segunda-feira, 26 de dezembro de 2011



DEUS É CAPRICHOSO
“Sabemos que em todas as coisas Deus intervém para o bem dos que lhe amam.” (Romanos 8.28).

Ouvimos demasiado esta "celebre" frase: “Não foi a vontade de Deus.” Sequer questionamos ou analisamos o motivo dos nossos fracassos, dos nossos equívocos. É bem mais fácil nos escondermos atrás de um Deus caprichoso que simplesmente, sem palavras, sem respeito, trava o caminho que escolhemos seguir, e ainda nos deixa navegando à mercê da imensidão dos mares, sem bússola, e sob qualquer tempestade.

O nosso Adão continua procurando sempre alguém a quem acusar, jamais assume suas irresponsabilidades, sua falta de sensatez nas escolhas, seu desejo de conquistar sem o mínimo esforço. A nossa Eva continua buscando alguém em quem se apoiar para ver se dá certo. Gastar tempo analisando os prós e os contras é muito trabalhoso. Finalmente quando tudo vier abaixo, "foi esta a vontade do Pai!”

O que seria realmente a vontade de Deus para nós? Se acreditamos em um Deus que é pleno amor, concluímos que Ele tem prazer em nos ver realizados. Felizes com as nossas conquistas idealizadas e sonhadas por nós mesmos. Entenderemos que Ele é aquEle amigo com quem podemos compartilhar os nossos projetos; e como sendo sábio e conhecendo perfeitamente a nossa estrutura, aqui e acolá, Ele vai colocar diante de nós uma opção que se adequaria mais satisfatoriamente às nossas aspirações no nosso cotidiano.  Sem embargo, será apenas um parecer, jamais uma imposição.

Por vezes, embora tenhamos apenas conhecimentos teóricos, achamos que as nossas escolhas são mais suficientes e desprezamos a sabedoria deste amigo que, não sendo soberbo, não nos abandonará à mercê de uma má sorte por havermos descartado a sua inteligente opinião. Seguimos teimosos no nosso hipotético entendimento... Às vezes até por caminhos mais rápidos, mas de repente, nosso mundo vai abaixo. Então exclamamos: “Castigo de Deus!”

Mais uma vez estamos equivocados atribuindo a Deus a consequência por nossos tropeços, nossas ações mal planejadas, nossas boas intenções fracassadas. “A vontade de Deus é perfeita para as nossas vidas.”

Quando, deliberadamente, buscamos a direção de Deus para algo que não estamos seguros se realmente é o melhor para nós, embora desejemos que fosse, e Ele nos traz uma resposta negativa, não é porque Ele é caprichoso, nem simplesmente, como muitos equivocadamente afirmam, que “Ele está quebrando o nosso EU”. Antes, porém, é exatamente como já dissemos acima, porque Ele conhece a nossa estrutura e sabe o que é realmente o melhor para nós.

Ouvi a história de uma senhora que quando ia vestir sua pequena filha para escola dominical, colocava sobre a cama dois vestidos e lhe ordenava escolher qual ela queria vestir, após a escolha feita, ela guardava o vestido escolhido e dizia você vai é com este para quebrar o seu EU.

Como muitos de nós agimos como esta senhora citada, tendemos a enxergar Deus da mesma maneira. Deixamos de ser conforme a Sua imagem e semelhança e passamos a construí-Lo à nossa imagem, conforme a nossa semelhança.

Necessitamos crescer, reconhecer que devemos ser senhores das nossas ações; que podemos encaminhar nossos passos ao nosso bel prazer. Devemos reconhecer que somos livres para dar à nossa vida o sentido que bem entendermos; que estamos sujeitos apenas às leis naturais que regem o universo ou à nossa cultura, e que quanto a Deus, somos livres para tomá-Lo como Senhor ou não das nossas vidas. No entanto, particularmente, e sei que para milhões de outros, a melhor opção para termos uma vida menos trabalhosa e com acertos, é nos submetendo ao senhorio sábio de Cristo.

Guiomar Barba.



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domingo, 18 de dezembro de 2011


APRENDENDO

Brilhou sobre as minhas trevas a luz da vida
Imiscuiu-se em todo o meu ser, o Nazareno
Apontou para os meus pés cansados,
Um novo caminhar.

Ensinou-me que todas as minhas mazelas
Não poderiam me esconder dEle.
Que a força do seu imenso amor
Ocultava as minhas montanhas de pecados

Mostrou-me a proximidade do céu com a terra
Insinuando que ouvia a minha voz
Falou-me também que descia a terra
Que eu O perceberia contemplando a natureza

Disse-me que no cantar doce dos pássaros
No rugir das feras, no som dos rios
No ribombar dos trovões ou no clarão
Dos relâmpagos, Ele sorria pra mim.

Falou-me de perdão, de paz e eterno amor
Ensinou-me que eu poderia amar as pessoas
Mesmo quando meu coração não desejasse
Bastava apenas, me envolver no seu amor.

Por Guiomar Barba.
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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

 O ARREBATAMENTO

Apesar de milhares e milhares não terem conhecimento do que se passa após a morte, são muitas as especulações oriundas desta escuridão para tantos. Além de que um número expressivo de pessoas, das mais diferentes religiões, e de todos os níveis culturais, contam experiências que tiveram após voltarem de uma morte. O interessante é que os depoimentos são quase todos iguais.

Jesus relata o caso do rico e Lázaro que morreram. E conta que, enquanto Lazaro gozava do paraíso junto ao patriarca Abraão, o rico era atormentado nas chamas do inferno. (Lucas 16.19).

Dizem alguns historiadores que estas são histórias dos hebreus, porém, Lucas não era judeu, e sim natural de Antioquia da Síria, portanto, pagão. Sabemos que ele era médico e culto.

Por mais que nos esforcemos, não podemos afirmar que quando Jesus exorta a “buscar o reino de Deus e a sua justiça”, Ele estaria afirmando que nós mesmos poderíamos estabelecer um mundo de paz através de uma conduta embasada em seus ensinamentos éticos, corpo de preceitos, em suma, no amor. Ele nos deixou claro que só Ele poderá estabelecer o Reino de Paz na terra. Acredito, no entanto, que Ele estava dizendo que deveríamos vivenciar a mesma vida que Ele viveu, e assim poderíamos fazer diferença em um mundo tão caótico.

Ele advertiu que “por se multiplicar a iniqüidade o amor de muitos esfriaria, porém, aqueles que perseverassem até o fim, seriam salvos.” (Mateus 24.12,13). E ainda: “quando o Filho do homem voltar, porventura achará fé sobre a terra?” (Lucas 18.8).

Através de todos os evangelhos, percebemos que Jesus falou sobre o juízo final, deixando bem claro que Ele voltaria para levar os seus para o reino do Pai. Mesmo João, considerado o apóstolo do amor, não oculta as declarações de Jesus quando diz: “Se alguém ouvir as minhas palavras e não as guardar, eu não o julgo; porque eu não vim para julgar o mundo, e sim para salvá-lo. Quem me rejeita e não recebe as minhas palavras tem quem o julgue; a própria palavra que tenho proferido, “essa o julgará no ÚLTIMO DIA.” (João 12.47,48).

Lucas, o gentio, afirma que na vinda do Filho do homem, “haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas; haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados.”
Então, se verá o Filho do Homem vindo numa nuvem, com poder e grande glória. (Lucas 21.25-27).

No caminho de Damasco, quando Jesus apareceu a Paulo, disse-lhe que havia aparecido a ele, para lhe constituir ministro {...} para abrires os olhos e os converteres das trevas para a luz e da potestade de satanás para Deus, a fim de que recebam eles remissão de pecados e HERANÇA entre os que são santificados pela fé em Mim. (Atos 26.18).



De que herança Jesus estava falando com Paulo?

Quais os sinais que poderemos afirmar que estão se cumprindo, conforme previsto nas Escrituras?

1 - Apostasia

2 – “Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição.” (2 Tessalonicenses 2.3).

A apostasia tem sido uma realidade em nossos dias; milhares têm negado a sua fé em Cristo e até cuspido no Jesus que um dia pregou.

3 – Pedro anunciou que nos “últimos dias” fariam zombaria a respeito dos sinais da vinda de Cristo. (2 Pedro 3:3, 4).


“Sabendo primeiro isto, que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências, e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.” (2 Pedro 3:3-4).

4 – Comércio da fé através de falsas doutrinas.

 “No passado surgiram falsos profetas no meio do povo, como também surgirão entre vocês falsos mestres. Estes introduzirão secretamente heresias destruidoras, chegando a negar o Soberano que os resgatou, trazendo sobre si mesmos, repentina destruição.”

“Muitos seguirão os caminhos vergonhosos desses homens e, por causa deles, será difamado o caminho da verdade.”

“Em sua cobiça, tais mestres os explorarão com histórias que inventaram.” (2 Pedro 2. 1-3).

Esta difamação tem sido motivo para milhares deixarem o evangelho, e milhares sequer se disporem a escutar a pregação da palavra. Tem sido motivo de protestos, de clamor, muitas lágrimas e dor por aqueles que amam ao Senhor com todo coração.



Nunca se falou tanto em apocalipse como nestes últimos tempos. Nunca houve tanta preocupação em estudar sobre as possibilidades de conservar o mundo em que vivemos.



Muitos outros sinais poderíamos citar, mas gostaríamos que você, nosso querido leitor, enriquecesse o nosso simples texto com seus conhecimento sobre o assunto.

Guiomar Barba

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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

SOU

Não me chamem de poeta
Nem mesmo de inspiração
Resulto apenas de devaneios
De multidões de interrogações.

Sou passos que vagam
Perdidos entre a multidão
Sou olhos que perscrutam
A potência da escuridão

Sou pedras no meu próprio caminho
Sou brisa, sou relva, sou sol
Posso voar com os pássaros
Posso cantar com os rouxinóis.

Deleito-me com as fases da lua
Gosto de ouvir o ribombar dos trovões
Dos relâmpagos ao arco-íris
Sinto diferentes sensações

Sou força, sou fragilidade tamanha
Desfaço-me em muitas lágrimas
Reconstituo-me em gargalhadas
Sou eu, sou ela, sou nós.









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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Estamos publicando o texto do Dr. Rodrigo Phanardzis da Luz, pelo fato de sabermos que o nosso querido leitor não encontrará facilmente, em algum púlpito, este pasto verdejante.



A ideia de Deus como um “pastor”

 O salmo 23 é um dos mais conhecidos da Bíblia pela fé que suas palavras transmitem ao leitor, proporcionando conforto e segurança para quem espera em Deus. Em seus seus versículos, o poeta descreve a solicitude divina para com os justos através de duas imagens, apresentando o Eterno como um pastor (versos 1 a 4) e também como um anfitrião que oferece um banquete a um convidado de honra (versos 5 a 6).

A princípio, para que possamos melhor compreender a ideia de Deus como um pastor, é importante nos familiarizarmos mentalmente com o meio ambiente seco da Palestina onde o salmista teria composto o seu belo poema no idioma hebraico. Pois, aqui no Brasil, em quase todas as nossas religiões onde a vegetação e a água costumam ser abundantes para a agropecuária (exceto o sertão nordestino), pode-se dizer que as ovelhas cuidam de si mesmas ficando soltas no pasto. Porém, em lugares semiáridos como são a nossa Caatinga e mais ainda o Oriente Médio, a presença do pastor é indispensável já que, por diversas vezes, é preciso conduzir o rebanho por horas pelas paisagens desérticas até encontrar água e pasto verde para os animais.

Sem dúvida que, nestes locais secos e de criação extensiva, as ovelhas acabam desenvolvendo uma relação de confiança em relação ao pastor, passando até a reconhecer a voz de quem lhes guia e protege. Pois, sem o pastor, as dóceis e domesticadas ovelhas simplesmente vagariam sem rumo pela hostilidade do ambiente desértico até morrerem de fome, sede, frio ou serem atacadas por um predador. Por isto, esses animais indefesos não seguem a nenhum outro que não seja o verdadeiro cuidador.

Para a história do povo israelita, guiado pelo deserto do Sinai após o êxodo egípcio, a imagem de Deus como pastor torna-se algo de fácil identificação cultural. De acordo com a Torá, os filhos de Israel viveram 40 anos sob a proteção do Eterno num ambiente. Foram milagrosamente protegidos do sol forte através de uma nuvem (durante o dia) e aquecidos por uma coluna de fogo (à noite), além de receberem o maná como alimento de domingo à sexta-feira com porção dobrada neste dia da semana para que não laborassem no Shabat. É como relata poeticamente o livro de Neemias num re-exame pós-exílico da lei mosaica:
“Todavia, tu, pela multidão das tuas misericórdias, não os deixaste no deserto. A coluna de nuvem nunca se apartou deles de dia, para os guiar pelo caminho, nem a coluna de fogo de noite, para lhes alumiar o caminho por onde haviam de ir. E lhes concedeste o teu bom Espírito, para os ensinar; não lhes negaste para a boca o teu maná; e água lhes deste na sua sede. Desse modo os sustentaste quarenta anos no deserto, e nada lhes faltou; as suas vestes não envelheceram, e os seus pés não se incharam.” (Ne 9.19-21; ARA)

Ora, ninguém precisa acreditar literalmente na ocorrência desses fenômenos. Toda a jornada de travessia dos israelitas pelo deserto é uma imagem da orientação do homem pela Torá em sua caminhada. Significa sermos guiados e cuidados por Deus na trajetória de vida através de uma experimentação mística, relacionando-se também com o aspecto coletivo e não se restringindo somente ao individual.

Voltando ao Salmo, cuja autoria é atribuída ao rei Davi, tem-se logo no começo o incentivo á confiança de que Deus irá suprir totalmente o seu “rebanho”, conhecendo as necessidades fundamentais das “ovelhas” melhor até do que elas mesmas. Então, tudo o que elas realmente precisam o Pastor irá lhes proporcionar ainda que nada Lhe seja pedido. E, como se vê, a grama não é seca, mas fresca, adequada para o animal deitar e repousar. Também as águas, ao invés de serem agitadas, são tranquilas e seguras, permitindo a ovelha saciar sua sede.
Tal cenário bíblico dos versos 1 e 2 parecem até a habitação celestial descrita no Apocalipse sobre a Nova Jerusalém. Porém, não é propriamente sobre o futuro que o salmista está falando, mas sim do conforto recebido no presente, capaz de levantar seus ânimos em meio às lutas do cotidiano. Assim, quando o versículo 3 fala em refrigério para a alma, certamente podemos entender isto como uma restauração das nossas forças espirituais em Deus. Isto porque é o Eterno quem sustenta a nossa vida pela sua Torá (orientação), dando-nos mais do que pão para o estômago.

A Palavra de Deus, a qual também podemos entender por “instrução” (vocábulo mais adequado do que “lei” para traduzir Torá no nosso idioma), é também o caminho de justiça pelo qual a ovelha é guiada. Ou seja, quando permitimos que o Eterno nos dirija, podemos alcançar a verdadeira paz através de uma tranquilidade e de uma serenidade no nosso interior.
A Palavra de Deus, a qual também podemos entender por “instrução” (vocábulo mais adequado do que “lei” para traduzir Torá no nosso idioma), é também o caminho de justiça pelo qual a ovelha é guiada. Ou seja, quando permitimos que o Eterno nos dirija, podemos alcançar a verdadeira paz através de uma tranquilidade e de uma serenidade no nosso interior.
A esse respeito, a Bíblia é riquíssima em exortações. Os mandamentos divinos são orientações dadas aos homens para que todos possam viver bem e em harmonia com o Universo. Isso encontra-se explícito nos cinco livros da Lei de Moisés, no Salmo 1º que fala dos caminhos do justo e do ímpio, além de inúmeros outros poemas, provérbios e advertência dos profetas:
“Filho meu, não te esqueças dos meus ensinos e o teu coração guarde os meus mandamentos; porque eles aumentarão os teus dias e te acrescentarão anos de vida e paz. Não te desemparem a benignidade e a fidelidade, ata-as ao pescoço; escreve-as na tábua do teu coração e acharás graça e boa compreensão diante de Deus e dos homens. Com fia no SENHOR de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao SENHOR e aparta-te do mal; será isto saúde para o teu corpo e refrigério, para os teus ossos.” (Pv 3.1-8; ARA)


Assim como um homem honrado cumpre com a sua palavra, mais ainda a instrução do Eterno não pode falhar e Ele nos conduzirá em paz pelos caminhos da vida. Tal como a gravidade atrai o corpo ao chão, os mandamentos divinos são leis que regem metafisicamente o Universo. E aí, reverenciar a instrução torna-se o primeiro passo para alcançarmos a sabedoria interior.

Na sequência, o salmista fala sobre a ausência de receio ou de temor domal caso viesse a andar “pelo vale da sombra da morte”, o que traduz o apoio de Deus nos nossos momentos de adversidade. Segundo o teólogo congolês Nupanga Weanzana, doutor em estudos do Antigo Testamento pela Universidade de Pretória, África do Sul, a referida expressão poderia ser um local de perigo onde as ovelhas fossem vítimas de animais selvagens “ou um vale íngreme que o rebanho precisava escalar ao se deslocar de um pasto para outro” (Comentário Bíblico Africano, pág. 639). Para ele, esta imagem também lembra a experiência de Israel em sua jornada espiritual pelo deserto do Sinai fazendo uma referência a um trecho do verso 6 do capítulo 2 do livro de Jeremias que assim diz: “e sem perguntarem: Onde está o SENHOR, que vos fez subir da terra do Egito? Que nos guiou através do deserto, por uma terra de ermos e de covas, por uma terra de sequidão e sombra de morte, por uma terra em que ninguém transitava e na qual não morava homem algum?”


Aduza-se que o “vale da sombra da morte” poderia significar também uma descrição negativa do reino dos mortos que os antigos hebreus construíram em seu imaginário coletivo. Tanto é que Jó, no auge do seu desespero, chegou a pedir para Deus deixá-lo em paz antes de partir “para a terra das trevas e de sombra da morte” (ver Jó 10.20-22). Só que para o salmista não importaria por onde ele caminhasse porque a presença envolvente do Eterno seria suficiente para protegê-lo e ampará-lo nas diversas situações.

Sinceramente, eu não vejo outra maneira de viver plenamente saudável senão através da fé.

Quando colocamos a nossa confiança em Deus, sem reservas, nenhuma situação vai nos amedrontar. É claro que não estamos isentos de sofrer com as más notícias, perdas e acontecimentos ruins porque somos humanos, não de ferro. Contudo, no momento em que tomarmos consciência da Divina Providência operando a nosso favor, passamos a desfrutar da doce paz do Eterno em nossos corações mesmo que tudo esteja desabando ao nosso redor.

Nessas horas precisamos nos lembrar bem do “bordão” e do “cajado” de Deus, instrumentos com os quais os pastores traziam de volta a ovelha desgarrada e protegiam o rebanho do ataque das feras do campo. Pois, caso um lobo surgisse repentinamente, o cajado seria capaz de afugentar o predador e até mesmo evitar uma aproximação.

Bendito cajado!

Quer nos desviemos ou passemos por dificuldades, certamente o Eterno não nos abandonará porque Ele ama o seu povo. A sua proteção e a sua provisão jamais nos faltarão. Logo, devemos prosseguir confiantes, sabendo que um banquete espiritual aqui e agora nos aguarda. E que bondade e misericórdia vão nos acompanhar todos os dias de nossas vidas, tendo em Deus o nosso lar eterno, com quem estaremos para sempre unidos.

Uma boa semana e que possamos deixar Deus nos conduzir e nos saciar completamente. Segue aí um excelente vídeo encontrado no Youtube com o Salmo 23 cantado na língua hebraica:









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quarta-feira, 23 de novembro de 2011


NEM EU TE CONDENO

Um casal sai de férias para um hotel-fazenda... O homem gosta de pescar e a mulher gosta de ler. Numa manhã, o marido volta de horas pescando e resolve tirar uma soneca. 

Apesar de não conhecer bem o lago, a mulher decide pegar o barco do marido e ler no lago. 
Ela navega um pouco, ancora e continua lendo seu livro. 
Chega um tenente da guarda ambiental do parque, em seu barco, pára ao lado da mulher e fala: 
- Bom dia madame. O que está fazendo? 
- Lendo um livro, responde. 
 (Pensando: será que não é óbvio?) 
- A senhora está em uma área restrita em que a pesca é proibida, informa. 
- Sinto muito tenente, mas não estou pescando, estou lendo. 
- Sim, mas, a senhora tem todo o equipamento de pesca. Pelo que sei a senhora pode começar a qualquer momento.
 Se não sair daí imediatamente terei de multá-la e processá-la.
- Se o senhor fizer isso terei que acusá-lo de assédio sexual. 
- Mas eu nem sequer a toquei! Diz o tenente da guarda ambiental. 
- É verdade, mas o senhor tem todo o equipamento. Pelo que sei, pode começar a qualquer momento! 
- Tenha um bom dia madame - diz ele e vai embora. (Anônimo).


Infelizmente quase todos nós caímos no erro de julgar as pessoas nos seus aparentes equívocos, embora nos sintamos injustiçados se formos vitimados por atitudes iguais a estas nossas de julgamento.

E por que o fazemos? Porque avaliamos pela aparência, pelo “equipamento”, pelo “aparato” que, aos nossos olhos mal informados, possui a vítima, alvo do nosso juízo. E sem sequer pensar que podemos estar fazendo uma avaliação equivocada, ainda cometemos o agravante de acrescentar a irresponsabilidade de compartilhar com outros das nossas conjecturas.

O nosso grande Mestre nos advertiu: “Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça.”

Ademais, escutamos sempre alguém com o nariz empinado sentenciando: “Não julgueis para que não sejais julgados”. Infelizmente este mandamento do grande Mestre, se tornou uma frase de conveniência, porque as próprias pessoas que dele usam, são peritas em emitir opiniões sobre outrem que não lhe seja tão caro.
Porém, com a mesma facilidade que pronunciam a sentença, enquanto lhe está a ferver o sangue, comentam com alguém o ocorrido, ou seja, que fulano “julgou” beltrano ou a si. Encontrando então apoio, começam as mais cruéis avaliações contra a pessoa que talvez houvesse dito, de fato, uma verdade não acolhida pela pessoa confrontada.

Partindo dessa ótica, o mandamento de Jesus que é julgar pela reta justiça, é confundido com a defrontação, que é feita diante de um mau comportamento.

Porém, é importante lembrarmos, que este juízo deve ser pleno de misericórdia, sinônimo de bondade e compaixão. Sem, contudo, deixar de imputar ao indivíduo o que lhe compete, se está em nós o direito de punir o transgressor. A esta postura se chama justiça.

Não podemos esquecer, no entanto, que a ação da pessoa avaliada “não foi permanente.” Congelarmos as pessoas nos seus delitos, tem sua justa retaliação: “Porque o juízo é sem misericórdia para com aquele que não usou de misericórdia. A misericórdia triunfa sobre o juízo.” (Tiago 2.13).

 Devemos estar atentos a não permitir que o orgulho tenha domínio sobre nós, a ponto de acharmos que não somos passivos de correção por alguém, ainda que esta pessoa não professe a mesma fé que nós professamos, pois ela também tem o seu senso de moral, a sua sensatez, a sua ética. Quer tenhamos a posição de líder ou de simples ouvinte, todos nós caímos em várias transgressões.

“Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado.  (Gálatas 6.1).


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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

quinta-feira, 10 de novembro de 2011




ALEGRAI-VOS SEMPRE NO SENHOR; OUTRA VEZ DIGO: ALEGRAI-VOS.”
Filipenses 4.4

Felicidade para Freud e Lewis

Ambos (Freud e Lewis) sofriam de depressão clínica. Antes de se tornar cristão, em seu diário e cartas, Lewis parece irritável, pessimista, obscuro e sem esperança.
Diz que seu ateísmo baseava-se na sua “visão muito pessimista da existência”. Depois da sua conversão, passou a dizer que a alegria se tornara a história central de sua vida. Seus amigos passaram a considerá-lo uma pessoa animada e sociável. Ele havia sido surpreendido pela alegria no relacionamento recém-estabelecido com o Criador. Lewis afirma que Deus não nos pode dar “felicidade alguma além de Si mesmo, pois ela não existe fora dEle”. A nova fé ajudou-o a superar a de pressão.

A pesquisa médica recente lançou bastante luz sobre os aspectos positivos da fé no tratamento da depressão.

Freud por sua vez, quando jovem, usou cocaína durante algum tempo como forma de melhorar o ânimo. Ele relacionava a felicidade ao prazer, e para ela a maior fonte de prazer era a satisfação instintiva, o prazer sexual. E como isso só ocorre de vez em quando, ele conclui que está descartada qualquer chance de felicidade.

Lewis divide a felicidade em várias categorias, mas diz que todas elas vêm da mesma fonte. Ele mostrava-se capaz de apreciar os pequenos prazeres da vida, como assistir o pôr-do-sol, ouvir uma boa música ou tomar um banho quente. E dizia que metade de toda a felicidade vem das amizades. Já Freud parecia ter uma capacidade limitada de apreciar pequenos prazeres. E suas cartas não expressam muita felicidade. Certamente ele experimentou alegria em estar com os filhos e a família, mas a grande maioria dos seus escritos indica que ele não considerava a vida uma experiência particularmente feliz.

Davi Neff  - Revista Ultimato.

A tradução mais literal para o título da famosa composição de Bach “Jesus a alegria dos homens” (Jesus, joy of man’s desiring) seria “Jesus, a alegria que os homens desejam”. Dois trechos para coral indicam a força com que o compositor considerava Jesus como a resposta aos anseios de felicidade do homem:

Bem-aventurado sou, porque tenho Jesus.
Oh, quão firmemente eu o seguro,
Para que traga refrigério ao meu coração,
Quando estou triste e abatido.
Eu tenho Jesus, que me ama e se confia a mim.
Ah! Por isso não o deixarei,

Mesmo que o meu coração de quebre.
Jesus continua sendo minha alegria,
O conforto e a seiva do meu coração
Jesus refreia a minha tristeza,
Ele é aforça da minha vida
É o deleite e sol dos meus olhos,
O tesouro e a grande felicidade da minha alma,
Por isso, eu não deixarei ir Jesus Do meu coração e da minha presença.

Ultimato.

UM DEVER CRISTÃO

“Há grande bem em suportar pacientemente o sofrimento: não sei da existência de nenhuma virtude na tristeza em si... É um dever cristão todos serem tão felizes quando puderem.”

C.S.Lewis.

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segunda-feira, 7 de novembro de 2011



TERRA SECA

Quando secastes dentro de mim ó minha fonte?
Tu que lavavas o meu rosto no mais cálido ardor do sol
Que em asas me conduzias para além das montanhas
E me fazias repousar em vastos paraísos verdejantes.

Sinto o barulho dentro de mim de terra seca, rachando.
Já não ouço da minha cascata o som das serenatas
Meus olhos já não se embaçam com as lágrimas
Que rolando destorciam as imagens do meu querer

Se eu temesse a escuridão das noites do deserto
Diria que as aves rapinantes prenunciam morte
Vejo miríades de insetos famintos a minha volta
Com seu veneno cruel esperando o tempo à hora

Perscruto os céus negros, antes pontilhado de estrelas
Escuto o estrépito romper-se de fios de esperanças
Vejo a cada passo, sombras que se movem ameaçadoras
Fantasmas que surgem sugerindo ser reais e de presságios

Cambaleante, sem mais argumento para lutar e viver
Senti renascer dentro de mim uma força teimosa
Uma desafiante fome de sobreviver à força do deserto
Volto a escutar a voz firme da minha cascata que me canta

O deserto há de florescer e os pássaros irão cantar...

Guiomar Barba.





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quinta-feira, 3 de novembro de 2011


RETIRA-TE SATANÁS!

Satanás e seus anjos viveram nos céus com todo o conhecimento de Deus e do céu. No entanto, o diabo, não satisfeito em ser um querubim, escolheu disputar com Deus a sua glória.

Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que em ti se achou iniqüidade.” Ezequiel 28:15

Percebemos, então, que mesmo aos anjos criados, Deus lhes deu conhecimento do bem e do mal e o direito de escolhas. Concluímos, através das escrituras, que a sede de poder dominou o diabo de tal maneira, que o deixou cego para a sua impotência diante do Todo Poderoso.
Como um reino dividido não subsiste, o Soberano que é amor e paz, sabendo que não haveria acordo, com tristeza tomou a única decisão cabível:

E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, que se chama o Diabo e Satanás, que engana todo o mundo; foi precipitado na terra, e os seus anjos foram precipitados com ele.” Apocalipse 12:9.

O profeta Isaias, como oráculo de Deus, geme este triste desfecho com um lamento profundo, reconhecendo, no entanto, a causa da queda do grande querubim.

 “Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva! como foste lançado por terra tu que prostravas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono; e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do norte; subirei acima das alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo.” Isaías 14:12-14.

Jesus, ao contrário de satanás, recebeu autoridade sobre todas as coisas, mas não albergava em seu coração interesse pelo poder nem por domínio, mas ardia nEle o amor pelos doentes da alma, do corpo e do espírito.

 Ao contrário do irmão do filho pródigo, bastava-lhe, saber que tudo que o Pai tinha era dEle e Ele poderia repartir com seus queridos pobres, carecentes das suas riquezas que estavam muito além de bens perecíveis. Por esta razão, quando o diabo foi ao encontro de Jesus no deserto, lhe oferecendo, no auge da tentação, os reinos deste mundo com toda sua glória, já desesperado por tantas ofertas repudiadas, ouviu de Jesus a ordem:

“Retira-te, satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a Ele darás culto.” (Mateus 4.10).

Se os enganados olhassem para Jesus, perceberiam com clareza a diferença entre o grande Mestre e os exploradores da fé, que buscam reinar neste mundo, mesmo em detrimento dos pobres e necessitados. Para eles também deveriam dizer: Retira-te satanás!

Guiomar Barba.
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