FALANDO SOBRE SEXO ANAL
Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade.
Como cerva amorosa, e gazela graciosa, os seus
seios te saciem todo o tempo; e pelo seu amor sejas atraído perpetuamente. (Provérbios
5:18-19).
Não sou nenhuma “expert em matéria de sexo”, mas
falando entre cristãos que optaram por seguir os ensinamentos do grande Mestre
Jesus, eu diria que não nos sentimos limitados no coito por não praticar o sexo
anal. Porque o nosso instinto equilibrado por uma conduta OPTADA, nos trás uma
liberdade sadia, dando-nos o prazer de plenitude na relação sexual.
No entanto, existem outras pessoas que têm outra
opinião com respeito a liberdade sexual, vejamos um comentário feito por uma
participante da confraria Logos y Mytos, que hoje não professa nenhum credo.
“O sangue de Cristo é o Re-ligare, e por
intermédio deste sangue, somos justificados a alcançamos o beneplácito, o favor
divino. Deus ao olhar para seus eleitos, não vê suas atitudes, não vê sua
orientação sexual, não vê nossas falhas e pecados, mas sim vê apenas o precioso
sangue de seu Filho, sangue este suficiente para que Deus não impute sobre os
que Ele escolheu, a sua justiça, mas sim seu beneplácito. “Pois a lei foi dada
por intermédio de Moisés; a graça e a verdade por intermédio de Jesus Cristo”
(evangelho de João 1.17). Este é o grande evento da Bíblia, toda a Bíblia
aponta para este fato: a Verdade que se revelou em Cristo Jesus, Ele é a
verdade. E por intermédio do seu Sangue, nos foi dada a graça e a lei se
cumpriu em Cristo Jesus. Não necessitamos, portanto, estarmos sujeitos à letra
da lei para nos achegarmos a Deus, não mais precisamos de sacrifícios.
“Porque
pela graça dois salvos, por meio da fé, e isto nãovem de vós, é dom de Deus.
Não das obras para que ninguém se glorie.” (Efésios 2.8,9).
Nada podemos ou precisamos fazer para merecer
a graça, pois graça é favor imerecido. Onde antes havia pecado, segundo a lei,
hoje superabundou a graça. Deus vê todos na mesma condição, seja homo, hetero.
Mas o Sangue de Cristo nos purifica de todo pecado. (Anja Arcanja).”
O teólogo Carlos Carvalho Cavalheiro, contestou o comentário da Anja da seguinte forma:
...Pois bem, Paulo em Romanos inicia o debate
dizendo que todos estamos destituídos da glória e que seremos condenados,
porque todos pecamos. Esse discurso ele continua nos capítulos seguintes e
vemos em Rm. 5.12 a repetição: “assim a morte passou a todos os homens por
isso todos pecaram”. (grifo meu).
Seguindo a lógica do seu discurso, Paulo diz
que o pecado entrou no mundo por um homem (Adão) e faz analogia com Cristo, o
homem pelo qual o pecado foi tirado do mundo. Diz ainda que a graça
superabundou sobre o pecado. Mas no capítulo 6, Paulo inicia assim: “Que
diremos pois? Permaneceremos no pecado para que a graça abunde? De modo nenhum.
Nós que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?” (grifo
meu). Adiante no versículo 6 do capítulo 6 do referido livro de Romanos, Paulo
ensina que o “nosso velho homem foi com ele crucificado para que o corpo do
pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado.”
Bom, sendo assim e tendo dito o mesmo Paulo em
outras oportunidades que a sodomia é pecado, não devemos entender que o homem
que aceita Cristo como seu Salvador deva abandonar tal prática? Com relação a
sermos salvos pela fé e pelo sangue redentor de Cristo, isto se coaduna com a
teologia tradicional (basta se reportar ao mesmo livro de Romanos 3.24-27).
Entretanto, um ponto básico da Hermenêutica diz que não devemos ver um assunto
isoladamente, senão se comparada a tudo o que a Bíblia diz a esse respeito.
Desse modo, Walter A. Henrichsen afirma que uma doutrina não pode ser
considerada bíblica a não ser que resuma e inclua tudo o que a Escritura diz
sobre ela.
Com relação a doutrina de salvação, num
contexto mais amplo, veremos que a fé e o sangue de Cristo dependem de outros
fatores, como aceitação e arrependimento do pecador. O arrependimento, por
exemplo, foi a tônica do discurso de Pedro no dia de Pentecostes (At. 2.37).
Portanto, reconhecendo que a sodomia é uma prática pecaminosa de acordo com a
Lei – e a Lei revela o pecado ao pecador (Rm 7.7), parece-me que justamente
para que ele se arrependa – não haveria a necessidade, para se obter a graça da
salvação, o arrependimento dessa prática? Por fim, se não há necessidade agora
de observarmos nenhum preceito em relação ao pecado, por que Deus providenciou
a expiação pela morte redentora de seu Filho? Se o pecado seria tolerado depois de Cristo, qual foi a função de sua
morte? (grifo meu).
Concordo plenamente, se Jesus morreu para nos
libertar da escravidão do pecado, como viveremos mais na prática do pecado?
Quando Jesus perdoou a mulher pecadora, Ele disse-lhe: vai, e de agora em diante não peques mais. (João 8.11). Quando
Ele encontrou no templo o homem que havia curado no tanque de Betesda, ele lhe
disse: “Eis que estás curado; não
peques mais, para que não te suceda algo ainda pior!” (João 5.14).
O comentário a seguir, foi feito pelo Donizete
Aparecido:
"Segundo Pearlman, a
deturpação desses instintos e faculdades dados por Deus que forma a base do
pecado. Por exemplo, o egoísmo, a irritabilidade, a inveja, e a ira são
aberrações do instinto da autopreservação. O roubo e a cobiça são perversões do
instinto de aquisição. "não furtarás" e "não cobiçarás"
querem dizer: "não perverterás o instinto de aquisição.” A glutonaria é a
perversão do instinto de alimentação, portanto, é pecado. A impureza sexual
(phorneia) é perversão do instinto de reprodução. A tirania, a arrogância, a
injustiça e a implicância representam abusos do instinto de domínio. Assim
vemos que o pecado, fundamentalmente, é o abuso ou a aberração das forças com
que Deus nos dotou.”
Uma das principais conseqüências no campo da
sexualidade, é que a perversão desse instinto, reage sobre a alma, debilitando
a vontade, incitando e fortalecendo hábitos maus, e criando deformações do
caráter e a disfunção da prática sexual.
No pensamento de Paulo, isto tem o significado
da desistência Deus em convencer o homem entregue a todo tipo de devassidão.”
Certamente o Renato Russo
tinha no capitalismo a inspiração para este verso de sua canção.
“Quem me dera ao menos uma vez,
Provar que quem tem mais do que precisa ter,
Quase sempre se convence que não tem o
bastante.”
Ampliando este pensamento para o campo da
sexualidade, diríamos que o homem que respeita os limites ditados pela
natureza, se contenta com a genitália feminina na sua obtenção de prazer
sexual. O que foge disso é DISFUNCIONAL. Donizete Aparecido Vieira.
Eu acredito
que a natureza é sábia, nós é que extrapolamos os nossos limites, por estarmos
mal resolvidos. Buscamos saciar a fome das nossas almas com excessos, em muitos
sentidos. Por outro lado, precisamos entender que as proibições de Deus são absolutamente
ao nosso favor. No caso do sexo anal o praticante é exposto a infecções
provocadas pela grande quantidade de microorganismos infecciosos não
encontrados em outros locais do corpo.
Se formos estudar cada proibição
de Deus com relação ao nosso corpo, vamos comprovar que seu interesse é
exclusivamente para nos manter saudáveis no corpo, na alma e no espírito.
Por Guiomar Barba.