A
psicanálise, na sua melhor intenção de ajudar um paciente enfermo tenta
vasculhar o seu inconsciente, buscando através das suas falas ou confissões,
penetrar nos escombros da sua alma. Uma tarefa demasiadamente perigosa, uma vez
que nem sempre interpretamos corretamente aquilo que nos está sendo dito. Por
outro lado, a pessoa objeto de análise, não consegue externar com clareza o seu
emaranhado interior; abrindo assim, involuntariamente, caminhos para equívocos
psicanalíticos. No entanto, com o multiplicar da ciência e das informações,
muitas pessoas que trabalham com orientação espiritual de massas,
irresponsavelmente, se entendem capacitadas para investir nesta área tão
delicada. Outros se acreditam aptos espiritualmente para penetrar a alma e o espírito
de pessoas incautas, levando consequências desastrosas através da manipulação
de tais orientados.
Li
no grupo do facebook, “Logos & Mitos”, do qual faço parte, o seguinte
comentário de um amigo: “O que
antigamente se denominava de espírito de enfermidade, a medicina hoje denomina
de doença psicossomática”. (Dr. Levi Bronzeado).
Dr. Levi
prossegue: A pastora Mara Barbosa, do Ministério Internacional de Cura Interior
e Libertação, está bem a par da ciência. A sua declaração que segue abaixo, é
uma prova de evolução nas hostes igrejeiras, no que concernem as enfermidades,
que a Gui, (ele se refere a mim)
denomina de Espíritos:
“O que
chamamos de doenças psicossomáticas, é o que resultam de desarmonia, traumas
rachaduras psicológicas, pecados não confessados, sentimentos de culpa, coisas
que nos esmagam e que carregamos durante anos sem ao menos percebermos que
estão nos causando peso e estão nos abrindo feridas na alma que com certeza
ficará tão doente que não aguentando mais, jogará para o corpo e este na
tentativa de liberar-se denunciará a doença e somatizará no corpo”.
“O homem da
mão mirrada, ele escondia sua deformidade, mas quando teve coragem de mostrar a
Jesus, ou seja, coragem de lidar com o problema indo em direção a Jesus e não
em direção a razão própria, ele foi curado instantaneamente”.
“Temos
verdugos psicológicos, carcereiros na nossa consciência, que nos maltratam, nos
punem, nos privam de vida, nos fazem enfermar”.
“Tem muitas
igrejas pelo Brasil afora precisando de elucidações como esta da sensata
pastora.” (Dr. Levi Bronzeado).
Não precisa uma inteligência aguçada para se perceber que a pastora, usando a história da cura do Homem da Mão Mirrada, se esforça demasiadamente para dar sentido à sua tese, o que é desnecessário, haja vista, a lucidez da sua tese. Vejamos:
“Em outro sábado,
entrou Ele na sinagoga e começou a ensinar. Estava ali um homem com a mão
direita atrofiada. Os escribas e os fariseus observavam-no para ver se Ele o
curaria no sábado, e assim encontrar com que o acusar. Ele, porém, percebeu
seus pensamentos e disse ao homem da mão atrofiada: Levanta-te e fica de pé no
meio de todos. Ele se levantou e ficou de pé. Jesus lhes disse: Eu vos pergunto
se, no sábado, é permitido fazer o bem ou o mal, salvar uma vida ou arruiná-la”.
Correndo os olhos por todos eles, disse ao homem: “Estende a tua mão”. Ele o
fez, e a mão voltou ao estado normal. Eles, porém, se enfureceram e combinavam
o que fariam a Jesus. (Lucas 6.6-11).
O
evento gira em torno do ensinamento de Jesus diante da hipocrisia dos fariseus
e suas más intenções para com Ele, visto que eles mesmos violavam o sábado
quando levavam os seus animais para beberem água ou comer, no entanto, por
inveja, procuravam ver se Ele curaria no sábado buscando ocasião contra Ele.
Ademais,
o texto não nos deixa nenhuma abertura para entendermos que aquele homem estava
escondendo a sua deformidade, mas, pelo contrário, que ele estava ali como os
demais, bebendo os ensinamentos de Jesus, e talvez sequer soubesse que seria
agraciado com uma tremenda cura naquela ocasião. Tampouco, podemos assegurar
que aquela atrofia fosse maligna. O fato é que a lição proposta pelo escritor é
nos fazer entender que Jesus jamais colocou os ritos, as tradições religiosas a
serem observados em detrimento do ser humano.
Conhecendo
um pouco do site da pastora citada acima, vemos que ela não ignora as ações do
diabo. Vejamos: “Satanás edifica
fortalezas espirituais em nossas mentes que são construídas pelas mesmas
mentiras, (mentiras reiteradas) ditas através dos anos, em diferentes situações
e circunstâncias. Geralmente tem sua origem na infância”. http://www.micil.com.br/page87.php
Por
mais que se esforcem no sentido de dar outra conotação as possessões
demoníacas, suas teses não terão sustentação. As reações provocadas por
espíritos malignos diferem em muito de histerias, emocionalismos, crises nervosas,
fúrias humanas
ou doenças mentais.
Jesus conhecia e conhece o mais profundo do ser humano, além de conhecer perfeitamente todo o reino das trevas. Ele tratava com um possesso como tal. Sempre que os encontrava, ordenava ao espírito ou aos espíritos malignos que se alojavam neles, que deixassem as suas vítimas.
Jesus conhecia e conhece o mais profundo do ser humano, além de conhecer perfeitamente todo o reino das trevas. Ele tratava com um possesso como tal. Sempre que os encontrava, ordenava ao espírito ou aos espíritos malignos que se alojavam neles, que deixassem as suas vítimas.
“E estava na sinagoga um homem que tinha o espírito de um demônio imundo, e exclamou em alta voz, dizendo: Ah! Que temos nós contigo, Jesus Nazareno? Vieste a destruir-nos? Bem sei quem és: O Santo de Deus.
E Jesus o repreendeu, dizendo: Cala-te, e sai dele. E o demônio, lançando-o por terra no meio do povo, saiu dele sem lhe fazer mal.” (Lucas 4.33-34). E Jesus o repreendeu, dizendo: Cala-te, e sai dele. E o demônio, lançando-o por terra no meio do povo, saiu dele sem lhe fazer mal.” (Lucas 4.33-34).
Tem mais: além do próprio Jesus expulsar demônios, Ele também nos comissionou enquanto cristãos a também fazê-lo. Nesta autoridade delegada por Jesus aos cristãos, vemos claramente que Ele faz a separação entre pessoas enfermas no corpo e pessoas endemoniadas. Ou seja: expulsem demônios E curem os enfermos.
“E estes sinais seguirão aos que crerem. Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão. (Marcos 16.17-18).
Jamais Jesus deu ordem a inveja, a
luxúria, a avareza, a cobiça, aos vícios, as taras, a mentira, a calúnia, a
desonestidade, a promiscuidade, a amargura, ao ódio, a mágoa, a vingança, etc.
que deixasse o corpo de alguém. Ele sabia que todas as nossas mazelas são
banidas das nossas vidas dia a dia, na medida em que vamos nos aproximando da
sua luz, pois só assim, somos capazes de enxergar as nossas trevas, e buscarmos
capacitação através do Espírito Santo para abandonarmos toda classe de pecado.
“A vereda do justo é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito”. (Provérbio 4.18).
Por Guiomar Barba.