sexta-feira, 23 de setembro de 2011





UM AMOR SEM IGUAL
Mamãe havia guardado um dinheiro para alguma necessidade especial. Chegando o momento, foi buscá-lo, mas o dinheiro já não estava aonde ela o havia posto. Nenhum de nós sabia sobre ele, porém o coração de um dos meus irmãos entrou em desespero, somando-se às agonias que já sentia por haver dado lugar a um sentimento de desonestidade, tão combatido por meus pais, além de reconhecer que havia tirado de alguém que o amava tanto e que tinha tão pouco para suprir as próprias necessidades dos filhos, no caso dele também. No seu angustioso silêncio, ele torcia para que ela não fosse orar, pensando consigo mesmo: se ela o fizer, estou frito. Deus vai revelar para ela que fui eu quem roubou. Sim, literalmente roubei o dinheiro. Na medida em que o medo lhe tirava totalmente a paz, minha mãe intensificava a busca. Até que chegou a hora crucial.

Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa do juízo.” Tiago 2:13            

Não queria estar na pele do meu irmãozinho. Nem um segundo, cruzes!
Mamãe entrou no quarto dela e cerrou a porta. Ai meu Deus! Que pânico! Que pavor! Que loucura, se abateu sobre ele quando, de ouvido colado por traz da porta, agonizava o momento mais temido... Foi uma eternidade de terrível agonia, enquanto mami de joelhos dobrados, pedia àquEle que tudo vê, que lhe mostrasse onde estava aquele dinheiro tão necessário. 
Foi com o coração aos pulos, que ele ouviu, preso de surpresa, num misto de alegria e vergonha, quando Deus falou com mami com total resolução: “Recorre a Roberto*, mas não batas nele!”
­A forma foi cruel, mas que momento mais adequado Deus encontrou para dizer a meu irmão o quanto Ele o amava, e que Ele já o havia perdoado! Que Ele já havia lido no coração infantil dele, todas as mensagens de arrependimento e conserto e que Ele também estava ensinando a mami a linguagem do amor, da compreensão, da misericórdia e do perdão.

“O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia”. Provérbios 28:13








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sábado, 17 de setembro de 2011

SABEDORIA



Jesus saiu dali e, no caminho, viu um cobrador de impostos, chamado Mateus, sentado no lugar onde os impostos eram pagos. Jesus lhe disse: ­- Venha comigo. Mateus se levantou e foi com Ele. Mais tarde, enquanto Jesus estava jantando na casa de Mateus, muitos cobradores de impostos e outras pessoas de má fama chegaram e sentaram-se à mesa com Jesus e seus discípulos. Alguns fariseus viram isso e perguntaram aos discípulos: - Por que é que o mestre de vocês come com os cobradores de impostos e com outras pessoas de má fama? Jesus ouviu a pergunta e respondeu: - Os que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. Vão e procurem entender o que quer dizer este trecho das Escrituras Sagradas: “Eu quero que as pessoas sejam bondosas e não que me ofereçam sacrifícios de animais”. Porque Eu vim para chamar os pecadores e não os bons. (NTLH).  (Mateus 9,9-13).

Eis aqui uma revelação fulgurante como a estrela da manhã: Jesus veio para os pecadores, para aqueles tão marginalizados quanto cobradores de impostos e para os enredados em escolhas sórdidas e sonhos desfeitos. Ele vem para executivos de corporações, sem-teto, superastros, viciados, fiscais do Imposto de Renda, vítimas da AIDS e até mesmo vendedores de carros usados. Jesus não apenas conversa com essa gente, mas janta com eles [...]

São esses os pecadores convidados chamados por Jesus para se aproximarem com Ele ao redor da mesa de banquete. Essa história permanece perturbadora para aqueles que não compreendem que homens e mulheres que são verdadeiramente preenchidos com a luz são aqueles que fitaram profundamente as trevas da sua existência imperfeita. Talvez tenha sido depois de meditar sobre essa passagem que Morton Kelsey escreveu: “A Igreja não é um museu para santos, mas um hospital para pecadores”. [...]

Deus não apenas me ama como eu sou, mas também me conhece como eu sou. Por causa disso não preciso aplicar maquiagem espiritual para fazer-me aceitável diante dEle. Posso reconhecer a posse de minha miséria, impotência e carência. [...]

Não escapou à atenção dos fariseus a intenção de Jesus de manter amizade com a ralé. Ele não estava apenas violando a lei, estava destruindo a própria estrutura da sociedade judaica. Todos os que viram isto murmuravam, dizendo que Ele se hospedara com homem pescador” (Lucas 19.7). Mas Zaqueu, não tão preocupado com a respeitabilidade, transbordou de alegria.
Trechos extraídos do livro “O Evangelho Maltrapilho” de Brennan Manning

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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Paz e graça meu querido leitor, Gostaria de convidar você para acessar no nosso blog a mensagem: "Um Barco Chamado Igreja" (13.11.207). Cremos que depois da mensagem "Edir Macedo, O falso Profeta", nos será salutar ler esta mensagem do pastor e mestre Renê P. Feitosa, por cujas mãos já passaram gerações de pregadores. No auge do movimento que sacudiu o Brasil a partir dos anos 60 no Seminário Evangélico do Brasil (STEB), em Belo Horizonte, Reitor da Escola superior de Missões(ESMI), também em Belo Horizonte. Ao todo são mais de 600 pastores, missionários, evangelistas e obreiros formados, espalhados pelo Brasil e vários recantos da tera. Aos 70 anos, ele enfrentou uma pesada luta espiritual em Nova Iorque. O missionário pagou alto preço. Mas hoje, com cerca de 400 membros, lá está a Igreja Peniel, no seu próprio templo, na 19-54 38 St. - Astoria, NY. Espinhoso tem sido os caminhos percorridos por este ancião ao longo dos seus cinquenta anos de ministério. Fomos discípula, e diretora do Internato da ESMI, sob a direção deste grande homem de Deus. Como testemunha ócular, temos portanto, a grata satisfação de publicar esta mensagem pelo fato de sabermos quem é este homem. Por favor, leia e deixe seu comentário. Deus abençoe ricamente a sua vida.
Aqui está a foto do nosso velho mestre ao lado do nosso filho Renato, no Congresso Peniel de julho/2009.
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terça-feira, 13 de setembro de 2011

SEJAMOS CONVICTOS


"Demais, filho meu, atenta: não há limites para fazer livros, e o muito estudar é enfado da carne.
  Agora que já se ouviu tudo, aqui está a conclusão: Teme a Deus e obedeça aos seus mandamentos." (Eclesiastes 12.12,13).


Estamos vivendo a época da apostasia, não restam dúvidas. O número de pessoas que um dia defenderam a fé em Jesus, a salvação mediante o sacrifício de Cristo, e agora negam a existência de Deus ou repudiam a fé, tem graçado de maneira dolorosa. Muitos filósofos que morreram sem respostas para si mesmo levaram a glória de deixar seus escritos para questionamentos sem respostas, mas para digreção de quantos se emaranham nas mesmas teias.

                          
“Uma vida sem buscas não é digna de ser vivida.” (Sócrates.)

Toda busca espiritual, no entanto, deve nos levar a respostas que robusteçam o nosso espírito e nos traga uma revelação maior, do que devemos ser como imagem conforme a semelhança de Deus. Partindo do principio de que Deus é incorpóreo, nossa semelhança com Ele, é análoga a sua essência. Portanto, o nosso relacionamento com Ele é empírico e jamais relativo. Por este motivo é crescente e na medida em que transcende, se solidifica.  

Os conceitos filosóficos mudam, caem por terra, se dissipam, dando lugares a novas idéias, porque não passam de tentativas elaboradas por homens, em busca de grandes descobertas. Lamentavelmente, muitos dos grandes filósofos partiram para além terra, sem conhecimento do que mais lutaram por conhecer, ainda que talvez não tivessem consciência do que realmente buscavam. Outros vieram e puxando um fio do novelo amarelado e enfraquecido pelo tempo, continuaram especulando arduamente sobre ás questões mais controversas, a espiritualidade e psique do ser humano.

Muitas divagações ocupam páginas sem conta de livros, mas tudo não vai muito além de especulações, pressupostos,  colhidas de experiências próprias de um punhado de filósofos e psicanalistas.  De averiguações do comportamento de alguns dos seus pacientes analisados e dos relacionamentos mais próximos. Floreado de palavras, construções com termos rebuscados, que impressionam mais que a própria profundidade em si das afirmações tímidas ou ousadas que concluíram. 

Portanto, ao professarmos a nossa fé em Deus, devemos ser racionais nas nossas afirmações, apesar de serem elas, subjetivas. São empíricas sim, e devem ser absolutamente lúcidas. Deus não é uma criação da nossa mente ou uma imagem que nos foi imposta. Deus é nosso Pai, amigo, senhor, guia, é aquEle que se revela a nós no dia a dia em um relacionamento de amor, de presença clara, sentida.

A bíblia nos diz: “A intimidade do Senhor é para aqueles que o buscam.” (Salmo 24.14)). Em qualquer relacionamento ambas as partes, e isto é fundamental, devem se doar. 

Nada poderá confundir minha fé, minha crença em Deus, porque Ele é real na minha vida, tenho vivenciado experiências diárias com o seu amor, o seu cuidado comigo. Não há como duvidar.

“Os que confiam no Senhor são como o monte Sião, que não se abala, mas permanece para sempre.” (Salmo 125).
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terça-feira, 6 de setembro de 2011

D. Esmeralda, era nossa professora na escola dominical na Peniel em Belo Horizonte. A igreja bebia desta fonte como ovelhas sedentas que encontram água potável. Me alegro em poder postar sua poesia no nosso espaço, após encontrá-la aqui http://www.esmeraldacampelo.com.br/poemas.htm   nos seus oitenta anos de vida e totalmente ativa. Deleitemo-nos.





ESTOU CANSADA

Hoje, apesar do sol claro e lindo,
da brisa suave entre as folhas,
do sorriso maroto dos meninos na calçada.
Eu me senti cansada.
E, até pensei de forma equivocada!
Em parar, sumir, correr e desistir.
Cansada de ouvir lamentações,
pedidos repetidos de orações.
Cansada de cobranças e desconfianças.
Cansada de ser pobre,
abraçar pobre, cuidar de pobre
acreditar que pobre tem alma,
enquanto há tantos ricos, fervorosos,
abençoados, poderosos.
Para quem, ser pobre, estar apertado,
é coisa do inferno, é pecado.
Estou cansada do sincretismo,
da Bíblia marcada com folhas de arruda.
Da troca do anjo que falhou na ajuda.
Estou cansada de ver gente rolando,
pulando, gritando, sapateando
com sapatinhos de fogo.
E, cansada deste jogo.
Senti vontade de parar.
E então, quando me pus a pensar
lembrei que o diabo não para,
e, sempre se prepara.
Para roubar, matar e destruir.
E eu resolvi seguir.
Sabendo que há pranto em cada canto.
Na cidade bela,
no palácio, na favela.
Não posso desistir
se há tantos que não podem sorrir,
e, tantos que só sabem chorar...
Estou cansada de ver poderosos na tela
bailarinos no altar,
“inebriados”, “embriagados”, no templo.
E, em nenhum momento.
Souberam o que é o lamento
de quem vive na rua
sob o sol, sob a lua.
No frio e no calor,
convivendo com o òdio
sem conhecer o amor,
sem nunca ouvir dizer:
Que o amor tanto crê
tudo sofre, e espera
que o amor não se ufana
não destrói, não engana.
Estou cansada de ver
templos cheios de santos,
que têm mãos mas, não servem.
Têm pés mas, não andam.
Têm olhos mas, não vêem.
Têm ouvido mas, não ouvem.
Têm coração mas, não amam.
Têm bens mas,não repartem.
Estou cansada, mas vou continuar.
Porque a minha caminhada está perto de acabar....
E o Dono da lavoura vai voltar.


Belo Horizonte, Agosto de 2004
  
 
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sexta-feira, 2 de setembro de 2011


  
ENGANO
Galhos secos, árvore escura, crepitante, sem vida.
 Encerra uma beleza nostálgica, um quadro desolador
 Pássaros pousam com olhares perscrutantes, inquietos
 Logo voam para os frutos, entre folhagens verdes

 
Abandonando a morte, a fome, o estrépito, o calor.
 Sombras se projetam desta esquálida imagem
 Amedrontando o caminhante irrefletido
 Ela ocupa um lugar inutilmente, entre outras árvores
 
 Sequer procura esconder-se da sua vergonha
 Estende seus galhos ressequidos, preguiçosos
 Em todas as direções, como se fosse pródiga
 Enquanto sua raiz racha a terra, roubando-lhe os nutrientes
 
 
 Venhamos, tombemo-la por terra, para que mais viver?
Apaguemos sua imagem, ninguém se lembrará dela.
 Fora dela, desprendido daquela imagem inútil
 Ninguém percebe um tapete de folhas secas espalhadas pelo chão
 
 Que umedecidas por silenciosas lágrimas da terra,
 Em dias não longos, mas apenas producentes
 Transformar-se-ão em rico nutriente negro para a terra
 Aonde irão desenvolver-se árvores frondosas,
 
 Que refletirão sombras, e onde pousarão pássaros.
 É necessário baixarmos os nossos olhos para a volta da raiz.


Obrigada Carluca e Daniel porque tenho contado com vocês na revisão de texto. Beijos pro dois.
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