam como recursos ou clientes. Os pais tratam de comprar o amor dos filhos
e temem que o cliente não esteja contente. O carinho dos filhos não se compra.
Amor se constrói com presença, atitudes e assumindo a responsabilidade de
liderar o caminho dessa vida em direção à autonomia. Para isso, há que se
estabelecer limites, marcar as fronteiras, frustrar. Criar e educar é também
frustrar, ensinar que nem tudo é possível. Só assim se ensina a escolher. E só
quem escolhe pode ser livre. Os pais, no entanto, têm medo de não ser
simpáticos, então se esquecem de ser pais, que é o que os filhos
precisam."
Por falta de cumprir o
papel de educadores, muitos pais tornaram-se refém dos seus próprios filhos.
Estes lhes ditam as ordens de como querem dirigir as suas vidas e qual o papel
que seus pais podem ocupar no seu espaço. Cumprem horários estabelecidos por
eles próprios, como seja: hora para dormir, tempo gasto com estudo; tempo gasto
com TV, computador,
celulares e tudo que a tecnologia lhes oferece; escolhem a
sua própria alimentação, seus amigos; enfim tudo que lhes convém.
O resultado de toda esta
inversão de autoridade são adolescentes problemáticos, que ainda no limiar das
suas vidas já estão entregues a crises existências sérias, quando não, às
drogas, ao álcool, à promiscuidade sexual e a tantos outros descaminhos.
Gostaria de instar com
nosso querido leitor a conferir o depoimento do Sr. Carlos Ferreira, de como
ele conseguiu restaurar o seu filho de descaminhos.
http://davidguiomar.blogspot.com.br/2014/05/httpwww.html#links
Nossos filhos são o nosso maior tesouro, empenhemo-nos em amá-los com o nosso tempo também.
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Nossos filhos são o nosso maior tesouro, empenhemo-nos em amá-los com o nosso tempo também.
Por Guiomar Barba.