segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A FÉ, O PECADO E A LONGANIMIADE DE DEUS

"E cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus". (Tiago 2.23).

"Porventura, ó nosso Deus, não lançaste fora os moradores desta terra de diante do teu povo Israel, e não a deste para sempre à descendência de Abraão, teu amigo?" (2 Crônicas 20.27).

Uma leitura mesmo rápida na história de Abraão, nos trás à luz o quanto ele era íntimo de Deus e como Deus o amava e podia contar com ele. Não obstante, percebemos que apesar de possuir uma fé como um grão de mostarda, nosso patriarca, também teve seus momentos de incredulidade, e essa descrença gerou medo no coração dele, e o medo por sua vez levou-o a um pecado repugnante contra a sua própria esposa e contra Deus.

Abraão por medo de ser morto pelos homens do Egito que certamente cobiçariam a extrema beleza de Sarai, não atentando nas consequências trágicas que poderia sofrer sua esposa, mas por salvar a sua própria pele, pediu-lhe para que dissesse que ela era sua irmã. Como era previsto, ao ouvir Faraó sobre a formosura da Sara, e sabendo que era "irmã" de Abrão, mandou buscá-la para fazer parte do seu harém.

Não temos idéia porquanto tempo Sarai foi mulher de Faraó. Sabemos que não foi por tão poucos dias, porque Abrão chegou ao cúmulo de aceitar os presentes de Faraó por motivo da sua mulher.

"Faraó, por causa de Sara, tratou bem a Abrão, o qual veio a ter ovelhas, bois, jumentos, escravos e escravas, jumentas e camelos". (Gêneses 12.16).

O resultado da mentira de ambos foi deplorável. Não se pode negar que o Faraó possuiu a Sarai. Com a dor moral de ter sua mulher como objeto nos braços de outro homem que a possuiu apenas pela sua beleza, Abrão ainda foi expulso do Egito como um canalha qualquer. "E me disseste ser tua irmã? Por isso, a tomei para ser minha mulher. Agora, pois, eis a tua mulher, toma-a e vai-te." (Gêneses 12.19).

Apesar do amor que por certo Sara devotava a Abrão, a Bíblia não relata, mas podemos deduzir as brigas que os dois viveram após aquele incidente, quantas mágoas fizeram doer o coração da Sara e por certo o de Abrão. Sabemos, no entanto, que Deus não tratou a Abrão segundo a sua incredulidade, segundo os seus atos; os consequente sofrimentos, já lhe haviam burilado a alma. Mas o Senhor interferiu de maneira sobrenatural para que Sara fosse devolvida ao seu marido com quem vivenciaria as promessas de Deus para ambos

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"Porém o Senhor puniu Faraó e a sua casa com grandes pragas, por causa de Sarai, mulher de Abrão." (Gêneses 12.17).

Deus havia ordenado a Abrão o seguinte: "Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o SENHOR a Abrão, e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso, anda em minha presença e sê perfeito". (Gêneses 17.1).

Entendemos que Deus não exigiu de Abrão uma perfeição impossível ao ser humano, mas integridade, ausência de nódoa, que Ele pudesse falar do seu amigo Abrão, como anos depois falaria do Jó para satanás:

"Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal. (Jó 1.8).

Deus deseja de nós a mesma integridade que permitiu o apóstolo Paulo a exortar: "Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo". (1 Coríntios 11.1). Ainda que ele tivesse consciência de que não era perfeito segundo seremos quando estivermos definitivamente com Cristo.

"Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus. (Filipenses 3.12).

Portanto, tenhamos a confiança para com Deus de que Ele não nos trata segundo os nossos pecados, mas segundo as "suas misericórdias, que se renovam dia a dia sobre nós e são a causa de não sermos consumidos." (Lamentações 3.22,23).

Lembremos sempre, que o que Deus deseja de nós é que tenhamos o propósito firme de vivenciar os seus mandamentos a cada dia e para tal, Ele mesmo nos capacita através do seu Espírito Santo.

Deus é puro amor, pura compaixão!

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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

TRAMITES

Extraído do Livro “QUANDO NEM TUDO É TEORIA” ( Arquiteto Noel Samoluk)

Conheci este “muchacho” quando criança. Agora, já um adulto jovem, nos trás esta pérola, praticamente um compendio de experiências pessoais.

Chegou um momento em que minha paciência começava a desvanecer, fazia mais de três meses que eu havia levado uns documentos de muita importância a um órgão público para serem legalizados. Normalmente o prazo para tal trâmite é de no máximo três semanas, mas agora, já estava próximo do quarto mês, desde que eu os havia levado. No mínimo, duas vezes por semana eu ia ao órgão para ver que avanço teria a legalização do projeto, mas, como nas últimas semanas, os documentos estavam no mesmo lugar de sempre, quase cheias de poeira; e os vários funcionários do órgão punham a responsabilidade um no outros e no excesso de arquivo em pilhas. Depois de haver falado com responsáveis e subalternos, chefes e secretárias, em algum momento, saiu à luz o motivo da demora: se caso que eu quisesse receber meus documentos com mais rapidez, teria que pagar uma propina para a agilização.

Me indignei em grande maneira, ainda mais porque tinha muita pressa em ter em mãos aqueles documentos. As semanas seguintes não foram fáceis, continuei indo religiosamente àquele órgão, mas nada mudava. Em algum momento, me passou pela mente ceder, no entanto, rechacei o pensamento mais de uma vez.

Vivi uma grande angústia quando pessoas muito chegadas a mim e de muita confiança me sugeriram ceder e negociar...

Ontem fui pela última vez à janela de entrega dos documentos. Depois de praticamente cinco meses, uma semana e dois dias, quando saíram os documentos não pude conter a lágrimas que marejaram meus olhos, mas de gozo por ter em mãos a angustiosa, porém preciosa legalização e agora ter os documentos em minhas mãos sem, contudo, haver cedido à pressão do sistema, sem haver dado propina para a agilização dos trâmites... E poder me manter com a consciência limpa e o coração em paz, em paz com Deus, minha família e os demais, e o poder perceber que neste mundo não é fácil se manter íntegro... Mas é possível! (Se sabemos quem somos em Cristo, e qual é a nossa posição no Reino de Deus e qual a nossa identidade como filhos, e quais nossas armas para vencer) não cederemos às pressões do mundo, não baixaremos guarda, não nos venderemos por nada, não vale a pena.

Ainda mais quantas bênçãos e honras, recebemos em conseqüência de fazer as coisas corretas, fazê-las ao modo de Deus.

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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A FÉ DOS IGNORANTES

"Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem." (Hebreus 11.1).

Para muitos "sábios", a fé é uma prisão que obriga o homem a não questionar, a não raciocinar, a não averiguar. Para nós que vivemos pela fé, ela é uma manifestação da nossa crença absoluta em Deus que sabemos poder todas as coisas, que é soberano, e, sobretudo que é galardoador dos que O buscam. Além de que a nossa fé vai muito além do que vemos, ela não tem fronteiras, não está aprisionada a fatos que se cumprem de modo explicável pela ciência, que por sua vez está na dependência de homens limitados pela inteligência e pela própria existência, para as grandes e até mesmo pequenas descobertas, além de possíveis equívocos. No entanto, a fé, vai além do explicável, extrapola as respostas científicas e atende a inerente necessidade do homem no que é transcendental ou físico.

A ciência não pode explicar sentimentos, como por exemplo, o amor que excede muitas vezes a nossa própria compreensão, mesmo sendo nós o reduto deste sentimento. Ela não pode provar qual a intensidade dentro de nós, desta aptidão para sentir, tanto quanto está impotente para dissecar sobre a fé.

Ciência biológica, psicologia, neurobiologia, religiões, culturas, perspectiva filosófica, oferecem seu parecer sobre o amor, todavia divergentes, porque o amor é uma experiência pessoal, particular, como o é a fé.

A convicção de que o impossível acontecerá, deriva-se de respostas providenciadas quando tudo estava impossibilitado pelo natural ou para nós ou para alguém que compartilhamos da sua fé concretizada. Por este motivo o salmista David canta: "Mas eu sempre terei esperança e te louvarei cada vez mais." (Salmo 70.14).

Li na revista Ultimato o seguinte: "Colocar a fé acima do raciocínio, o invisível acima do visível, o possível acima do impossível, a certeza acima da expectativa, o fato acima das emoções e o mundo vindouro acima do mundo perene".

Sabemos que, ainda que o cepticismo negue a fé, ele não tem respostas para os resultados inexplicáveis, mas palpáveis que levam felicidade para todos os crentes em todo este universo.

Augusto Cury diz: "Quando a luz é intensa, antes de iluminar o caminho ela ofusca os olhos".

"Fé é crer no que não vemos, e a recompensa desta fé é vermos aquilo em que cremos. (Santo Agostinho parafraseando Hebreus 11.1).

Eu pergunto: se uma pessoa totalmente céptica, absolutamente contrária a fé, recebesse o impossível humanamente através da fé de algum crente, mesmo ele reconhecendo que não houvesse possibilidade de explicação para o fato, ele rejeitaria a dádiva?

A hora máxima da dor, quando o homem as vezes chega ao extremo de perder o raciocínio determinará seu grau de incredulidade se ele tiver uma oportunidade de lembrar que a fé pode mover montanhas.

"Blaise Pascal, constata que a dimensão rac

ional do ser humano é muito limitada para constatar a existência ou não de um ser divino e termina por concluir que a através da razão não poderíamos encontrar com as verdades mais profundas sobre a existência. Quanto as provas metafísicas sobre a existência divina, segundo ele, nada provam e nadam aumentam no nosso relacionamento com Deus, devemos provar Deus pela fé e não pela razão".

http://filosofojr.wordpress.com/2009/01/03/um-filosofo-em-defesa-da-fe-crista/

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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

SAMPA NOSSA DOR

Quem é responsável pela impiedosa devastação que a cada temporal leva pânico à maior cidade industrial do país? Por que a morte suga vidas para o seio da terra de forma brusca, atirando-lhes suas flechas mortais com os pedaços das suas própria habitações? Por que a natureza enraivecida joga lama em seus meios de ganhar o pão, gritando-lhes ruína ao levar nas enchurradas escuras e violentas tudo que lhes importa? Quem merece punição pela dor que arrebenta os corações dos que perderam parentes, amigos ou seus bens? Quem lhes força a edificar seus barracos em zona de risco? Quem abre as comportas dos céus sem perceber que Sampa está encharcado, que as galerias estão entupidas do lixo dos que não prevêem o futuro? Quem construiu a cidade sem planejamento? Quem é que responderá por esta dor que dilacera nosso coração ao ouvir o gemido das vítimas, que apesar de haver perdido tudo, ainda agradecem a Deus por estarem vivas? Quem é responsável pela quase culpa que sentimos ao nos deitar na nossa cama macia ou sentar à nossa mesa farta, enquanto revivemos as cenas dos que perderam tudo e sequer têm para onde ir?

Ouvi falar que São Paulo seria destruido pelas águas, soube que alguém há mais de vinte anos escreveu um livro "prófetico" afirmando esta desgraça. Não conhecemos o livro, nem sabemos onde encontrá-lo, no entanto, entendemos que anos e anos a fio Sampa vem sendo vítima de enchentes sem que nemhum governo passado ou atual tenha levado a sério as consequências funestas de tanta irresponsabilidade.

Quem esteve com a borboleta nas mãos?

Há uma historinha que conta a inquietação de uma menina quanto à sabedoria do mestre. Tomou nas mãos uma borboleta azul, escondeu as mãos com a borboleta atrás, foi até o sábio e disse: tenho nas mãos uma borboleta azul, ela está viva ou morta? Antes que o sábio respondesse, ela preparou o seguinte ardil: se ele disser que a borboleta está viva eu a esmago, e ela estará morta. Se ele disser que está morta, eu a deixo voar e provo que sua sabedoria não é tão grande. Mas o sábio sendo sábio disse: ela está em suas mãos, depende de você.

Quantos políticos esmagam a borboletinha nas mãos pelo simples fato de prejudicar a oposição, mesmo em detrimento do povo? Quantos políticos vivem uma vida nababesca às custas da desgraça dos seus eleitores? Quantos políticos dizem não ao sábio, ao avisado, por seu orgulho repugnante? Quantos políticos deixam acontecer por cruel indiferença?

Se o Estado de São Paulo ou a cidade de Sampa forem submergidos pelas águas, todos nós nos afogaremos, ainda que não morramos com ele. Estamos impotentes se tivermos que esperar por quarenta anos para que a história mude para nossos irmãos paulistanos.

Que Deus tenha misericórdia de todas as vítimas.

 

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