quarta-feira, 18 de agosto de 2010

CONFISSÕES DE UMA PASTORA (EX NEOPENTECOSTAL) PARTE III

Convidamos você meu querido leitor a ler esta postagem extraída do blog http://arazaodaesperanca.blogspot.com/, sem reservas, com sabedoria, analisando as verdades inteligentes e cristãs citadas nesta confissão.
Creio, ser muito importante para o amado leitor ler no blog citado, as outras partes desta confissão. Não podemos esquecer a proposta da palavra de Deus: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional." (Romanos 12.1) O que faz uma pessoa praticar certas atrocidades, exalando total falta de amor e se utilizando de uma manipulação rasteira para obter migalhas? Para mim esta resposta veio nesta última década. A força motriz é uma fé equivocada em portadores de um perfil psicológico Paulino. Ninguém parava Paulo, nem ele mesmo com suas idiossincrasias e complexidades foi capaz de se boicotar. Já disse que meu relato não pretende fazer denuncismo, não vou dar nome aos bois, isso não traria alivio tão pouco contribuiria com o lado de lá. A proposta é desenrolar o novelo do meu envolvimento. O porque, o como e o para quê, da minha alma, isto basta. Estive envolvida em um ativismo frenético que começou com intenção de fazer a tal "obra" e terminou com o total afastamento do que seria fazer realmente a Obra do Senhor. Se você andou por estes atalhos mal feitos sabe sobre o que estou falando. O discipulado gira em torno do quanto você se dedica a igreja-clube, o quanto se é fiel a visão, o quanto você é obediente aos mandos e desmandos da deusa mãe. No meu caso existiu a figura poderosa de uma profetisa que revela seu RG e CPF sem pestanejar, nada de frutos, o impressionante eram os "dons", casada com um líder desprovido de auto-estima marionetado conforme as pulsões da esposa, um pobre títere devoto. O que me manteve lá por 4 anos foi a proposta de uma igreja-clube aberta ao diferente, sem usos e costumes imbecis, organizada por uma liderança jovem e aparentemente bem intencionada. Quando comecei galgar os degraus de poder, a viagem às entranhas foi inevitável e comecei ver, ouvir e participar de tudo aquilo que hoje normalmente podemos chamar de formação de quadrilha. Pesado? Entendo que não, pois como disse no inicio do texto, tudo é feito na base da fé, acreditasse no deus mesquinho pagão que recebe crianças como sacrifico tal como moloque, acreditasse que uns são mais queridinhos que outros, acreditasse que com a barganha os céus estarão abertos 24hs. Ora, pelo menos 4 ou 5 precisam fazer a manutenção desta pregação para torná-la acachapante. Moloque moleque é o deus de alguns neopentecostais. Recebe tudo que é puro, queima, consome mas mantém as bênçãos e céus abertos para os queridinhos. O último golpe que fez renascer minha consciência, foi quando na porta da igreja uma moça recém saída da ala psiquiátrica, que estivera internada por 20 dias, levou seu dízimo entregou para a pastora shamã e este foi muito bem recebido. Sim, o dinheiro foi bem recebido, ela ficou naquela distância segura que os poderosos estabelecem entre eles e menos amados por seu deus. Quem e em qual estado de deformidade aceita dinheiro de alguém em tratamento psiquiátrico, que não tem condições de comprar os remédios caríssimos? Conhece alguém? Eu conheci. Naquele dia começou minha jornada para dentro, chorei feito criança, soluçava tanto que mal ouvia meus pensamentos. De duas uma: ou eu era igualzinha ou estava me tornando um deles. Porque não improvisei um chicote de cordas e sai dando na cara de todos, da portaria ao sagrado púlpito-oráculo? Simplesmente porque Jesus estava longe de minhas ações. Daquele momento em diante nada fazia sentido, fui levada ao exílio dentro dos Evangelhos como se fossem minha caverna particular, lá me refugiei. Só conseguia pregar sobre a Graça e me tornei uma estranha no ninho. Sentia um orgulho santo de nunca ter ensinado sobre dízimos usando como texto base Malaquias 3:10 (um aberração teológica!) mas por outro lado era incapaz de reagir quebrando tudo. Eu precisava de libertação. Tal como o gadareno eu fui visitada no cemitério pútrido no qual residia minha espiritualidade. Tudo corria muito bem em Gadara, cidade que administrava seus negócios e cunhava suas próprias moedas, mas o gadareno sem nome foi a voz do desespero, da revolta e da insurgência ainda que louca. No exilo encontrei a resposta. O Jesus que me visitava e que estava nos evangelhos não era convidado a entrar naquele "santo lugar", que até então eu chamava de minha igreja. Não fiz a opção, a Opção me fez, sai correndo sem olhar pra trás, fui liberta da amarras que eu mesma construi e que só Ele poderia destruir.
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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Deus, o Amigo Presente

"Naquele dia, se dirá: Eis que este é o nosso Deus, em quem esperávamos, e Ele nos salvará. Este é o Senhor, a quem aguardávamos; na sua salvação exultaremos e nos alegaremos." (Isaias 25.9).

Não tenho motivos para duvidar do grande amor de Deus por mim.

Não tenho como negar Sua presença constante em minha vida.

Quando digo que o melhor lugar para mim, é o centro da vontade de Deus, é porque é exatamente estando nele que sinto segurança e tenho constatado que não existem equívocos. Mesmo quando algo não acontece do modo como eu desejava, percebo com muita gratidão que a forma de Deus agir foi muito além, ou além das minhas expectativas.

Porque a nossa confiança está limitada ao conhecimento que temos de Deus, o tempo dEle na maioria das vezes se constitui em fonte de ansiedade, angústia, estresse e até amargura. Queremos ontem o que Ele sabe ser melhor para nós amanhã ou daqui a alguns meses e até anos.

A Bíblia também é um compêndio de testemunhos de homens que depositaram em Deus as suas expectativas, e apesar de muitas vezes abrigarem dores e até amargura em seus corações pelo tempo da espera, as suas esperanças não foram frustradas; no entanto eles devem ser apenas um parâmetro para nós hoje, uma inspiração, e não uma base para nos acomodarmos nela sem buscar as nossas próprias experiências na relação com Deus.

Ouvimos várias vezes pessoas dizerem: Quem sou eu para que Deus faça isto por mim? Sentindo-se pecadoras demais para serem atendidas por Deus. O fato é que tais pessoas avaliam Deus com a mesma medida mesquinha com que são conceituadas pela hipocrisia de muitos homens e até mesmo com a visão que enxergam a si mesmas, baseadas em valores jamais questionados.

Gosto de pensar em Jó que apesar de toda desgraça que lhe sobreveio, ele tinha um conceito correto da sua conduta, sem hipocrisias, sem falsa modéstia, não se deixou, portanto, confundir com as acusações improcedentes dos seus religiosos amigos, antes afirmou: “Pese-me Deus em balanças fieis e conhecerá a minha integridade.” (Jó 31.6).

Somos chamados a um autoconhecimento: “Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo ALÉM do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um.” (Romanos 12.3).

Portanto não recebemos de Deus alguma dádiva por méritos ou deixamos de receber por demérito, “mas é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que se torna galardoador dos que O buscam. (Hebreus 11.6).”

Não estou aqui advogando Deus, não se faz necessário, mas compartilhando aquilo que tem sido absolutamente verdade no meu caminhar com Ele. Lamento profundamente que muitos cristãos estejam navegando tão sozinhos em meio a verdadeiras intempéries, que estejam caminhando sob as mais profundas trevas quando a luz já raiou para todos, que estejam vivendo a mais cruel solidão, quando Jesus levou sobre Si o nosso abandono para que fôssemos abraçados pelo Pai.

Não estamos fazendo apologia às mentiras pregadas pelos mercenários da fé de que cristãos não sofrem as mesmas aflições que atingem todos os mortais sobre a face da terra, pois seria negar a afirmação do salmista Davi, que sofreu na pele tantas dores, quando ele diz: “Muitas são as aflições do justo, mas o senhor de todas o livra.” (Salmo 34.19).

Sabendo que nem sempre o livramento significa passar de nós o cálice, mas sim capacitar-nos para beber até a última gota, o que redundará para nós em eterno peso de glória, acima de toda comparação. (2 Coríntios 4.17).

A soberania de Deus não O afastará jamais da sua fidelidade!

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