quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL!

O fato de não sabermos o dia exato do nascimento de Jesus, não implica que Ele não tenha vindo à luz do mundo e muito menos que não tenha ofuscado esta luz com a sua própria luz. Mesmo que a energia solar e toda fonte luminosa viessem a eclipsar, a verdadeira luz que ora alumia jamais perderá o seu fulgor. Guiados por ela, não tropeçaremos.

O cego poderá viver na sua escuridão sem, contudo deixar de participar das atividades necessárias e prazerosas que este mundo nos oferece. No entanto, o nosso espírito não saberia andar em trevas sem mergulhar nas profundezas do não ser.

Estamos indo para Santa Cruz de La Sierra na Bolívia, onde passaremos o natal com a família do meu marido e amigos que um dia saíram das drogas através do nosso trabalho missionário ali. “Será una navidad inolvidable, estoy segura, porque fue un regalo de Dios.” No dia vinte nove, devemos vir a Aracaju com direção a Recife, aonde viraremos o ano e ficaremos para umas férias merecidas, são nossos planos.

Vou tentar neste período postar algo novo. Sentiremos saudades deste convívio, com muitos, silencioso com outros, um contato mais direto, mas todos são parte importante deste blog que amo tanto.

Meu querido leitor, desejo que a luz de Cristo resplandeça na sua vida a cada dia do novo ano que se iniciará e que você tenha um natal cheio desta maravilhosa luz.

Com vocês e para vocês: Aleluia de Handel

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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

SILÊNCIO

Quem me dera voar um pouco de tempo para além das vozes

Meus ouvidos se adaptaram ao barulho das línguas que não param

Ao estrépito das vozes que não sabem sequer falar;

Aos gritos dos que já não conseguem ouvir, se não a si mesmos

Ao murmurar contínuo dos que se devotaram a criticar

Ao balbuciar dos que derramam lágrimas silenciosas

Aos berros horripilantes de comandos.

À suave maciez de vozes que transmitem "sabedoria."

Aos urros de feras que subornam, corrompem para reinar

Aos choros mal contidos, doloridos, dos campos de morte

Ao brado no olhar dos doentes dos corredores de hospitais

Ao gemido da natureza agonizante martirizada por seus algozes.

Desejo calar dentro de mim, fora de mim, todas as vozes

Quero respirar, me embriagar, extasiar nesta pausa

E mergulhar no silêncio desta força benéfica que impulsiona

Que no silêncio da minha alma me entoa o cântico do amor

Deixar-me envolver sob sua ação destilada ao meu limite

Que me conduz suavemente, com segurança ao meu destino

Amo este agir silencioso que apenas me impele como um vagar

Que, no entanto, tem âncora em um porto seguro

Mais que tudo quero aprender a calar e falar.

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