sábado, 23 de março de 2013

DEMÔNIOS OU FANTASMAS DA ALMA?




A psicanálise, na sua melhor intenção de ajudar um paciente enfermo tenta vasculhar o seu inconsciente, buscando através das suas falas ou confissões, penetrar nos escombros da sua alma. Uma tarefa demasiadamente perigosa, uma vez que nem sempre interpretamos corretamente aquilo que nos está sendo dito. Por outro lado, a pessoa objeto de análise, não consegue externar com clareza o seu emaranhado interior; abrindo assim, involuntariamente, caminhos para equívocos psicanalíticos. No entanto, com o multiplicar da ciência e das informações, muitas pessoas que trabalham com orientação espiritual de massas, irresponsavelmente, se entendem capacitadas para investir nesta área tão delicada. Outros se acreditam aptos espiritualmente para penetrar a alma e o espírito de pessoas incautas, levando consequências desastrosas através da manipulação de tais orientados.

Li no grupo do facebook, “Logos & Mitos”, do qual faço parte, o seguinte comentário de um amigo: “O que antigamente se denominava de espírito de enfermidade, a medicina hoje denomina de doença psicossomática”. (Dr. Levi Bronzeado).

Dr. Levi prossegue: A pastora Mara Barbosa, do Ministério Internacional de Cura Interior e Libertação, está bem a par da ciência. A sua declaração que segue abaixo, é uma prova de evolução nas hostes igrejeiras, no que concernem as enfermidades, que a Gui, (ele se refere a mim) denomina de Espíritos:

“O que chamamos de doenças psicossomáticas, é o que resultam de desarmonia, traumas rachaduras psicológicas, pecados não confessados, sentimentos de culpa, coisas que nos esmagam e que carregamos durante anos sem ao menos percebermos que estão nos causando peso e estão nos abrindo feridas na alma que com certeza ficará tão doente que não aguentando mais, jogará para o corpo e este na tentativa de liberar-se denunciará a doença e somatizará no corpo”.

“O homem da mão mirrada, ele escondia sua deformidade, mas quando teve coragem de mostrar a Jesus, ou seja, coragem de lidar com o problema indo em direção a Jesus e não em direção a razão própria, ele foi curado instantaneamente”.

“Temos verdugos psicológicos, carcereiros na nossa consciência, que nos maltratam, nos punem, nos privam de vida, nos fazem enfermar”.

“Tem muitas igrejas pelo Brasil afora precisando de elucidações como esta da sensata pastora.” (Dr. Levi Bronzeado).

Respondi ao Levi: “Não vamos distorcer as coisas. Eu tenho afirmado que as doenças psicossomáticas são reais e seria ignorância absurda eu negar esta realidade. E entendo perfeitamente a posição da pastora, no entanto, ela não está negando que existem enfermidades provocadas por espíritos malignos, ela sequer entra nesta abordagem. Por outro lado, ela afirma que o homem da mão mirrada escondia a sua deformidade, é absurdo, ela está querendo provar sua tese forçando uma interpretação. (Gui).


Não precisa uma inteligência aguçada para se perceber que a pastora, usando a história da cura do Homem da Mão Mirrada, se esforça demasiadamente para dar sentido à sua tese, o que é desnecessário, haja vista, a lucidez da sua tese. Vejamos:

Em outro sábado, entrou Ele na sinagoga e começou a ensinar. Estava ali um homem com a mão direita atrofiada. Os escribas e os fariseus observavam-no para ver se Ele o curaria no sábado, e assim encontrar com que o acusar. Ele, porém, percebeu seus pensamentos e disse ao homem da mão atrofiada: Levanta-te e fica de pé no meio de todos. Ele se levantou e ficou de pé. Jesus lhes disse: Eu vos pergunto se, no sábado, é permitido fazer o bem ou o mal, salvar uma vida ou arruiná-la”. Correndo os olhos por todos eles, disse ao homem: “Estende a tua mão”. Ele o fez, e a mão voltou ao estado normal. Eles, porém, se enfureceram e combinavam o que fariam a Jesus. (Lucas 6.6-11).

O evento gira em torno do ensinamento de Jesus diante da hipocrisia dos fariseus e suas más intenções para com Ele, visto que eles mesmos violavam o sábado quando levavam os seus animais para beberem água ou comer, no entanto, por inveja, procuravam ver se Ele curaria no sábado buscando ocasião contra Ele.

Ademais, o texto não nos deixa nenhuma abertura para entendermos que aquele homem estava escondendo a sua deformidade, mas, pelo contrário, que ele estava ali como os demais, bebendo os ensinamentos de Jesus, e talvez sequer soubesse que seria agraciado com uma tremenda cura naquela ocasião. Tampouco, podemos assegurar que aquela atrofia fosse maligna. O fato é que a lição proposta pelo escritor é nos fazer entender que Jesus jamais colocou os ritos, as tradições religiosas a serem observados em detrimento do ser humano.

Conhecendo um pouco do site da pastora citada acima, vemos que ela não ignora as ações do diabo. Vejamos: “Satanás edifica fortalezas espirituais em nossas mentes que são construídas pelas mesmas mentiras, (mentiras reiteradas) ditas através dos anos, em diferentes situações e circunstâncias. Geralmente tem sua origem na infância”. http://www.micil.com.br/page87.php

Por mais que se esforcem no sentido de dar outra conotação as possessões demoníacas, suas teses não terão sustentação. As reações provocadas por espíritos malignos diferem em muito de histerias, emocionalismos, crises nervosas, fúrias humanas ou doenças mentais. 

Jesus conhecia e conhece o mais profundo do ser humano, além de conhecer perfeitamente todo o reino das trevas. Ele tratava com um possesso como tal. Sempre que os encontrava, ordenava ao espírito ou aos espíritos malignos que se alojavam neles, que deixassem as suas vítimas.
E estava na sinagoga um homem que tinha o espírito de um demônio imundo, e exclamou em alta voz, dizendo: Ah! Que temos nós contigo, Jesus Nazareno? Vieste a destruir-nos? Bem sei quem és: O Santo de Deus.
E Jesus o repreendeu, dizendo: Cala-te, e sai dele. E o demônio, lançando-o por terra no meio do povo, saiu dele sem lhe fazer mal.” (Lucas 4.33-34).
E Jesus o repreendeu, dizendo: Cala-te, e sai dele. E o demônio, lançando-o por terra no meio do povo, saiu dele sem lhe fazer mal.” (Lucas 4.33-34).
Tem mais: além do próprio Jesus expulsar demônios, Ele também nos comissionou enquanto cristãos a também fazê-lo. Nesta autoridade delegada por Jesus aos cristãos, vemos claramente que Ele faz a separação entre pessoas enfermas no corpo e pessoas endemoniadas. Ou seja: expulsem demônios E curem os enfermos.
“E estes sinais seguirão aos que crerem. Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão. (Marcos 16.17-18).

Jamais Jesus deu ordem a inveja, a luxúria, a avareza, a cobiça, aos vícios, as taras, a mentira, a calúnia, a desonestidade, a promiscuidade, a amargura, ao ódio, a mágoa, a vingança, etc. que deixasse o corpo de alguém. Ele sabia que todas as nossas mazelas são banidas das nossas vidas dia a dia, na medida em que vamos nos aproximando da sua luz, pois só assim, somos capazes de enxergar as nossas trevas, e buscarmos capacitação através do Espírito Santo para abandonarmos toda classe de pecado.
“A vereda do justo é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito”. (Provérbio 4.18).

Por Guiomar Barba.

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quarta-feira, 6 de março de 2013




PAPEL QUEIMADO

 Henry Ward Beecher escreveu que: “O perdão deve ser como um bilhete cancelado – rasgado em duas partes, queimado, para que não seja usado contra outra pessoa.”


“Apaguei as tuas transgressões como a névoa, e os teus pecados como a nuvem; torna-te para Mim, porque Eu te remi. (Isaias 44.22).


O perdoar é mais uma questão de determinação na mente, independente dos nossos sentimentos, ou seja: a ferida poderá está ainda aberta dentro de nós, sem sequer sabermos por quanto tempo durará, mas a nossa mente estará capacitada a agir segundo a mente de Cristo, que nos liberou o perdão, mesmo antes de nos arrependermos.

 Foi exatamente o que Jesus fez na cruz, nos liberou o seu perdão quando ainda éramos pecadores, deixando-o a nossa disposição para usufruirmos dele, quando o nosso coração fosse quebrantado para recebê-lo.

 Liberar perdão nem sempre deve significar que as lembranças do mal que nos causaram, foram apagadas ou amenizadas. No entanto, a nossa disposição de perdoar e amar, é o termômetro que indica o calor da nossa comunhão com Deus, além de que, fortalece-nos para enfrentarmos o dia do confronto com a pessoa que nos causou as feridas e nos traz a paz de sabermos que podemos orar o Pai Nosso, sem hipocrisia: “Perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores...”

Costumo fazer um teste comigo mesma, da seguinte forma, para saber se meu coração sinceramente perdoou as pessoas que me feriram: Penso nelas em uma situação difícil, sofrendo algumas das dores que nos traz a vida, necessitadas de ajuda; se o meu coração se enternece e na minha mente corro para socorrê-las, sem pensar em represálias ou mágoas, percebo que percorri todo o caminho em direção ao perdão, mas se as largo pensando que outros poderão socorrê-las, meu coração está totalmente endurecido para o verdadeiro amor que perdoa. Então clamo a misericórdia do Senhor, procuro pensar nas minhas próprias mazelas, e o quanto fui amada e perdoada; consigo então, as forças necessárias para interceder por aquelas pessoas que me magoaram.  Nem sempre é um processo fácil, a natureza carnal guerreia contra o nosso espírito que foi quebrantado pelo Espírito Santo de Deus, mas o nosso espírito vencendo as obras da carne, conscienciosamente vai escolher a atitude correta que é perdoar em amor.

“E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas ofensas.” (Marcos 11.25).

Por Guiomar Barba.



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