segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

OLHEMOS PARA NÓS MESMOS




Conhecemos uma garota que apesar de soteropolitana, ou seja, de ser de uma cidade onde existem milhares de igrejas evangélicas, ela sequer sabia o que os crentes faziam nas suas igrejas. Apesar de ser católica nominal, ignorava plenamente o que seria uma vida de espiritualidade.

No decorrer da nossa amizade, falamos para ela sobre o amor de Deus por nós, emprestamos alguns livros os quais ela leu sofregamente, enviamos músicas evangélicas; e quando ela desejou conhecer uma comunidade evangélica, foi levada por um amigo a uma igreja onde o pastor fez um apelo diretivo, insistente, constrangendo-a a “aceitar Jesus”. Evidentemente ela não voltou mais ali. No entanto, ela continuou no desejo de conhecer uma igreja evangélica e foi a uma Igreja Quadrangular cerca da sua casa, cujo pastor conquista multidões com as suas pregações inteligentes e sábias.

Fiquei profundamente emocionada quando ela me contou que durante todo tempo da mensagem ela chorou abundantemente, embora não soubesse por que chorava. Disse-me: “Saí de lá como se me houvessem lavado totalmente por dentro”.

Aquela garota foi ali por ela mesma, em busca de algo que desse resposta aos anseios do seu espírito. Estava desprovida de julgamentos sobre as pessoas que frequentavam aquela igreja, estava livre de conhecimentos doutrinários que regem a vida dos que se dizem crentes. Em suma, estava sozinha consigo mesma e suas carências.

 Este fato me traz certa nostalgia.

Domingo eu estava assistindo uma palestra, quando se falou sobre relacionamentos de cônjuges e uma filha olhou para a sua mãe e fez uma crítica perceptível a todos os que estavam no banco de traz, trazendo-me a memória um episódio semelhante passado em outra igreja, e as minhas próprias lembranças de quantas vezes pensei nos pecados de outros quando ouvia certas considerações sobre delitos. Sinto profunda “inveja” daquela garota que não teve dedos apontados para nenhuma direção, mas na sua profunda sinceridade, olhava apenas para si mesma; em consequência, foi confrontada e lavada das suas transgressões recebendo perdão, conforto e o gozo da liberdade.

Leio no Facebook e recebo e-mails de inúmeras mensagens de lições de relacionamentos, sobre como viver feliz, bla bla bla. Se todas as pessoas que postam pensamentos alheios porque acreditam neles se determinassem a vivenciá-los, teríamos como resposta uma sociedade mais sadia, independente do credo religioso. Repito sempre Agostinho: “Pregue sempre, se necessário, use palavras.” No meu esforço para vivenciar a palavra, lembro-me sempre da ordem dada por Deus a Abraão: “Sê TU uma benção!” (Gêneses 12.2).Como esta garota, quero olhar para dentro de mim mesma. Quero reconhecer o quanto sou ambígua, como necessito ser sal, ser luz, não escandalizar os pequeninos, os ainda frágeis na sua fé.



“Não julgueis para não serdes julgados. Pois com o julgamento com que julgais sereis julgados, e com a medida com que medis sereis medidos.” (Mateus 7.1).
Por Guiomar Barba
















Leia Mais




sábado, 1 de dezembro de 2012

A BÍBLIA NA MINHA VIDA




Um argentino muito barulhento, que junto com a sua família se tornou um amigão para nós, um dia em que o estava evangelizando, me gritou em alto e bom som: “Eu quero lá saber o que a Bíblia diz, Guiomar! Eu quero saber o que ela é na tua vida!” Para mim, foi uma excelente pergunta, me sacudiu e me levou a uma profunda reflexão. Eu jamais esqueci esta confrontação tão a queima-roupa.


Ele disse “quero saber o que a Bíblia é na tua vida”, e não o que foi. “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.” (Romanos 10:17). Foi ouvindo a palavra que meu coração se encheu de fé e eu recebi a Jesus como salvador da minha vida. No entanto, o apóstolo Paulo nos admoesta: Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor.” (Filipenses 2:12). 


O que Paulo estava nos orientando a fazer? Dinamizar a nossa salvação, tornando-a efetiva através de uma vida transformada pela renovação da nossa mente pelo Espírito Santo de Deus, para que, em consequência, a palavra SEJA realidade na nossa vida.

Sabemos que Jesus morreu trinitariamente, ou seja, pelo nosso espírito, alma e corpo. O sacrifício da cruz tem como proposta nos libertar do pecado; dos escombros em que reside a nossa alma; das enfermidades, na maioria das vezes, psicossomáticas que nos debilitam o corpo e até mesmo o espírito. Partindo deste princípio, devemos nos confrontar a nós mesmos, nos perguntando:

A Bíblia tem se cumprido em minha vida?

Em que áreas da minha vida posso dizer que fui transformado pela palavra?

Os meus pais; irmãos carnais e espirituais; parentes; amigos, vizinhos; colegas de trabalho, de escola, percebem que sou cristão?

Todos testemunham que a Bíblia é uma realidade na minha vida? Ou sou apenas uma caricatura de Cristão?

E o mais importante: como estou dentro de mim? Tenho paz de espírito? Qual o estado da minha alma? Ela tem se libertado dos traumas; complexos; medos; insegurança; culpa; das patologias que negariam que realmente a minha salvação tem se desenvolvido? Realmente posso confirmar que “a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” (Provérbios 4.18).

A boa notícia é sabermos que a única forma para conseguirmos viver uma vida abundante, uma vida em que a Palavra seja realidade em nós, é AMAR. Amar, a nós mesmos; amar ao próximo; amar a vida. Tudo se resume em AMOR. Todavia, amar como Jesus amou define-se como: olhar como Ele olha; ouvir como Ele ouve; falar como Ele fala; em suma: andar como Ele andou. Mas por ser tão impossível vivenciarmos este amor com a nossa própria capacidade é que o Espírito Santo de Deus nos habilita. 
“Tudo podemos, então, naquEle que nos fortalece.”  (Filipenses 4.13). 

No entanto, não podemos nos esquecer de que o caminho é longo, e a nossa disposição de percorrê-lo é cheia de altos e baixos e muitas vezes de tentativas de atalharmos o percurso. Mas para nosso ânimo, Deus tem paciência em esperar, por ser Ele longânimo para conosco.

A Palavra de Deus é lâmpada para os nossos pés e luz para o nosso caminho.” (Salmo 119.105).

Por Guiomar Barba.



Leia Mais




Retornar para o topo da Página
Powered By Blogger | Design by Genesis Awesome | Blogger Template by Lord HTML