terça-feira, 28 de julho de 2009

MARAVILHOSA MORTE FÍSICA

Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está ó morte, o teu aguilhão? (1 Coríntios 15:55).
A ciência ao longo dos anos desencadeia uma luta titânica para deter a morte ou no mínimo postergá-la. Às vezes com êxito, outras com frustrações humilhantes; mas sempre prosseguindo, determinada, inexorável, e assim continuará com descobertas que assombrarão os próprios cientistas que desvendarem os segredos da natureza profeticamente destinados ao conhecimento humano.
“E tu Daniel, fecha estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo: muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se multiplicará.” (Daniel 12:4).
No seu infinito amor Deus havia projetado um mundo de vida e vida em abundância, a morte jamais esteve nos planos de Deus para a humanidade. A própria natureza nos ensina. Ela gera vida mesmo através da morte:
“Em verdade, em verdade, vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto. (João 12:24).
O homem por sua cobiça trouxe a morte eterna para a vida: “Portanto, assim como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a ‘morte’, assim também a ‘morte’ passou a todos os homens, porque todos pecaram.” (Romanos 5:12). No entanto, Deus, na sua infinita misericórdia, determinou mais uma vez o acesso a vida eterna pela qual Ele sempre se empenhou a favor da raça humana. “Todavia, não é assim o dom gratuito como a ofensa; porque, se, pela ofensa de um só, morreram muitos, muito mais a graça de Deus e o dom pela graça de um só homem Jesus Cristo, foram abundantes sobre muitos.” (Romanos 5: 15). E é por esta grandiosa providência que o salmista Davi afirma: “Preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos seus santos.” (Salmo 116:15). Tendo por certo a absoluta certeza de uma vida eterna com Cristo e a morada após o julgamento final, em uma terra totalmente restaurada, que Paulo o grande pregador do evangelho ousa dizer: “Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro.” (Filipenses 1:21). Conquanto, não estaria o apóstolo, subestimando a vida terrena, mas, tendo sido arrebatado até o terceiro céu como ele mesmo relata em segunda Coríntios capítulo doze, versículos um à seis, e tendo a certeza inabalável de que em Cristo Jesus, estava salvo da condenação eterna, nada mais compreensível, que desejasse voltar para os eternos braços do Pai.
Para os que estão em Cristo seguros do perdão dos seus pecados, confirmados pelo Espírito Santo de Deus, a morte não é nada mais que apenas uma ponte para a vida prometida por Deus. A vida sem fronteiras, sem limites, infinita. Esta convicção não somente faz adormecer em paz os que são chamados a eternidade, como também, apesar da saudade dolorosa que acomete o coração dos que ficam ameniza-lhes a dor da separação com a certeza do reencontro: “Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor.Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras.”(1 Tessalonicenses 4:16-18).
Crentes nestas verdades sagradas nos alegramos pelos nossos ente queridos que já se foram desta vida, na certeza de que eles nos esperam muito além deste mundo tenebroso, lá onde a morte e o pranto não se encontrarão. Estando ausente desse tabernáculo (corpo) corruptível, já revestidos de incorruptibilidade desfrutam de uma vida de descanso e paz.
UMA EXPERIÊNCIA VIVENCIADA POR MIM
Tenho uma amiga médica cuja mãe evangelizei e logo recebeu Jesus como seu salvador. Creio que após duas semanas, ela foi internada; tinha um câncer em estado muito avançado. Ela estava inconsciente quando fomos visitá-la, não demorou dias... Já amanhecia quando em sonho vi uma mão negra, lembro-me bem do formato, era gordinha e pequena, estava um pouco acima dos meus olhos, numa distância talvez de meio metro, mas, suavemente uma outra mão branca como a neve e no mesmo formato, foi substituindo aquela mão negra. Despertei e tive a certeza que a mãe da minha amiga havia partido para a eternidade. Não tardou, recebi o comunicado que o corpo já estava na igreja, de onde sairia para o cemitério. Ao contemplar aquele corpo sem vida naquele caixão, havia uma segurança no meu coração: a morte havia sido tragada pela vida para todo sempre.
A vida é um dom de Deus, saibamos vivê-la para a glória dEle!
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quinta-feira, 23 de julho de 2009

O CÃNCER DA MINISTRA DILMA

Ministro (religioso)
com câncer de próstata e ministra (da casa civil)
com câncer linfático
Até 31 de março de 2009, Israel Belo de Azevedo, 56 anos, era diretor do Seminário Batista do Sul e pastor da igreja Batista Itacuruçá, ambos no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro. Em abril, ele resolveu ficar só com a igreja, que acaba de comemorar 73 anos de organização. Pouco depois da celebração, Israel contou à igreja (1.333 membros) que estava com câncer de próstata e que já havia iniciado o tratamento. Na mesma ocasião, a ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, anunciou à nação que estava com câncer linfático.
Além de se solidarizar com a ministra, Israel Belo escreveu para ela uma carta aberta, na qual disse entre outras coisas:
O ministro disse com classe... (Guiomar).
Primeiramente, desejo cumprimentá-la pela decisão de tornar público o seu câncer. Com o poder que a senhora tem, poderia usar meios e pessoas para esconder ou, eufemisticamente, restringir sua enfermidade ao foro íntimo e pessoal. [...] Que a sua revelação leve muitas mulheres a se autocarem e inspire muitos homens a buscarem os gabinetes me´dicos. No meu caso, alguns homens, a partir da minha notícia, tomaram a decisão de procurar uma urologista, a despeito do pavor do toque. Quanto mais informação sobre o câncer e quanto mais coragem diante dele houver, menos letal será.
No seu caso, que tem a ambição de ser presidente da República brasileira, sua revelação será um prato cheio para os abutres (na expressão de Clóvis Rossi). As repugnantes aves de rapina sobrevoam sobre o seu corpo, comunicando-se entre si sobre a divisão dos despojos. Nesta hora, mesmo continuando no trabalho (como deve), precisa ser respeitada em sua dor.
Não a conheço; logo, não tenho a menor idéia de como enfrenta os reveses. Uns se enclausuram, perguntando-se, entre lágrimas, por que isto lhes está acontecendo; desenvolvem a visão de que são vítimas e alguns se entregam de tal modo que sua cura fica mais difícil. No extremo oposto, aqueles que sobrevivem ao câncer )e é a maioria!) podem ser auto-heroificados ou hetero-heroificados. 'Eu venci o câncer' é frase que gostarei de repetir, quando puder ser autorizado a tal daqui a alguns anos. Contudo, estadesejada vitória não pode ser um canto de alegria que entristeça os familiares dos vencidos pela enfermidade.
Não posso usar minha possível vitória a meu favor. No meu caso, o risco da herificação existe, mas é pequeno e de pífia abragência. No seu caso, o risco é alto. É até possível que um marqueteiro, na hora da possível campanha, queira investir na sua imagem como uma guerreira que venceu o câncer e, logo, pode vencer os desafios do Brasil. Se isto acontecer, resista, ministra. Ter vencido o câncer não pode ser usado como uma virtude.
Penso que a senhora deve usar o seu câncer a favor de todos nós. Além do aspecto didático da revelação do seu diagnóstico e tratamento, estou certo que o seu olhar para a saúde pública brasileira será outro.

Extraído da Revista ULTIMATO.

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sábado, 18 de julho de 2009

DEUS E O TSUNAMI

Doeu-me o discurso do reverendo Tom Roney questionando o amor de Deus ao permitir o tsunami, e ao mesmo tempo me comoveu a profunda sinceridade com que foi capaz de dizer as suas ovelhas, depois de várias considerações, que não tinha resposta para si e por conseguinte, não teria para sua amada comunidade. Embora a despeito da sua insuficiência, a sua fé em Deus não desmoronou.
Sei que Deus não precisa de advogados que lhe defendam e nem mesmo o “advogado do diabo”, estaria apto a trabalhar em sua defesa; no entanto, assim como os de Beréia, é necessário para que desenvolvamos uma fé robusta, que questionemos e busquemos a luz do Espírito Santo um entendimento correto da palavra de Deus.
O Pr. Ricardo Gondim na sua revolta provocada pelas “informações da imprensa” e quem sabe também por outros meios, vocifera: “Mas mesmo horrorizado, tenho aprendido. Esses eventos tenebrosos me levaram a admitir que já não leio a Bíblia com as mesmas lentes. Abandonei a idéia de que os massacres do Antigo Testamento foram ordens divinas. Entendo que os genocídios relatados na Bíblia foram cometidos com as mesmas motivações políticas, com os mesmos interesses econômicos e com ambições nacionalistas iguais as atuais, mas atribuidos a um deus guerreiro. Não aceito que os "propósitos" divinos para o futuro estejam conectados à política militarista de Israel. Arrependo-me de ter, um dia, pregado que "Israel é o relógio de Deus" para o fim dos tempos.”
Aprecio as emoções do Gondim, no entanto, não podemos determinar que várias das guerras bíblicas não foram ordenadas por Deus, pelo simples fato de não havermos assimilado a perfeita soberania de Deus e que Ele trabalha visando a eternidade, e certamente com dor, é “forçado” a agir dentro das limitações humanas. No seu livro A Cabana, reflexiona William P. Young: “O mundo está partido porque no Éden vocês abandonaram o relacionamento conosco para afirmar a própria independência. A maioria dos humanos expressou isso se voltando para o trabalho das mãos e para o suor do rosto em busca de identidade, do valor e da segurança. Ao optar por definir o que é bom e o que é mau, vocês buscam determinar seu próprio destino. Foi essa reviravolta que causou tanta dor.” No entanto, ele considera: “A graça não depende da existência do sofrimento, mas onde há sofrimento você encontrará a graça de inúmeras maneiras.”
Além de nos sabermos seres finitos, contemplamos impotentes a finidade dos nossos entes queridos; a destruição do meio ambiente pelo próprio homem; a morte impiedosa de laboriadas invenções tecnológicas em favor de outras mais sofisticadas; extermínios em massa de seres humanos... Toda esta interminável cadeia de morte, quando fomos destinados a vida e “vida em abundância,” nos leva a uma nauseante visão de um Deus que no passado declarava guerra aos inimigos por mais cruéis que fossem. Esquecemos que a matéria humana por mais degradante que tenha sido a sua destruição, ela é apenas o tabernáculo do nosso espírito que estando reconciliado em Cristo, com a morte do corpo volta para os eternos braços do Pai, onde a vida não conhecerá finitude jamais.
É intrigante, perceber que essas mesmas pessoas que sofrem tanto com certas tragédias, são tão agressivas; humilham com tanto sarcasmo, até mesmo outros colegas, pelo simples fato de discordarem publicamente de alguma de suas visões “pura e simplesmente” teológicas sobre determinado assunto. E por certo, tratariam da mesma forma ainda que fosse uma multidão, que defendesse outro credo que não seja o seu. A guerra fria é tão nociva...
Já questionei centenas de vezes as guerras bíblicas, os genocídios, e disse a Deus muitas vezes entre soluços e dor que não poderia jamais compreender suas razões e justiça. No entanto, afirmar “que os genocídios relatados na Bíblia foram cometidos com as mesmas motivações políticas, com os mesmos interesses econômicos e com ambições nacionalistas iguais as atuais, mas atribuídos a um deus guerreiro”, seria caluniar os nossos santos profetas, que vezes após vezes arriscavam as suas próprias vidas à fúria de reis, anunciando o castigo de Deus contra seu povo através de nações ou contras nações através de Israel. A exemplo: Por isso, O Senhor fez subir contra ele o rei dos caldeus, o qual matou os seus jovens à espada, na casa do seu santuário; e não teve piedade nem Dos jovens nem das donzelas, nem dos velhos nem dos mais avançados em idade; a todos os deu em suas mãos. (2 Crônicas 36:17). Sentenças semelhantes se repetem por todo o Antigo Testamento, não vamos negá-las por nossa incapacidade de compreensão. “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro?” (Romanos 11:33).
Deus entregou efetivamente o mundo nas mãos do homem desde a sua criação: “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar; sobre as aves do céus e sobre todo o animal que rasteja sobre a terra. (Gêneses 1:27,28).
O homem por sua avareza e cobiça tem se ocupado desde então a substituir as obras de Deus por suas diversas criações destruidoras, sem buscar sequer sabedoria do Criador para elaborar projetos arriscáveis, mas cobra-se a intervenção de Deus quando as conseqüências são desastrosas e O culpam por “Sua impiedade.” Com certeza Deus poderia haver impedido o tsunami, as quedas dos três últimos aviões com suas mais de quinhentas mortes, como pode impedir diariamente o tráfico de órgãos humanos e o tráfico de animais, pode impedir que os políticos roubem os cofres públicos, que haja desmatamento, que pais surrem seus filhos, que maridos espanquem suas mulheres, que policiais, marginais e seus afins enfiem balas em tantas pessoas quantas lhes convenham, que a saúde e a educação pública sejam relegadas. Não teríamos então, o sentimento de poder, o mundo não seria nosso; seguramente como no paraíso os Adãos e Evas da vida sentir-se-iam como marionetes nas mãos de um Deus manipulador e atenderiam ao anseio dos seus corações: Queremos ser deuses... E o mundo continuará enfrentando catástrofes até que a terra seja restaurada pelo seu criador à Sua maneira, doa em quem doer. Os que confiam no Seu infinito amor irão entender que Ele JUSTO!
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sábado, 11 de julho de 2009

O JOIO TRADICIONAL

Como acontece no movimento pentecostal, na igreja tradicional o trigo (aquilo que é de Deus) e o joio (aquilo que é da carne) também se misturam. A presença do joio tradicional incomoda muitos fiéis que se desencantam com a velha igreja (não com o velho evangelho) e acabam saindo dela para igrejas mais novas (denominadas renovadas, pentecostais ou carismáticas) e para as chamadas comunidades. Os exageros tradicionais provocam exageros pentecostais e os exageros pentecostais tendem a alimentar ainda mais os exageros tradicionais. O ideal seria uma renovação do grupo todo, comedida e cuidadosa. O importante não é um lado contribuir com o calor do Espírito e o outro com a ortodoxia da Palavra. As duas coisas (o Espírito e a Palavra) não devem se desvincular. A igreja que tem ortodoxia precisa ter também calor. A igreja que tem calor precisa ter também ortodoxia. Se as partes se separam, mais cedo ou mais tarde o próprio Espírito vai exigir de ambos os lados arrependimento, confissão e humildade (se os dois ramos quiserem mesmo viver na plenitude do Espírito).
A igreja tradicional precisa rever a sua liturgia. Às vezes, ela é tão pesada que a maior parte dos crentes não suporta mais, especialmente os jovens. A base pode ser bíblica e uma preciosa herança da Reforma, mas a forma precisa mudar. A liturgia rígida parece uma camisa de força que impede os movimentos do corpo. É algo importado de outras culturas e de outras épocas.
É preciso mudar o conceito de reverência no culto e na casa de Deus. Para muitos, a reverência está na gravata e no terno do homem, no melhor vestido da mulher, no rosto fechado e sério de todos e na ausência total de palmas e de cumprimentos efusivos.
A igreja tradicional precisa enfrentar o problema da dor com mais afinco, mais envolvimento e mais poder. Os casos de doenças, de desemprego, de miséria, de atritos conjugais, de dependência de álcool e drogas, de sofrimento emocional, de problemas e deslizes sexuais e outros são desafios que a igreja não pode rejeitar nem protelar. Não adianta colocar no boletim dominical que fulano e beltrano estão doentes e precisam da oração da congregação. É necessário ir muito além, entrar fundo no problema e encontrar uma solução, tanto pela oração da fé, com sinais e prodígios da parte de Deus, como por meio do ministério de conselheiros e profissionais capacitados e ungidos.
Se alguns pentecostais se mostram soberbos por causa do fogo espiritual, alguns tradicionais se mostram igualmente soberbos por causa da cultura teológica. Se alguns pentecostais não levam em conta a unidade visível da igreja, alguns tradicionais fazem o mesmo, quando não admitem que alguém pense diferentemente deles e agem como os apóstolos: “Mestre, vimos certo homem que em teu nome expelia demônios, e lho proibimos, porque não segue conosco”. Os tradicionais devem ouvir a resposta categórica de Jesus: “Não proibais; pois quem não é contra vós outros, é por vós” (Lucas 9: 49 – 50).
Se a igreja tradicional, que Deus tem usado extraordinariamente nos séculos passados, e se a igreja pentecostal, que tem trazido à tona certas coisas deixadas de lado ao correr dos anos, se ambas se derem as mãos numa demonstração do mais puro amor e da mais pura humildade, quem vai sair ganhando é o reino de Deus. Este deve ser o verdadeiro alvo dos verdadeiros crentes.
Fonte: Revista Ultimato – Setembro de 1992.
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domingo, 5 de julho de 2009

PALAVRA VIVA

Meus queridos e preciosos leitores, gostaria de pedir perdão a todos vocês por haver involuntariamente postado truncada a mensagem Palavra Viva, como estavámos em viagem para um período de descanso, só agora, ao voltarmos, percebemos nossa falha. Agora, estamos postando ela na sua íntegra. Mais uma vez pedimos nossas desculpas. Um abraço com gratidão a todos vocês.
Ontem ao meio dia eu estava diante de Deus, rasgando meu coração, inconformada com as escórias que ainda existiam dentro de mim, apesar dos anos de convertida. Disse a Deus que havia perdido as esperanças em mim, mas que ainda havia um pavio fumegante e que eu sabia que apesar de ser uma cana quebrada Ele não me esmagaria. Após derramar toda minha alma diante dEle, não me senti consolada...
Hoje são dezoito de junho, eram cinco e vinte e cinco da manhã quando despertei. Apesar de ter ido dormir tão tarde ontem, sei que O Senhor me despertou. “Ele me desperta todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que eu ouça como os eruditos.” (Isaias 50.4b). Desejo compartilhar com você nestas primeiras horas da manhã o que Ele ministrou ao meu coração:
“Veio sobre mim a mão do Senhor; Ele me levou pelo Espírito do Senhor e me deixou no meio de um vale que estava cheios de ossos secos, e me fez andar ao redor deles; eram mui numerosos na superfície do vale e estavam sequíssimos. Então, me perguntou: Filho do homem, acaso, poderão reviver estes ossos? Respondi; Senhor Deus, Tu o sabes. Disse-me Ele: Profetiza a estes ossos e dize-lhes: ossos secos, ouvi a palavra do Senhor. Assim diz O Senhor Deus a estes ossos: Eis que farei entrar o espírito em vós, e vivereis. Porei tendões sobre vós, farei crescer carne sobre vós, sobre vós estenderei pele e porei em vós o espírito, e vivereis. E sabereis que eu sou o Senhor. Então, profetizei segundo me foi ordenado; enquanto eu profetizava, houve um ruído, um barulho de ossos que batiam contra ossos e se ajuntavam, cada osso ao seu osso. Olhei, e eis que havia tendões sobre eles, e cresceram as carnes, e se estendeu a pele sobre eles; mas não havia neles o espírito. Então Ele me disse: Profetiza ao espírito, profetiza ó filho do homem, e dize-lhe: Assim diz o Senhor Deus: Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam. Profetizei como Ele me ordenara, e o espírito entrou neles, e viveram e se puseram em pé, um exército sobremodo numeroso.”
(Ezequiel 37. 1-10).
Eu poderia ter me esquecido do meu clamor, apesar da sinceridade com que o fiz. Mas Deus não, Ele é lindo, é amor, é responsável. Abri minha bíblia e, antes mesmo de ir para o livro no qual estou meditando, meus olhos caíram na palavra transcrita acima. Comecei a ler rapidamente e segui lendo a segunda profecia, mas me senti incomodada pelo Espírito a voltar ao vale. Percebi então que, como Israel, eu dizia: “meus ossos se secaram e pereceu a minha esperança, não tem jeito para mim.”
Se Deus houvera perguntado, antes de falar comigo, você acredita que você pode mudar? Creio que eu teria respondido: ah Senhor já tentei tanto... Já lutei para obedecer ao mandamento: “transformai-vos pela renovação da vossa mente,” mas continuo repetindo o que Paulo deixou para trás: Miserável mulher que sou! No entanto, da mesma forma como o Senhor não perdeu tempo respondendo as lamúrias de Gideão, mas foi objetivo convocando-o a comandar a sua própria vitória, Ele fez saltar aos meus olhos a mensagem: “sair da sepultura.”
Deus não tem compromisso com aparências, portanto, não se limitou aos tendões, carne e pele, que podem dar beleza, impressionar... Nem mesmo com uma vida em movimento... Por isso, Ele continuou prometendo: “Eis que abrirei as vossas sepulturas, e vos farei sair dela... Sabereis que Eu sou o Senhor, quando Eu abrir a vossa sepultura e vos fizer sair dela, ó povo meu. (Ezequiel 37.12). Jesus expôs as imundícias dos corações dos escribas e fariseus quando julgou: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos, e de toda imundícia!” (Mateus 23.27). Enquanto estes, assemelhando-se aos próprios sepulcros, tinham prazer em viver sua farsa, em contrapartida, nesta visão Deus nos revela que Ele se deleita em nos tirar da nossa sepultura, desta prisão fétida, que abriga medos, inseguranças, julgamentos, mentiras, amarguras, traumas, desânimo e tantas outras mazelas que nos fazem definhar os ossos.
Infelizmente, as pessoas vivem tão sedentas por profecias cheias de promessas mirabolantes, esperançosas na cumplicidade de Deus com sua auto-piedade que não conseguem assimilar nenhuma profecia que lhes confronte, que, exponha como Paulo a Pedro o pecado do seu coração. “Quando, porém, vi que não procediam corretamente segundo a verdade do evangelho, disse a Cefas, na presença de todos: se, sendo judeu, vives como gentio e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus? (Galátas 2.14). “Porque vai chegar o tempo em que as pessoas não suportarão a sã doutrina; antes, segundo seus próprios caprichos, buscarão para si um montão de mestres que só lhes ensinem o que eles querem ouvir. Darão as costas a verdade e darão crédito a toda classe de contos.” (2 Timóteo 4.3,4 – versão espanhola DHH).

A íntima comunhão com Deus procede do obedecer...
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