sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

“Deus Conosco”

Palavra da Liturgia – Mateus 1, 18-24

Celebremos a alegria de encontrar com nosso Deus que está conosco e nos salva. Nesta liturgia vemos uma história simples e angelical. A história de uma menina (Maria) e seu esposo (José). Uma história de amor e acolhimento.

Maria acolhe O Espírito Santo e a promessa de Deus para a humanidade. Ao acolher o salvador como filho amado, Maria acolhe toda a humanidade. O útero de Maria torna-se a casa da salvação e da libertação a todos os povos. José por sua vez acolhe Maria em sua casa, obedecendo a Deus e acolhendo Maria como esposa/mãe acolhe todos nós como filhos amados de Deus. A casa de José é de todos, pois é a casa de Maria. A Casa de Maria é a casa da mãe. A casa é nossa, pois Maria é nossa Mãe. Na Casa de Maria e José todos foram acolhidos em Jesus!

Deus acolhe a humanidade se fazendo homem e vindo morar entre nós. Acolhe-nos como Deus e salvador (Jesus = Deus Salva) e nos acolhe com a humanidade e presença (Emanuel = Deus Conosco).

Neste dia aprendemos com a família de Nazaré que o acolhimento é fundamental para que experimentemos e deixemos os outros experimentarem o amor de Deus. Tudo isto aconteceu de uma forma simples, divina e humanizada. Hoje não seria capa de jornal, nem seria artigo de revista e muito menos teria sido anunciado em nenhum canal de televisão. Passaria despercebido por todos nós e não entenderíamos o que havia acontecido. Assim acontece diversas vezes na simplicidade de Deus: os sinais passam por nós e não notamos. Deus conosco no pobre, na eucaristia, no próximo, no marginalizado, nas coisas simples, nos momentos em família, no trabalho, nas diversões...

Jesus não nasceu em um templo de pedras. Não escolheu uma família de ilustres. Não exigiu honras. Simplesmente se fez presente entre nós e bastou para que nunca mais a humanidade fosse a mesma. Se você reparar, notará que na vida todas as pessoas de grande e verdadeiro valor apresentam maneiras simples e é comum tratarmos o simples como se não tivesse valor. Esta maneira discreta de ser Deus se fazendo homem e morando entre nós é o sinal maior da sua resposta de amor por você. E que sinal mais poderia eu exigir de Deus a não ser sua presença de amor em minha vida? A sabedoria de Deus é um exercício exigente em relação à racionalidade humana que possui dificuldade para entender e compreender as coisas da vida de forma simples.
          
Quem tem fé descobre que o caminho da felicidade e do amor é bem mais curto do que se imagina. Se não há compreensão, ouse experimentar. Viver O Reino de Deus não é uma utopia inalcançável. O que chamamos de utopia impossível, na maioria das vezes, não é um sonho, é uma expressão da realidade que não temos coragem de viver. A humanidade prefere fugir à realidade ao invés de ser feliz. Transformamos o que deveria ser real em utopia e a ilusão em realidade. É um negócio estranho este medo da felicidade. Acreditamos com facilidade na tristeza e temos dificuldade em acreditar que a felicidade existe. Por isso chamamos de utopia o que não temos coragem de viver.  Optamos pelo risco da apatia, da adaptação, do conformismo. Este conformismo está expresso quando concordamos com o que está posto, quando passamos a acreditar que não existem alternativas e coibimos a liberdade de “ver-julgar-agir”. Ao abandonarmos a utopia perdemos a capacidade de transformação e compreensão.

O Reino de Deus é uma realidade distante na prática, não por que Jesus falhou, porque nos falta coragem de assumir nossos erros e converter. É aquela velha história de rezar para que Deus faça tudo. Ou então dizer que a culpa do fracasso é do outro e de Deus como fez Adão no paraíso. O pragmatismo somado ao imediatismo subordina o campo da ética e empobrece a cada dia mais o sonho de um mundo melhor.  O Reino de Deus que está próximo parece de forma ilusória ser distante. A culpa não está em quem tem a coragem de ser bom, mas naqueles que de forma covarde e egoísta não seguem pelo caminho do bem.

Por isso, exultemos de alegria, pois Deus resolveu fazer presença entre nós e apontar para um caminho onde quem ama é feliz. Nosso Deus é o Deus que Salva. É o Deus Conosco! É o Deus da alegria! Alegrai-vos! O Reino de Deus está ao alcance de quem tem coragem e fé para amar! A felicidade habita na simplicidade. O amor é caminho mais curto e seguro para chegar ao Reino de Deus.

Gilber†o Ângelo Begia†o

www.grupoacolher.com.br
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domingo, 20 de novembro de 2016

                                              MARCAS REJEITADAS

         
                            MARCAS REJEITADAS

          Trago em meu corpo as marcas de Jesus. (Gálatas 6.17)

Karl Barth no seu livro Carta aos Romanos pondera: “A vocação é a única coisa que distingue o profeta do falso profeta, que estabelece a diferença entre Paulo e os sete filhos de Ceva.”  (Atos 19:13-16).

O que sinalizava esta diferença?
 
Quero conhecer a Cristo, ao poder da sua ressurreição e à participação em seus sofrimentos, tornando-me como ele em sua morte para, de alguma forma, alcançar a ressurreição dentre os mortos. (Filipenses 3:10,11).

Com a declaração acima, Paulo expõe, ainda, que o seu objetivo não era reinar sobre o povo de Deus como fazem os falsos profetas dos nossos dias, como bem descreve Calvino:

“Paulo contrasta as tramas dos falsos apóstolos com sua própria sinceridade, como se estivesse dizendo: “Para não serem compelidos a levar a cruz, então negam a cruz de Cristo, adquirem os aplausos dos homens com o preço de vossa carne e terminam conduzindo-vos em triunfo. Meu triunfo e minha glória, porém, se encontram na cruz do Filho de Deus”. Se os gálatas não estivessem ainda destituídos de todo aquele comum sentimento, porventura não deveriam ter detestado aqueles a quem viam se refestelando a expensas deles?”.

As marcas de Cristo tanto para os gálatas como para a maioria dos evangélicos dos nossos dias não têm nenhum sentido diante da promessa de que agora só nos resta, neste mundo, reinar, uma vez que Cristo, na cruz, já fez tudo por nós.

No entanto, Paulo continua seus “macabros” discursos:

“Quanto a mim, que eu jamais me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por meio da qual o mundo foi crucificado para mim, e eu para o mundo.” (Gálatas 6:14).

“Mas o que para mim era lucro, passei a considerar perda, por causa de Cristo. Mais do que isso, considero tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por cuja causa perdi todas as coisas. Eu as considero como esterco para poder ganhar a Cristo” (Filipenses 3:7,8).

Calvino comenta: “E ele adiciona o oposto: e eu para o mundo”. Com essa expressão, ele quer dizer que o mundo era completamente sem importância e deveras absolutamente nada, porque a nulidade pertence aos mortos. De qualquer forma, ele quer dizer que, pela mortificação do velho homem, havia renunciado o mundo.”

“Pela fé, Moisés, já adulto, recusou ser chamado filho da filha do faraó, preferindo ser maltratado com o povo de Deus a desfrutar os prazeres do pecado durante algum tempo.” (Hebreus 11:24,25).

O que iremos preferir, morrer com Cristo ou desfrutar das glórias deste mundo que jaz no maligno?

“Gloriar-me senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo é o mesmo que gloriar-se no Cristo crucificado, ainda que algo mais esteja implícito. Ele tem em mente a morte cheia de miséria e ignomínia, a qual Deus mesmo amaldiçoou; a morte que os homens contemplaram com aversão e vergonha; nessa morte, diz ele, me gloriarei, porque nela eu encontro perfeita felicidade. Pois onde o bem mais excelente existe, aí há glória. Mas, por que não também em outros lugares? Ainda que a salvação seja revelada na cruz de Cristo, onde fica sua ressurreição: Eis minha resposta: na cruz está contida a totalidade da redenção e todas as suas partes, mas a ressurreição de Cristo não nos afasta da cruz. E note-se bem que ele abomina todas as outras formas de glória como não sendo nada menos que uma terrível ofensa...” Calvino.

Por Guiomar Barba


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domingo, 16 de outubro de 2016


                                   CRISTO EM NÓS

 “Pois eu lhes digo que se a justiça de vocês não for muito superior à dos fariseus e mestres da lei, de modo nenhum entrarão no Reino dos céus". (Mateus 5:20)

 Fomos marcados por traumas. Temos cicatrizes nas nossas almas. Muitos de nós temos feridas tão profundas que ainda sangram apesar do tempo e, por isso, tanto desequilíbrio emocional, tantos caracteres anômalos.

Aqueles que não conhecem a máxima do evangelho de Cristo que é "Amar ao próximo como a si mesmo" nos castigam a cada dia com difamações. São aqueles que hipocritamente esquecendo das suas próprias transgressões, tentam nos congelar nos nossos pecados.

Transcrevo o texto do Pr. Joilson Rocha que com muita propriedade nos expõe, à luz da Palavra de Deus:

“Aos 'doutores em divindade', aos 'expert em espiritualidade', aos 'promotores da justiça própria farisaica', aos 'Boanerges que querem queimar samaritanos', aos 'sem- pecado que atiram todas as pedras', aos 'que sempre exortam porque são infalíveis', enfim, à todos que se julgam tão santos e tão donos da verdade, de modo que a igreja precisa mais deles do que eles da igreja, uma Palavra: “Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, e não repara na trave que está no teu próprio? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho do teu irmão.” (Mt. 7.3,5).
Vamos ser mais empáticos do que antipáticos, mais misericordiosos do que justiceiros, mais irmãos do que rivais, mais cristãos do que pagãos, mais piedosos do que dogmáticos
então a “graça não será barata”, mas como disse Dietrich Bonhoeffer, será a “graça preciosa” que gera comunhão e glorificação a Deus.”

Se nós que somos vítimas de tantas dores, através da auto piedade, usarmos esta gama de sentimentos doentios, como arma contra os nossos inimigos, não estaremos contribuindo para a nossa ruína total?

Certa vez ao abordar um cantor “cristão,” por estar agredindo a sua esposa, física e emocionalmente, ele me gritou: “Você sabe o que já passei na minha vida? Contestei-o com o seu próprio argumento e no mesmo tom de voz dele, silenciando-o e graças a Deus, ele refletiu e mudou.

“Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!” ( 2 Coríntios 5:17).

O fato não é se alguém apenas converteu e foram cancelados os seus pecados, mas como nos aconselha o apóstolo Paulo, se estamos desenvolvendo a nossa salvação. (Filipenses 2.12). Se estamos processando a nossa salvação, evidentemente as curas do corpo, da alma e do espírito que Jesus morrendo na cruz nos proporcionou, serão refletidas através do fruto do Espírito em nós, que é: “amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.” (Gálatas 5.22).
Perceba que não estamos falando de uma cura mágica, mas de um processo bem doloroso, porque exige de nós a morte da nossa carne.

Quando depois de alguns anos de convertida eu fui incentivada pelo Espírito a pedir a Deus para que eu fosse crucificada com Cristo, simplesmente passei três dias sem conseguir fazer esta oração. Eu chorava e não conseguia pedir. Quero dizer com o meu testemunho, que, quando a palavra diz: “Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito; e o Espírito, o que é contrário à carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o que desejam.” (Gálatas 5:17), é que as nossas reações procedentes das nossas amarguras causadas pelos nossos sofrimentos, revelam que, apesar do pleno sacrifício   de Jesus,
“Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças” (Isaías 53:4), nós ainda, por nossa culpa, não fomos abençoados completamente. Portanto, estamos vulneráveis a sermos a inversão medíocre do que propôs o Pr. Joilson Rocha. Ou seja, seremos mais antipáticos do que empáticos, mais justiceiros do que misericordiosos, mais rivais do que irmãos, mais pagãos do que cristãos, mais dogmáticos, do que piedosos.”

A graça para lutarmos pela a versão correta, depende do nosso SER em Cristo.

Por Guiomar Barba
Corrigido por Carlos Bompastor


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terça-feira, 6 de setembro de 2016

         
         AS CURVAS NADA ATRAENTES  DO FEMINISMO PÓS-MODERNO


É difícil saber o que o movimento feminista deseja alcançar. A frase “É uma menina!” é responsável por 200 milhões de meninas a menos na população mundial. Apesar disso, feministas ocidentais reivindicam o direito de se desnudarem em público, de serem acriticamente promíscuas, de matarem seus bebês no útero -- como se isto resolvesse algo.

 A pergunta que tem de ser feita é: “De onde vem nosso valor como mulher?”.

A cultura pop tenta oferecer resposta. A música “Flawless”, de Beyoncé, é um libelo feminista. Ela descreve sua trajetória saindo de Houston, onde era tratada com preconceito, para reinar como diva pop entre diamantes e fãs. Beyoncé usa o discurso feminista da escritora nigeriana Chimamanda Adichie, a qual reclama do patriarcalismo que educa meninas para ver o casamento como o maior alvo da vida.

 Beyoncé se diz “flawless”, sem defeito. O diamante que ganhou do marido é “flawless”; seu corpo, moldado para atrair machos, é “flawless”. Ela inspira as meninas que a escutam a se sentirem sem defeito, do jeito que são. A mesma Beyoncé descreve em outras músicas como serve sexualmente a seu marido na parte de trás da limusine. Na verdade, Chimamanda e Beyoncé não falam da mesma coisa. Feminismo para Beyoncé é exercer poder sobre os homens. Feminismo para Chimamanda é a rejeição de símbolos tradicionais de opressão feminina, como o casamento.

Quando me mudei do Brasil para os Estados Unidos, notei uma diferença enorme no tratamento que as mulheres recebem aqui. O discurso público é o de igualdade, e a relação entre os sexos é permeada de um respeito que nós no Brasil não temos. Aqui eu me senti valorizada só porque existo. As mulheres não são medidas pelo seu poder de atração sexual. Mulheres “feias” andam pelas ruas como se fossem a própria Beyoncé a desfilar “flawless”, porque a cultura lhes permite.

 Ao mesmo tempo o “teto de vidro” é mais baixo aqui. Os americanos nunca tiveram uma Dilma presidenta, poucas mulheres têm influência no panorama político. No mundo evangélico, raras líderes cristãs exercem algum tipo de influência nacional.

Como explicar esta diferença? No Brasil, é mais fácil a mulher ser líder, mas o respeito não está presente. Mulheres poderosas são submetidas ao escárnio por sua forma física, suas emoções “melindrosas”, seu guarda-roupa.

O Brasil é uma cultura matriarcal. A mulher está no centro da estrutura social. Quando um casal se coloca diante do altar para se casar o celebrante diz: “E eu os declaro marido e mulher”. Quem perde o seu status de ser humano para se tornar uma “função” em relação ao outro é o homem. Na cultura patriarcal americana, o casal no altar ouve: “Man and wife”. O oposto. A mulher se torna a função que exerce para o marido.

 A sociedade americana tem como principal arquétipo masculino o pai-messias, papai-sabe-tudo, que tem na casa e na família seu reino e seu orgulho. A sociedade brasileira deixa a mulher livre para dominar estruturas sociais, mas sem deixar de ser alvo da hostilidade masculina. O arquétipo masculino principal é o Édipo-Don Juan, e a mulher tem de aprender a jogar o jogo social de ser a santa e a devassa de acordo com a necessidade do momento.

 O problema da mulher no mundo não é o patriarcalismo, nem os valores cristãos -- pelo contrário. Nunca me senti tão respeitada como gente como me sinto na América patriarcal. Mesmo assim existe machismo, existe a falta de oxigênio nos escalões mais altos; a mulher sofre como em qualquer outro lugar.

 O fato é que neste mundo marcado pelo pecado nós mulheres sempre vamos perder, a não ser que a consciência cristã se imponha aos costumes culturais. Se esta consciência está presente, ganhamos perspectiva. Aprendemos a ser quem somos e viramos o jogo. Ganhamos quando perdemos o espaço e ganhamos quando o temos, porque não são o espaço ou a falta dele que determinam nosso valor. Nosso valor nos foi outorgado por nosso Criador. É isto que feministas ocidentais não sabem. Se soubessem, lutariam por causas mais relevantes, como a sobrevivência de meninas e de bebês ainda no útero.

 Bráulia Ribeiro

• Bráulia Ribeiro trabalhou na Amazônia durante trinta anos. Hoje mora em Kailua-Kona no Havaí com sua família, e está envolvida em projetos de tradução da Bíblia nas ilhas do Pacífico. É autora de Chamado Radical e Tem Alguém Aí em Cima?.

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terça-feira, 16 de agosto de 2016


                                 O "CACHORRO" NÃO TÊM COR


Se você fizer o bem, não será aceito? Mas se não o fizer, saiba que o pecado o ameaça à porta; ele deseja conquistá-lo, mas você deve dominá-lo". (Gênesis 4:7).

Há alguns anos atrás tive um sonho bem singular. Eu tinha dois cachorros, um era branquinho e pequeno o outro era preto, grande e forte. Ambos eram bonitos, mas o preto, eu enxotei, enquanto que o branco, ficou como meu bichinho de estimação. Tentando discernir o sonho, a voz do Espírito Santo me veio esclarecedora: os dois cachorros significavam pecados na minha vida. O grande eu enxotei, mas o pequeno eu conservava comigo como algo inofensivo, não percebendo o quanto ele interrompia a minha comunhão com Deus.

Recordando deste sonho, me veio à mente quantos cristãos listam pecados como cachorros a serem afugentados, enquanto outros pecados, conservam como seu bichinho de estimação e ai daquela pessoa que tentar advertir, caracterizando-o como tal.

Convivi com uma senhora que mentia compulsivamente e quando tentei exortá-la sobre o fato, ela me falou que o meu conceito de mentira era diferente do seu. Bem, no meu entendimento mentira é a negação da verdade. Vejamos qual o conceito de Jesus sobre a mentira: “Vocês pertencem ao pai de vocês, o diabo, e querem realizar o desejo dele. Ele foi homicida desde o princípio e não se apegou à verdade, pois não há verdade nele. Quando mente, fala a sua própria língua, pois é mentiroso e pai da mentira.” ( João 8:44.)


Eu acredito que a forma correta de sabermos quais os cachorrinhos que estamos afagando, é examinando honestamente o nosso coração; é distinguindo as nossas atitudes com relação às contrariedades que temos no dia a dia; é observando como nos portamos nos nossos relacionamentos, se somos maquiados ou originais. Afinal, ao tentar ser dissimulados, ainda que para nos proteger, acarretaremos o mal para nós mesmos.

 O sábio Salomão nos conta sobre o seguinte conselho que recebeu do seu pai, Davi: “Acima de tudo, guarde o seu coração, pois dele depende toda a sua vida.” (Provérbios 4:23).


Por Guiomar Barba
Correção: Carlos Bompastor





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sexta-feira, 29 de julho de 2016



                                                            TEMPO DE CÃES

É, estamos vivendo esse tempo quando do amargo se diz doce, do doce amargo, do bem se diz mal e ao mal se chama bem. (Isaías 5.20).

Estamos vivendo o tempo onde grupos de interesses ideológicos, políticos, econômicos e religiosos se valem de estratégias de manipulação do inconsciente e consciente coletivo para impor valores há pouco estranhos a nossa sociedade.


Estamos vivendo um tempo em que cães e gatos se transformaram, pela força da mídia, em irmãos, irmãs, filhos, filhas, membros da família humana. Cães e gatos agora são príncipes e princesas da casa merecendo mais atenção, cuidado e investimentos do que crianças. 


Estamos vivendo um tempo em que por força da mídia, televisiva principalmente, instrumentaliza-se o Estado para enterrar o mais profundo possível a identidade biológica humana viabilizando-se não somente a amputação das genitálias, mas da própria ciência obrigada a vergar-se aos interesses para afirmar que o conceito de masculino e feminino, de pai e mãe são meras convenções sociais mutáveis ao sabor das pressões bestiais. 


Estamos vivendo um tempo onde a moral cristã é a raiz de todos os males da sociedade; onde a apostasia da fé cristã bíblica é sinônimo de libertação de algemas do preconceito, aquele conceito que diz que pecado é pecado passível de juízo e condenação. 


Estamos vivendo um tempo quando a biblioteca chamada Bíblia Sagrada, um conjunto de 66 livros escritos por mais de quarenta autores ao longo de vários séculos antes e depois de Cristo, cujos escritos persistem em não sucumbir diante de várias tentativas por toda a sua existência, tem seus relatos chamados de lendas, seus ensinos são chamados, neste nosso tempo, de fundamentalistas, preconceituosos, seus juízos, suas sentenças são chamados de mentiras e ilações. 


Mude a sociedade, apostatem os crentes, mas o justo viverá por fé edificando sua casa sobre a Rocha esperando o tempo de sua reunião com o Senhor na certeza de sua salvação da condenação eterna do fogo do inferno, absolutamente convicto de que aquele que prometeu em nenhum momento da história deixou de cumprir suas promessas.


Aos crentes, fiquemos com a afirmação do Senhor Jesus: “Passarão os céus e a terra, mas minhas palavras não hão de passar”. (Lucas 21.33)

 
Digam o que disserem, creia ou deixem de crer, mas há um povo privilegiado, escolhido por Deus que está vivendo um regime intensivo de preparação, culto e serviço do Reino, absolutamente seguro de que o Senhor Jesus virá nas nuvens com poder e glória busca-lo para o lugar que Ele foi preparar.

Por Jair Rocha
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segunda-feira, 11 de julho de 2016

SEDENTA


 Faz algum tempo que não sinto apetite por congressos; não tenho apetite para ouvir grandes pregadores, não sinto desejo de orar por orar, nem de ler a bíblia por obrigação. Meu coração tem chorado tem gemido, por algo mais intenso que venha do Alto, do Pai das luzes. Sinto-me como a “Mulher do Poço” descrita por Sergio Pimenta.
"Tanta água já puxou meu braço
Tantas vezes já me esqueci
Tantas vezes já senti cansaço
Tantas vezes relutei em vir

 Cada dia este caminho faço
Cada dia é preciso mais
Quanto mais maior é o meu descaso
Pois a água não me satisfaz

Quero deixar a corda, o balde, o laço
Quero beber e não precisar mais
Dá-me tua água que a vida que eu traço
Será nova sentirá a paz."


Não basta um encontro com Jesus, é necessário que Ele seja em nós e nós nEle. Esta é a única forma de sermos realmente Corpo de Cristo. É o único meio pelo qual as nossas mãos impostas sobre os enfermos, produzirão cura. É o único meio pelo qual os nossos pés serão calçados com o evangelho da paz e através de nós, vidas serão resgatadas do inferno. É o único meio pelo qual podemos soprar paz sobre o coração cansado. É o único meio de repartirmos com o necessitado a nossa pequena ou grande quantidade de pão, de roupa, e de água. É a única forma de afofarmos o leito dos enfermos; de alegrar o coração dos presidiários. É a única forma de levarmos as cargas uns dos outros no cumprimento da lei de Cristo. É a única forma de amarmos ao ponto de encobrirmos a multidão de pecado do nosso irmão. Em suma, é o único meio pelo qual os homens glorificarão a Cristo por ver a diferença entre quem está nEle e quem não está NEle..

 Esta sede tem inundado meu ser, tem me tirado a tranquilidade, tem me levado a gemer, a adoecer, tem me mostrado o quanto o meu querer tem sido débil, tem estado muito aquém do entendimento do que é ser um verdadeiro membro do Corpo do nosso Senhor Jesus Cristo. Por outro lado, tem alimentado a esperança de que o querer procede de Deus e que se Ele me faz querer, Ele irá realizar toda a sua boa obra na minha vida. O meu tempo é ontem, mas o tempo de Deus é quando eu estiver pronta. Com Ele mora a sabedoria.

Por Guiomar Barba.



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sábado, 28 de maio de 2016




SALVEMOS OS NOSSOS JOVENS CRISTÃOS

“Jovens eu vos escrevi porque sois fortes e tendes vencido o maligno.”

Olho para os nossos jovens, vítimas das propagandas que estimulam as relações sexuais ilícitas, a lascívia, os vícios, a violência, a homossexualidade e meu coração geme numa poderosa impotência. 

É doloroso sabermos que parte das igrejas tem albergado no seu seio o mesmo estímulo quando covardemente, ou por interesses quantitativos e não qualitativos, omitem o significado dos ensinamentos sagrados: “Pois se vocês viverem de acordo com a carne, morrerão; mas, se pelo Espírito fizerem morrer os atos do corpo, viverão, porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.” (Romanos 8. 13,14).

Na mesma versão de clubes sociais, estas igrejas procuram manter os jovens coesos com atividades como tocar no louvor, participar de teatros, bandas, passeios, retiros, musicais, comemorações, evangelismos, etc., no entanto, sem oferecer estrutura na Palavra, todas estas atividades não passam de puro entretenimento, em vez de um serviço para o engrandecimento e desenvolvimento do Reino de Deus. Haja vista a quantidade de jovens que mantém relações sexuais fora do casamento; que “ficam”; que são totalmente insubmissos aos seus pais; que usam um linguajar torpe; mentem; se vestem de forma provocativa; disputam namoro dentro da própria igreja, enfim, vivem como sal insípido, como luz sob a candeia.

Ouvi o depoimento de uma garota, estudante de uma universidade federal, testemunha de todas as formas de sexualidade públicas no campus. Ao procurar alguém para dividir um apartamento, lhe foi sugerido partilhar o apartamento com o seu namorado que já residia naquela cidade. Ela então respondeu que ele era seu ‘namorado’ e que não iria morar com ele antes do casamento. A resposta dela foi surpreendente para aquelas garotas que não escondiam as suas práticas sexuais promíscuas. Assumindo a sua diferença, ela se tornou um referencial de comportamento, uma conselheira especial. Quando em angústias, desilusões, suas colegas lhe pedem: “fale do seu Deus para nós, queremos conhecer o seu Deus”.

Esta garota não foi educada por seus pais na Palavra, pelo contrário, eles negligenciaram esta responsabilidade quando, por melindres, abandonaram a igreja. Ela, no entanto, apesar de muito jovem, determinou no seu coração não só ser membro da igreja, mas também vivenciar o evangelho de Cristo, tornando-se assim um instrumento de amor, de vida para jovens que fingem viver uma vida feliz, livre, sem fronteiras.

Nossos jovens têm enfrentado batalhas em todo contexto de suas vidas. Uma grande maioria sem suficiente base bíblica não sabe enfrentar os desafios de como manter pura a sua conduta. Outros por negligenciarem uma vida de intimidade com Deus não têm forças para resistirem aos apelos de uma sociedade corrompida pelo pecado. Terminam assim, enlaçados, vivendo uma vida dupla que não tem sabor.

 Constrangidos e receosos não buscam ajuda e isto, na maioria das vezes, por não conhecerem um líder, um pastor com quem possam abrir seus corações com confiança. Certo de que seu problema não sairá das quatros paredes do confessionário. Esta é uma triste realidade que podemos começar a mudar nos nossos lares. Se nos sentimos incapacitados para orientá-los, busquemos a sabedoria de Deus, a direção a qual necessitamos para tarefa tão difícil e que não deve, de modo algum, ser negligenciada.

Não podemos nos esquecer, no entanto, que os princípios básicos para uma vida cristã sadia, devem ser ministrados desde o útero materno. Sim, no ventre, onde as primeiras lições de amor, de cuidado, de atenção deverão ser prestadas com o temor do Senhor. Sem murmurações, sem queixas, sem mal humor. Entendendo que o bebê começa a receber as primeiras impressões da vida externa neste estágio.

Lembro-me perfeitamente quando eu estava grávida do nosso segundo filho, enquanto eu conversava com uma amiga, um sobrinho e o meu filho Renato, então com quatro anos, estouraram uma bomba na pequena sala do nosso apartamento. Muito preocupada com o nosso bebê, fui ao meu médico e contei a ele o ocorrido. A imediata pergunta dele foi: “O que a senhora sentiu? “Disse-lhe que havia tomado um grande susto.” Ele me respondeu que o meu bebê havia tomado o susto na mesma proporção que eu havia tomado.

Quando nosso filho já estava mais ou menos com três anos, percebi que todas as vezes que ele ouvia o barulho de fogos ficava na posição de ventre e chorava. Eu não me lembrava da travessura dos meus filho e sobrinho, portanto, comecei a pedir a Deus que me fizesse entender porque ele reagia daquela forma. Ele me trouxe a memória o episódio. Chamei meu filho e juntos contamos a Daniel a história da bomba. Renato lhe pediu perdão, oramos, nos abraçamos e então, daí por diante, tínhamos que cuidar do Daniel para que ele, já curado do trauma, não soltasse fogos com os amigos.

O seu jovem de amanhã é o seu embrião, a sua criança, o seu adolescente de hoje. Comece agora a gastar tempo de qualidade com ele, a investir na sua educação. Saiba dizer não sempre que necessário e jamais negligencie a coerência entre a sua vida e o seu discurso. O nosso modo de viver fala bem mais alto do que as nossas palavras.

“Pais, não provoqueis a ira aos vossos filhos”

Por Guiomar Barba
Correção: Daniel Barba.


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segunda-feira, 23 de maio de 2016

NO DESERTO


“... Jesus viu o céu se abrindo e o Espírito descendo como pomba sobre Ele. ...Logo após, o Espírito o impeliu para o deserto. Ali esteve quarenta dias, sendo tentado por satanás. Estava com os animais selvagens e os anjos O serviam.” (Marcos 1.10,12,13).

Obedeço viver quarenta anos no deserto aprendendo com o Espírito Santo. Após este mosteiro, quero ser enviada no tempo de Deus, do modo de Deus. Mas cheia de um sensato medo, questionar como Moisés, (Êxodo 3.11), reconhecendo minhas limitações: quem sou eu para servir-Te?

Não quero ir munida da teologia do Calvino ou do Armínio. Não quero ir pertencendo a Paulo ou a Pedro, mas como serva do Senhor dos Exércitos, para aquilo que Ele me designar. Não tenho ideia de quanto tempo Deus continuará me burilando. Mas sei que o deserto é árido, cheio de fantasmas e noites negríssimas. Mas apenas nele, podemos descobrir o quanto ainda há de restolhos dentro de nós.

No deserto, às vezes você não quer ler a bíblia; outras vezes devora a bíblia. Às vezes você não quer orar; outras vezes você passa horas e horas se derramando diante do Senhor com orações, súplicas e intercessões. Muitas vezes seu coração fica profundamente magoado com Deus; outras vezes você fica constrangido com a paciência dEle com você. Várias vezes você fica com raiva de Deus; Outras vezes você fica profundamente arrependido por não amá-Lo como Ele é digno. Outras vezes você é dominado por uma auto piedade que beira a depressão; outras vezes sua autoestima vai a picos. Por várias vezes você deseja a morte; outras vezes você sente uma intensa gratidão pelo dom da vida. Várias vezes nada do que você faça lhe traz prazer; outras vezes você dança sozinha, mesmo que só você escute o som da música.  Em muitos momentos você se sente totalmente abandonada; noutros momentos você percebe a presença constante do seu Pastor.

Ás vezes você tem uma terrível tendência a sentir-se inútil, como canta o Chico: “Há dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu/O tempo estancou de repente ou foi o mundo então que cresceu...”; outras vezes você sente que a sua vida está como um vaso na roda do oleiro. Às vezes você pensa que Deus está zombando da sua dor, que você é um idiota, achando que Deus realmente se importa com você; para depois acreditar que Deus vai usar você de um modo maravilhoso. Outras vezes você se sente a própria "Gabriela" cantando: "Eu nasci assim/ Eu cresci assim/ e sou mesmo assim/ vou ser sempre assim...", de repente se vê aos pés de Deus, ouvindo-O lhe dizer: “Não acredite nisto! Sua vereda é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” (Provérbios 4.18)

De uma coisa temos certeza: “os melhores marinheiros foram forjados em tormentas.” Também sabemos que foi em uma tempestade que os discípulos reconheceram que ao seu Mestre, até mesmo o mar e os ventos obedeciam. (Marcos 4.41). Foi navegando em um furioso mar que um anjo apareceu ao apóstolo Paulo e lhe disse: “não tenha medo!” É preciso que você compareça perante César. Deus na sua graça, deu-lhe a vida de todos que estão navegando com você". (Atos. 27.24).

Foi no deserto que “Elias foi alimentado por um anjo, e fortalecido com aquela comida, viajou quarenta dias e quarenta noites, até chegar a Horebe.” (1 Reis 19.8).
O deserto pode ser um lugar de apenas miragens, quando não atentamos para o Senhor que nos guia numa coluna de nuvem durante o dia e durante a noite numa coluna de fogo. (Êxodo 13.21,22)

O nosso comportamento, e a nossa confiança em Deus, no deserto, determinará se sucumbiremos sob o sol causticante, sob a negridão da noite ou se chegaremos burilados na terra prometida.

Por Guiomar Barba
Correção: Carlos Bompastor.






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