terça-feira, 9 de dezembro de 2014

TRANSFORMADOS POR CRISTO

                          




"E todos nós, que com a face descoberta contemplamos a glória do Senhor, segundo a sua imagem estamos sendo transformados com glória cada vez maior, a qual vem do Senhor, que é o Espírito." (2 Coríntios 3.18).


O Rubem Alves nos traz uma profunda reflexão fazendo uma analogia entre a transformação do milho em pipoca, através do fogo e o homem que só através do fogo se torna um novo ser. 

"Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca, para sempre."


Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e dureza assombrosa. Só que elas não percebem. Acham que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser.


Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos. Dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, ficar doente, perder um emprego, ficar pobre. Pode ser fogo de dentro. Pânico, medo, ansiedade, depressão — sofrimentos cujas causas ignoramos.Há sempre o recurso aos remédios. Apagar o fogo. Sem fogo o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transformação.

Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pense que sua hora chegou: vai morrer. De dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: PUF!! — e ela aparece como outra coisa, completamente diferente, que ela mesma nunca havia sonhado. É a lagarta rastejante e feia que surge do casulo como borboleta voante.

Na simbologia cristã o milagre do milho de pipoca está representado pela morte e ressurreição de Cristo: a ressurreição é o estouro do milho de pipoca. É preciso deixar de ser de um jeito para ser de outro.

"Morre e transforma-te!" — dizia Goethe."

Trago a memória a belíssima reflexão do Pr. Irland Pereira de Azevedo.

A PRATA
Certo dia, um grupo de mulheres estudava o livro de Malaquias quando chegou ao capítulo 3, versículo 3, que diz: "Ele assentar-se-á como fundidor e purificador da prata(...)" Essa declaração intrigou as mulheres que se perguntaram o significado dessas palavras em relação ao caráter e à natureza de Deus. Foi quando uma delas se ofereceu para tentar descobrir como ocorria o processo de refinação da prata e, depois, voltar e contar ao grupo, na próxima reunião do estudo bíblico. 


Naquela semana, a mulher ligou para um ourives e marcou com ele dia e hora para assistir ao seu trabalho. Não lhe explicou a razão do seu interesse. Seria apenas curiosidade sobre o processo de purificação da prata, metal tão precioso. No dia prazado, enquanto ela o observava, o ourives mantinha um pedaço de prata sobre o fogo e o deixava aquecer. Explicou para ela que no processo de refinamento devia-se manter a prata no meio do fogo, onde as chamas eram mais quentes, a fim de se queimarem todas as impurezas do metal. Enquanto via aquilo, a mulher ficou a pensar em Deus a manter-nos num lugar tão quente assim. E refletiu novamente sobre as palavras "Ele (Deus) se assenta como um fundidor e purificador da prata". Intrigada, perguntou ao ourives se de fato era necessário que ele se sentasse o tempo todo defronte ao fogo, enquanto ocorresse o processo de refino. Ele respondeu que sim, e que não apenas tinha de sentar-se lá, segurando a prata, mas também devia manter os olhos firmes nela o tempo todo em que a peça estivesse no meio das chamas. Se a prata fosse deixada sobre o fogo além do tempo necessário, mesmo por um breve instante, acabaria destruída. A mulher silenciou e, finalmente, perguntou ao ourives: "Como o senhor sabe quando a prata está completamente refinada? "Ele sorriu e respondeu: "Oh, é fácil: quando eu vejo a minha imagem nela".  

O Rubem Alves conclui: "Para os cristãos, religiosos são o pão e o vinho, que simbolizam o corpo e o sangue de Cristo, a mistura de vida e alegria (porque vida, só vida, sem alegria, não é vida...). Pão e vinho devem ser bebidos juntos. Vida e alegria devem existir juntos".




Quando tememos ao Senhor e o amamos com todo o nosso coração, o viver em obediência a Ele nos faz realmente felizes. À medida em que a pipoca vai sendo transformada, ela se goza, percebendo a sua beleza branca e suave. Assim, faz o Grande Ourives conosco.


Por Guiomar Barba.
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quarta-feira, 26 de novembro de 2014

JESUS NÃO REINA NESTE MUNDO, O BRASIL NÃO É DO SENHOR JESUS





Então Jesus respondeu: "O meu reino não é deste mundo." (João 18.36).
Ouço constantemente evangélicos proclamando que o Brasil é do Senhor Jesus ou que Jesus reina neste mundo. Ora, o próprio Jesus declara que o seu reino não é deste mundo. Encontramos na primeira carta de João, esta declaração assombrosa: "Nós sabemos que somos filhos de Deus e que o mundo todo ao nosso redor está sob o poder e o domínio do maligno. (I João 5.19).

Constatamos a veracidade desta afirmação de João quando a justapomos com a maravilhosa declaração de Paulo aos romanos: "Afinal de contas, o Reino de Deus não é o que comemos ou bebemos, mas sim a justiça, a paz e a alegria que vêm do Espírito Santo. (Romanos 14.17). O mundo não pode desfrutar de justiça, de paz e de alegria, porque não se deixa guiar pelo Espírito Santo.

Sabemos que a terra e toda a sua plenitude pertencem ao Senhor (I Coríntios 10.26), no entanto não podemos ignorar que "O diabo levou Jesus a um lugar alto e mostrou-lhe num relance todos os reinos do mundo. E lhe disse: "Eu lhe darei toda a autoridade sobre eles  e todo o seu esplendor, 'porque me foram dados' e posso dá-los a quem eu quiser." (Lucas 4.5,6). Jesus sabia perfeitamente que o diabo estava falando a verdade, pois na ocasião da sua morte, Ele disse aos seus discípulos que o príncipe deste mundo estava se aproximando (João 14.30), ou seja: o chefe reinante do principado terreno. Embora saibamos que este reino lhe tenha sido entregue através do próprio homem quando este, no Éden, escolheu ouvir e obedecer a voz do diabo. Respalda-nos este argumento o salmista Davi, quando diz: "Porque os mais altos céus pertencem ao Senhor, 'mas a terra' confiou ao homem. (Salmo 115.16).

O apóstolo Paulo chama ao diabo, "deus deste século". "Satanás, o deus deste mundo pecaminoso, o fez cego, incapaz de ver a luz do evangelho da glória de Cristo, que mostra como Deus realmente é (II Coríntios 4.4). Entendemos, portanto, que todo o sistema deste mundo está sob a influência do maligno e que todos nós, antes de sermos iluminados, vivíamos como diz Paulo:  "Mortos por causa dos nossos pecados. Seguíamos a multidão e eramos iguais a todos os outros, cheios de pecado e obedientes à ordem deste mundo e  ao poderoso príncipe do poder do ar, que está operando agora mesmo no coração daqueles que vivem em desobediência ao Senhor." (Efésios 2.1,2).

O reino de Jesus virá, é certo, como diz o apóstolo Paulo, explicando sobre a ressurreição:  "... Então virá o fim, quando Ele entregar o Reino a Deus, o Pai, 'depois de ter destruído' todo domínio, autoridade e poder.
Pois é necessário que Ele reine até que todos os seus inimigos sejam postos debaixo de seus pés. O último inimigo a ser destruído é a morte.
 Porque Ele "tudo sujeitou debaixo de seus pés". Ora, quando se diz que "tudo" lhe foi sujeito, fica claro que isso não inclui o próprio Deus, que tudo submeteu a Cristo.
Quando, porém, tudo lhe 'estiver' sujeito, então o próprio Filho se sujeitará àquEle que todas as coisas lhe sujeitou, a fim de que Deus seja tudo em todos."(I Coríntios 15.24,28).

Não há dúvida que Jesus não reina neste mundo, nem tampouco que o Brasil é do Senhor Jesus Cristo. Repito que, se Jesus fosse Rei do mundo ou Senhor do Brasil, estaríamos vivendo um reinado de "justiça, paz e alegria". Além do mais, Jesus não só diz que Ele não é deste mundo, como nos adverte dizendo: "Se o mundo os odeia, lembrem-se: o mundo me odiou antes de odiar vocês. O mundo amaria vocês, se vocês pertencessem a ele; todavia vocês não são do mundo, pois Eu escolhi vocês, tirando-os do mundo; por isso é que são odiados pelo mundo. (João 15.18,19).

 Deus conclama a igreja para revestir-se do Espírito Santo, para que as nossas atitudes neste mundo sejam conhecidas pelo poder que opera em nós.

Infelizmente alguns líderes têm cometido tantas infantilidades espirituais, como declarar que o Brasil é do Senhor Jesus Cristo; outros oram para que os bares sejam fechados, outros para que a  revista playboy não explore mais as mulheres, etc.

Temos que entender que Deus não vai destruir as casas que oferecem aos frequentadores voluntários diversões pecaminosas, que as revistas que expõem a nudez de homens e mulheres que espontaneamente se oferecem por um preço não vão parar de circular; e que nem se impedirá que haja festas mundanas, etc. Isto porque Deus não manipula o ser humano. Deus deu liberdade ao homem para escolher o caminho que ele deseja percorrer. O desejo de Deus é de que o homem se arrependa dos seus maus caminhos e não que seja privado dele pela força ou violência.
"Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele." (I João 2:15)

Por Guiomar Barba.
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quarta-feira, 19 de novembro de 2014

AMOR



Creio que esta reflexão se ajusta para todo tipo de relacionamento. (Guiomar Barba).

 "AS CRÍTICAS E QUEIXAS DEVERIAM SER ENTREGUES EM CAIXINHAS DE VELUDO."

Entre um casal, nem tudo são maravilhas e as diferenças devem ser expressadas, mas com respeito, nunca no meio de uma discussão. Na hora da briga, emerge nosso lado mais primitivo e acabamos dizendo o que não devemos, ou pelo menos de um jeito que não devemos. Faz melhor quem espera a poeira baixar para falar amorosamente com seu amor sobre o que está incomodando na união.

No calor da discussão, a pretexto de dizer "poucas e boas", veredictos são emitidos, julgamentos são feitos, sentenças são atribuídas. Que hora mais infeliz para se dizer qualquer coisa: o emissor da mensagem não consegue se fazer ouvir e, consequentemente, respeitar, e o receptor perde a chance de ser nutrido com algo que, se dito em momento mais oportuno, poderia ser precioso. Nesse embate, só há perdedores.

Bate-bocas ativam nas pessoas o que nelas há de mais irracional, trazendo para o primeiro plano a impulsividade, a impetuosidade, a falta de filtro. Quem não viveu ou testemunhou situação deste tipo? Os interlocutores dizem coisas acreditando que o "sujeito" de suas falas seja sua personalidade consciente. Engano. Em situações passionais, a consciência é engolida pelo inconsciente, isto é, pelo elemento primitivo, associado ao plano dos instintos, que, em condições normais de temperatura e pressão, mantém-se silencioso, embora não morto. As pessoas imaginam ter domínio sobre a situação, mas são meros ventríloquos de parcelas poderosas de seu inconsciente. Uma vez desencadeado, é praticamente impossível brecar fluxo desenfreado das emoções. Os atacantes proferem "verdades", no estilo "E digo mesmo! E você isto e aquilo outro. E tem mais isto! E fique sabendo que você..., porque você nunca... e você sempre... E sua mãe, então...", desenrolando um carretel de impropérios e desqualificações de toda ordem.

Se o interlocutor morde a isca e embarca na mesma viagem (na mesma "maionese", talves se possa dizer), é o que basta para que, em lugar de um diálogo, se instale um
embate titânico entre forças jurássicas. 
O elemento humano, em situações como essa, já escorreu pelo ralo.

Quanto desperdício de energia psíquica! 

A incidência de episódios assim, passionais na vida de um casal costuma indicar que poeiras foram varridas para debaixo do tapete; quinquilharias foram ocultadas no porão; mágoas foram negadas; dores, sonegadas; amores, não amados como deveriam ser. É só mexer no vespeiro para que todo esse entulho apareça, em geral com consequências desastrosas.

Quem ama não sonega. Nem do outro, nem de sua própria consciência. Dores e desagrados são elementos integrantes da experiência amorosa. No entanto, incluí-los e comunicá-los apenas no momento do desespero e da ira é a mesma coisa que entregar um bebê aos cuidados de uma hiena. O bebê pode se desenvolver, mas de modo catastrófico. 

Críticas, queixas, assinalamentos, protestos, tudo isso requer tratamento requintado. São jóias. Precisam ser revelados em caixinhas de veludo. São expressões de faceta difícil, mas legítima, do amor. Não antagonizam com o amor. Servem para torná-lo mais forte, mais maduro. Por isso mesmo, para serem reveladas, requerem a mais amorosa das atitudes. Isso não significa que devam ser dissimuladas ou distorcidas. Devem -- isto sim -- ser veiculadas com clareza, com comedimento e sem presunção (sem que a elas se imprima o caráter de "verdades") e com profundo respeito pelo outro. Se são coisas amorosas -- e, em princípio, são --, devem ser entregues como presentes. O outro se sentirá visto com olhos límpidos e profundamente considerado, o que nele promoverá acolhimento e gratidão.



Por Alberto Lima, psicoterapeuta de orientação junguiana, é professor-doutor em Psicologia Clínica e autor de O Pai e a Psique (Editora Paulus) e de Alma: Gênero e Grau (Editora Devir).
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terça-feira, 28 de outubro de 2014




Precisa-se de Matéria Prima para construir um País"


João Ubaldo Ribeiro

A crença geral anterior era que Collor não servia, bem como Itamar e Fernando Henrique.

Agora alguns dizem que Lula não serviu e que Dilma não serve. E o que vier depois de Lula e Dilma também não servirá para nada...
Por isso estou começando a suspeitar que o problema não está no ladrão corrupto que foi Collor, ou na farsa que foi o Lula.



O problema está em nós.
Nós como POVO.
Nós como matéria prima de um país.

Porque pertenço a um país onde a "ESPERTEZA“é a moeda que sempre é valorizada, tanto ou mais do que o dólar.

Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família, baseada em valores e respeito aos demais. 



Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como
em outros países, isto é, pondo umas caixas nas calçadas onde se paga por um só jornal
E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO OS DEMAIS ONDE ESTÃO.



Pertenço ao país onde as "EMPRESAS PRIVADAS" são papelarias particulares de seus empregados desonestos, que levam para casa, como se não fosse roubo, folhas de papel, lápis, canetas, clipes e tudo o que possa ser útil para o trabalho dos filhos e para eles mesmos.


Pertenço a um país onde a gente se sente o máximo porque conseguiu "puxar" a tevê a cabo do vizinho, onde a gente frauda a declaração de imposto de renda para não pagar ou pagar menos impostos.


Pertenço a um país onde a falta de pontualidade é um hábito.


Onde os diretores das empresas não valorizam o capital humano.


Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos.


O povo saqueia cargas de veículos acidentados nas estradas, dirige após consumir bebida alcoólica, pega atestado médico sem estar doente, só para faltar ao trabalho, quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou 10, pede nota fiscal de 20.


Comercializa objetos doados nessas campanhas de catástrofes, compra produtos pirata com a plena consciência de que são pirata.
Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezes não devolve, se falsifica tudo, tudo mesmo... só não falsifica aquilo que ainda não foi inventado.
E quer que os políticos sejam honestos.

O Brasileiro reclama de quê, afinal ?



Aqui nossos congressistas trabalham dois dias por semana para aprovar projetos e leis que só servem para afundar o que não tem, encher o saco do que tem pouco e beneficiar só a alguns.

Pertenço a um país onde as carteiras de motorista e os certificados médicos podem ser "comprados", sem fazer nenhum exame.

Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no ônibus, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não dar o lugar.



Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o pedestre.
Um país onde fazemos um monte de coisa errada, mas nos esbaldamos em criticar nossos governantes.



Como "Matéria Prima" de um país, temos muitas coisas boas, mas nos falta muito para sermos os homens e mulheres de que nosso País precisa.


Esses defeitos, essa "ESPERTEZA BRASILEIRA" congênita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se em casos de escândalo, essa falta de qualidade humana, mais do que Collor, Itamar, Fernando Henrique ou Lula, é que é real e honestamente ruim, porque todos eles são brasileiros como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não em outra parte...

Entristeço-me.

Porque, ainda que Dilma renunciasse hoje mesmo, o próximo presidente que a suceder terá que continuar trabalhando com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.



E não poderá fazer nada...


Não tenho nenhuma garantia de que alguém o possa fazer melhor. Mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.


Nem serviu Collor, nem serviu Itamar, não serviu Fernando Henrique, Lula e nem a Dilma, nem servirá o que vier.


Qual é a alternativa?


Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror?


Aqui faz falta outra coisa.


E enquanto essa "outra coisa" não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados...


Igualmente sacaneados!


É muito gostoso ser brasileiro.
Mas quando essa brasilinidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, aí a coisa muda...



Não esperemos acender uma vela a todos os Santos, a ver se nos mandam um Messias.
Nós temos que mudar! Um novo governante com os mesmos brasileiros não poderá fazer nada..
Está muito claro...



Somos nós os que temos que mudar.

Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para castigá-lo, senão para exigir-lhe (sim, exigir-lhe) que melhore seu comportamento e que não se faça de surdo, de desentendido.
Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO QUE O ENCONTRAREI QUANDO
ME OLHAR NO ESPELHO.

É lamentável que muitos cristãos estejam enquadrados nas falcatruas que cita o Ubaldo e em muitas outras mais. É tempo de lamento, de jejum e arrependimento, urge que sejamos sal, que sejamos luz.

Não queiramos ouvir Jesus aconselhando as suas ovelhinhas a respeito de nós, dizendo:

"
Os mestres da lei e os fariseus se assentam na cadeira de Moisés.
Obedeçam-lhes e façam tudo o que eles lhes dizem. Mas não façam o que eles fazem, pois não praticam o que pregam." (Mateus 23.2-3).
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quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Qual a razão pela qual buscamos a Deus?



"Então alguns barcos de Tiberíades aproximaram-se do lugar onde o povo tinha comido o pão após o Senhor ter dado graças.

 Quando a multidão percebeu que nem Jesus e nem os discípulos estavam ali, entrou nos barcos e foi para Cafarnaum em busca de Jesus.
Quando O encontraram do outro lado do mar, perguntaram-lhe: "Mestre, quando chegaste aqui? "
Jesus respondeu: "A verdade é que vocês estão me procurando, não porque viram os sinais miraculosos, mas porque comeram os pães e ficaram satisfeitos.”
Não trabalhem pela comida que se estraga, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem lhes dará. “Deus, o Pai, nEle colocou o seu selo de aprovação". (João 6:23-27).
A grande maioria das pessoas de forma assustadora vem se tornando presa das propostas e assédio de uma sociedade consumista, voltada para seus próprios interesses. No entanto, revendo a nossa história, entendemos que os espíritos do possuir, do poder, das disputas por ser o maior ou o melhor, da bajulação ao próximo por interesses, sempre estiveram permeando o ser humano, da mesma forma como permearam Lúcifer no céu.
Jesus, como profundo conhecedor do coração do homem, ao ouvir a pergunta: “Mestre, quando chegaste aqui?”, interpretou o significado real da interrogação, ao mesmo tempo em que, aproveitando a deixa, propôs: “Trabalhem pelo que é eterno”.
Uma lição de absoluto amor, de inteira espiritualidade, nos legou a asceta mulçumana ‘Rabia al Adawiya al Qadsiyya’, mais conhecida como “Rabia de Basra”, quando na sua plena devoção, com toda a sua alma, fez a seguinte oração a Alá: “Se eu te adorar por medo do inferno, lança-me no inferno; Se eu te adorar por causa do paraíso, exclua-me do paraíso; mas se eu te adorar por causa da tua face, não escondas de mim a Tua face.”

A Rabia, segundo pesquisei, abandonou uma vida desprovida do mínimo necessário, abandonando-se a miséria, para viver em profunda contemplação e adoração. Em contraste com tamanha entrega, hoje, numerosa multidão continua não mais na hipocrisia velada da multidão que fingiu procurar à Jesus, mas sim abertamente se amargura contra Deus, e até mesmo se afasta dEle quando Ele não lhe satisfaz os interesses.


Tiago nos convida a reconhecer as nossas culpas. Portanto, nos é devido olharmos para dentro de nós mesmos, reconhecermos as nossas misérias e cairmos prostrados diante do Soberano até que o Espírito Santo nos convença de todas as nossas injustiças. “Entristeçam-se, lamentem e chorem. Troquem o riso por lamento e a alegria por tristeza. Humilhem-se diante do Senhor, e Ele os exaltará.” (Tiago 4:9-10).
Deus nos chamou para sermos crucificados com Cristo, e esta crucificação implica situações semelhantes às que nos fala Paulo escrevendo a Timóteo: “De fato, todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos.” (2 Timóteo 3:12).

Lembro-me perfeitamente que a oração mais difícil que já fiz durante toda a minha vida e que só consegui completá-la após três dias de luta foi exatamente esta: “Quero ser crucificada com Cristo.” Simplesmente as palavras não saíam da minha boca. Eu agonizava sem conseguir orar. No entanto, facilmente podemos fazer esta oração se o nosso coração não for profundamente sincero em cumprir a meta.


Todavia, não podemos nos esquecer de que “A vereda do justo é como a luz da alvorada, que brilha cada vez mais até à plena claridade do dia.” (Provérbios 4:18).
Portanto, por mais sinceros que sejamos no nosso propósito, estaremos sujeitos a transgredir, embora conscientes de que o pecado não poderá ser uma constante nas nossas vidas, mas, sempre, um doloroso acidente.



“Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Se, porém, alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo. (1 João 2:1).

Procuremos a Deus pelo que ele É; pelo que Ele já fez por nós entregando seu único filho para morrer para o perdão dos nossos pecados; por toda a sua bondade e fidelidade que nos acompanham todos os dias da nossa vida; pelo seu amor intenso por nós, ainda que estejamos tão aquém de seu propósito de santidade para nós.


Graças ao grande amor do Senhor é que não somos consumidos, pois as suas misericórdias são inesgotáveis. (Lamentações 3:22).
Por Guiomar Barba.


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quinta-feira, 11 de setembro de 2014

EDUCANDO FILHO

"Pais, não irritem seus filhos; antes criem-nos segundo a instrução e o conselho do Senhor." (Efésios 6:4).



Nossos filhos não são propriedade do estado, como afirmam os marxistas, mas como diz o rei Davi: “
Os filhos são herança do Senhor, uma recompensa que ele dá”. (Salmos 127:3). Partindo deste princípio é nosso dever, como pais, gastar tempo de qualidade na educação deles. Devemos encaminhá-los, não tendo como meta realizar os nossos sonhos frustrados através deles, antes ajuda-los e apoiá-los na descoberta e na realização dos seus próprios sonhos.


Lembro de uma amiga que me falou num tom bem sarcástico: “vou realizar o sonho do meu pai, vou me formar no curso dele, no dia da minha formatura entregarei o diploma na mão dele.” Ela hoje não exerce a profissão que o pai escolheu para ela, mas frustrada, realizou parte do sonho do pai.


As exigências do mundo moderno, têm levado muitos pais a negligenciarem tempo de qualidade com os filhos e para acalmar a consciência, oferecem a eles os entretenimentos propostos por indústrias e permitem que programas como novelas, imprimam maus valores em suas mentes ainda incapacitadas para fazer escolhas.


O escritor Sergio Sinay é um especialista em vínculos humanos. Sociólogo e jornalista, formou-se na Escola de Psicologia da Associação Gestáltica de Buenos Aires. Requisitado consultor sobre assuntos familiares e relações pessoais, entrevistado pela revista Época 02/08/2012.


Questionado porque ele relaciona o fracasso dos pais na educação dos filhos ao medo que eles têm da reprovação infantil e de onde vem esse medo e como fugir dessa armadilha, ofereceu uma resposta clara:


 “O medo vem de uma cultura que transformou as relações humanas em transações comerciais. As pessoas se enxergam como recursos ou clientes. Os pais tratam de comprar o amor dos filhos e temem que o cliente não esteja contente. O carinho dos filhos não se compra. Amor se constrói com presença, atitudes e assumindo a responsabilidade de liderar o caminho dessa vida em direção à autonomia. Para isso, há que se estabelecer limites, marcar as fronteiras, frustrar. Criar e educar é também frustrar, ensinar que nem tudo é possível. Só assim se ensina a escolher. E só quem escolhe pode ser livre. Os pais, no entanto, têm medo de não ser simpáticos, então se esquecem de ser pais, que é o que os filhos precisam."


Por falta de cumprir o papel de educadores, muitos pais tornaram-se refém dos seus próprios filhos. Estes lhes ditam as ordens de como querem dirigir as suas vidas e qual o papel que seus pais podem ocupar no seu espaço. Cumprem horários estabelecidos por eles próprios, como seja: hora para dormir, tempo gasto com estudo; tempo gasto com TV, computador,
celulares e tudo que a tecnologia lhes oferece; escolhem a sua própria alimentação, seus amigos; enfim tudo que lhes convém.


O resultado de toda esta inversão de autoridade são adolescentes problemáticos, que ainda no limiar das suas vidas já estão entregues a crises existências sérias, quando não, às drogas, ao álcool, à promiscuidade sexual e a tantos outros descaminhos.


Gostaria de instar com nosso querido leitor a conferir o depoimento do Sr. Carlos Ferreira, de como ele conseguiu restaurar o seu filho de descaminhos.

http://davidguiomar.blogspot.com.br/2014/05/httpwww.html#links

Nossos filhos são o nosso maior tesouro, empenhemo-nos em amá-los com o nosso tempo também.


Por Guiomar Barba.




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sábado, 16 de agosto de 2014

OUÇAMOS APENAS A DEUS

Somos tendentes a deixar que as circunstâncias, principalmente aquelas mais dolorosas, desequilibrem as nossas emoções, impedindo de ater-nos ao comando do Espírito Santo e obstinarmo-nos a obedecê-Lo.

Estávamos em um chá de panela, quando a Sr.ª Ivanise Soares, uma preciosa amiga pôs os olhos sobre mim, sem desviá-los por tempo suficiente a me deixar intrigada. Fui para perto dela e comecei a conversar. Em determinado momento ela me olhou com muita doçura. Percebi perfeitamente, dentro daquele olhar, que ela estava me dizendo adeus. Vi claramente a sua mão fazendo o gesto de despedida, ao mesmo tempo em que uma sombra de morte cobria toda a família. Me calei.

No dia seguinte contei para um dos meus irmãos, genro da nossa amiga Ivanise, e ele me falou: “Não diga isto!”. Respondi-lhe que foi uma visão e que ela iria morrer. Isto aconteceu no sábado dia 28 de junho. Na segunda-feira, quando ela saia de casa para fazer pilates, tropeçou e caiu fraturando o joelho, o ombro e golpeando a cabeça. Sua família decidiu fazer uma tomografia, foi quando souberam que ela estava com um tumor na cabeça de cinco centímetros de diâmetro. Era câncer.

Fomos visitá-la no hospital, cantamos, oramos e procuramos confortá-la. Naquele momento senti que a sombra de morte estava sendo dissipada; uma alegria intensa invadiu meu coração. Pensei: “Ela não vai morrer!”. Porém no dia seguinte, meu coração estava novamente abatido com a presença clara da morte. Voltei lá, orei, cantei e novamente aquela sensação de alegria exuberante dominou o meu coração. Assim continuou, todas as vezes que eu a visitava, independente do quadro ameaçador e das constantes complicações descritas no seu prontuário. 

Seus filhos não pouparam esforços para salvá-la, todas as esperanças dentro da medicina foram utilizadas, mas no dia oito de agosto de 2014, ela foi enterrada em Caruaru – Pernambuco, sua cidade natal.

E aí Guiomar, a sombra não foi dissipada? Seu coração não dançava ao visita-la? Você não levou e compartilhou da esperança de cura junto à família?
Você não pediu a Deus para não deixa-la enganada? E então?

Sim, Deus não me enganou. Deus não me deixou confundida, mas o meu desejo de que ela vivesse, que Deus mudasse os seus planos para a vida dela, foram mais fortes do que a minha disposição de aceitar aquela vozinha que sempre me trazia à lembrança a visão da mão da Sr.ª Ivanise, me dizendo adeus.

Me veio, então, a história do profeta de Judá, que foi a Betel enviado pelo Senhor com ordens definidas. Leiamos:
O rei disse ao homem de Deus: "Venha à minha casa e coma algo, e eu o recompensarei".
Mas o homem de Deus respondeu ao rei: "Mesmo que me desse a metade dos seus bens, eu não iria com você, nem comeria nem beberia nada neste lugar.
Pois recebi estas ordens pela palavra do Senhor: ‘Não coma pão nem beba água nem volte pelo mesmo caminho por onde veio’ ".
Por isso, quando ele voltou, não foi pelo caminho pelo qual tinha vindo a Betel. (1 Reis 13:7-11).

No entanto, apesar da terminante ordem, o coração do profeta não estava totalmente disposto a obedecer à voz de Deus, e a consequência foi trágica. Vejamos:

“O profeta idoso respondeu: "Eu também sou profeta como você. E um anjo me disse por ordem do Senhor: ‘Faça-o voltar com você para a sua casa para que coma pão e beba água’ ". Mas ele estava mentindo.
E o homem de Deus voltou com ele e foi comer e beber em sua casa.
Enquanto ainda estavam sentados à mesa, a palavra do Senhor veio ao profeta idoso que o havia feito voltar.
Ele bradou ao homem de Deus que tinha vindo de Judá: "Assim diz o Senhor: ‘Você desafiou a palavra do Senhor e não obedeceu à ordem que o Senhor, o seu Deus, lhe deu.
Você voltou e comeu pão e bebeu água no lugar onde ele lhe falou que não comesse nem bebesse. Por isso o seu corpo não será sepultado no túmulo dos seus antepassados’ ". 1 Reis 13:18-22).

Finitos como somos, jamais poderemos compreender a equidade de Deus. Toda esta história nos remete a um Deus drástico, cruel, no entanto, me proponho a entender que o mundo espiritual está há anos luz da nossa compreensão. Portanto, a minha confiança não só na soberania, como também na onisciência e fidelidade de Deus, me leva a crer que Ele tem razões inquestionáveis para agir como agiu no caso daquele profeta.


Evangelizei uma senhora, ela se entregou ao senhorio de Cristo, uma semana mais tarde foi constatado que ela também era vítima de um câncer.
Uma manhã despertei às cinco horas e vi claramente uma mão negra, pequena, porém adulta sendo substituída por uma mão muito branca do mesmo tamanho. Entendi perfeitamente que a mãe da minha amiga havia morrido, mas que a morte fora suprimida pela vida eterna. 

Como o profeta de Judá, estamos sempre com disposição para fazer os desejos do nosso coração, ainda que em desobediência à ordem do Todo Poderoso. Eu por exemplo, “entendi” que Deus houvesse mudado os seus desígnios com relação à nossa amiga. Forcei que aquela visão fosse alterada, segundo pedia as minhas emoções. Portanto não me foi difícil interpretar a dissipação da sombra de morte, nem a festa do meu ser, quando eu ia visitá-la, como mudanças de planos divinos, embora no meu coração sempre estivesse presente a visão daquela mãozinha me dando um adeus eterno.

Quantas vezes nos amarguramos com Deus, porque entendemos que Ele mudou os planos que havíamos arquitetado para nós, decidindo que seriam os melhores para a nossa vida... Esquecemos que Deus trabalha em nós e por nós para a eternidade, que a nossa vida aqui é como uma neblina que logo passa.



Hoje meditei muito na Palavra de Deus a ruminei. Isto me trouxe grande conforto e alegria. Meditei sobre o céu, sobre Jesus, pensei em Moisés quando ele pediu ardentemente a Deus para ver a sua glória. Por que ele desejou ver a Deus? Porque ele O conhecia.



Conclusão: Em outras palavras, muitas vezes deixamos de ouvir a voz de Deus, porque insistimos em apenas ouvir os nossos próprios desejos.
Por Guiomar Barba.

“Conheçamos o Senhor; esforcemo-nos por conhecê-lo. Tão certo como nasce o sol, ele aparecerá; virá para nós como as chuvas de inverno, como as chuvas de primavera que regam a terra. " (Oséias 6:3).



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