quarta-feira, 21 de novembro de 2012




TENHA PACIÊNCIA COM VOCÊ

Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor. (2 Coríntios 3.18).

Muitos de nós perdemos o ânimo com nós mesmos por estarmos sempre transgredindo ou duvidosos. Chegamos ao engano de que nunca retornaremos à imagem e semelhança de Deus. Vemos as figuras bíblicas como super santos, apesar de serem tão humanos quanto nós. Pensamos em desistir. No entanto, sem muito esforço podemos descobrir que todos eles com exceção apenas de Jesus, transgrediram, desanimaram de si mesmos e até desejaram a morte diante das circunstâncias negras da vida ou em momentos de sombras. Vejamos:

O profeta Elias apesar de orar para não chover – “durante três anos e meio não choveu” – e, depois, para chover – “então choveu e a terra deu sua colheita” - ameaçado por Jezabel, ele fugiu para salvar a sua vida. No deserto, orou: “Já chega ó Senhor Deus! Acaba com a minha vida! Eu sou um fracasso, como foram os meus antepassados.” (1 Reis 19.3-4).

O profeta Jeremias apesar de haver comunicado várias vezes o juízo de Deus por 23 anos seguidos, e com coragem para suportar torturas, prisões e ameaças de morte, exausto, ele clama: “Por que a minha mãe me pôs no mundo?” [...] Não tenho gasto o meu tempo rindo e gozando a vida com outras pessoas. Por causa do trabalho pesado que me deste, fiquei sozinho e muito indignado. Por que continuo a sofrer? Por que as minhas feridas doem sem parar? Por que elas não saram? Será que não posso confiar em Ti? Será que És como um riacho que seca no verão? (Jeremias 15.10-18).

Baruque, secretário de Jeremias após escrever duas vezes num rolo a mensagem de Deus, e ler no templo e para o rei Jeoaquim o qual picou o livro com uma faca e jogou-o na lareira, sentiu-se totalmente desanimado e sentenciou: “Eu desisto! O Senhor Deus aumentou a minha tristeza e o meu sofrimento. Estou cansado de gemer e não consigo descansar.” (Jeremias 45.1-5). 

O grande salmista Asafe, dominado por uma crise ímpar de desânimo, reconhece que o seu relacionamento com Deus está por um fio. “Quase tropecei e caí e por pouco não abandonei o caminho certo”. (Salmo 73.2).

Questionamentos filosóficos dominaram os pensamentos de Asafe: “Os ímpios não sofrem; os ímpios são fortes e cheios de saúde e os justos estão sempre doentes; os ímpios ficam cada vez mais ricos e os justos, cada vez mais pobres. Enquanto os justos se dominam e se desviam do pecado, negando-se continuamente, os ímpios são orgulhosos, fazem uso da violência, têm a mente cheia de planos perversos e não temem a Deus.”

Asafe continua expondo a amargura do seu coração dizendo: “Parece que não adiantou nada eu me conservar puro, pois Tu, ó Deus, me tens feito sofrer o dia inteiro e todas as manhãs me castigas”.

Duas semanas atrás enfrentei esta crise de desânimo. Deixei que o meu coração se amargurasse contra Deus e o seu aparente silêncio. Não li a bíblia e as minhas “orações” não passavam de acusações contra Deus. Percebi, então, o quanto meu mundo estava ficando tenebroso e assustador. Foi quando, como o salmista Asafe, meus olhos foram abertos e clamei pela presença do meu Pastor por excelência e Ele me ouviu e encheu meus lábios de louvor e o meu coração de gozo.
Tenho dançado e me alegrado na presença do nosso Deus e estou desfrutando de Sua amizade, carinho, cuidado e orientações para o nosso dia a dia. Portanto, não desista de você. Somos assim, ambíguos. Mas as misericórdias do Senhor se renovam dia a dia sobre nós.

Por Guiomar Barba.

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sexta-feira, 9 de novembro de 2012





DEUS! SEI QUE FOI PROFETIZADO: "FARÃO COMÉRCIO DE VÓS", MAS QUE A TUA JUSTIÇA VENHA PARA QUE SAIBAM QUE TU NÃO OS ENVIASTES.

CHORANDO DE DOR.  (Guiomar Barba).

Pastores ou sanguessugas?

Deus abençoa financeiramente os fiéis, sou o mais próspero dentre todos na comunidade. Logo, minha prosperidade material é a autenticação da minha fidelidade. 

É com esta lógica perversa que muitos líderes eclesiásticos ostentam suas riquezas sem ter a mínima discrição e consideração pelos seus subordinados que em muitos casos são os responsáveis diretos pelo seu sucesso ministerial e financeiro. 
E estes por sua vez não ousam questionar, pois segundo sua cosmovisão, este poder de aquisições são um sinal indiscutível da aprovação divina no seu ministério. Estão vivendo o que pregam, dizem! E até os estabelecem como o exemplo a serem seguidos, sem levar em conta que a possibilidade de enriquecer somente por servir a Deus é tão paradoxal quanto uma mulher rodeada por filhos afirmar que é virgem, como dizia Kierkegaard. Isto é, nenhuma!

Há alguns anos Ronaldo o fenômeno desfilou palas ruas do Rio de janeiro com uma Ferrari avaliada em mais de um milhão de reais. Porém o que deixou boa parte da mídia perplexa, e por isso a repercussão teve conotação negativa, foi o fato de o jogador ter dito que no Brasil é mais divertido ter uma Ferrari, pois foge do comum. No Brasil o status é diferente do que na Europa onde ser rico faz parte do trivial. Na época esta afirmação foi considerada uma afronta à grande maioria dos brasileiros que não tem direito a nem sequer o mínimo de dignidade no que tange aos seus meios de locomoção.

E não é por acaso que os magnatas do meio evangélico, não satisfeitos com o anonimato em meio a tantas celebridades, e com o pretexto de possuir um status de líder moderno e revolucionário, com a clara pretensão de mostrar um estereotipo modernista, têm trabalhado para que, nos mesmos moldes da revista CARAS, encontre um meio de estampar suas proezas no que se refere ao poder aquisitivo e o estilo de vida glamouroso que possuem. 

E nesse sentido, consideram que o padrão de humildade e desprendimento nos quais os obreiros do passado pautavam seus ministérios são ultrapassados e falidos. Transmite a ideia de fracasso. Por isso pousam com toda pose no afã de ostentar suas riquezas e seu poder. 

A mensagem central que estes sanguessugas do dinheiro alheio tentam passar a sociedade, é de que não adianta apenas pregar o evangelho. É preciso um púlpito acarpetado com tapete vermelho que comunica a ideia de requinte e glamour. Uma cadeira centrada com dimensões e estofamento diferente para não ser confundido com qualquer um. Precisa ter o melhor carro, aliás, como prova da sua excentricidade ser um colecionador, de preferência de marcas importadas. É preciso apresentar-se também como tendo inúmeras alianças políticas, para deixar claro aos seus subalternos que sua autoridade transcende os limites eclesiásticos, e que, para ser um líder respeitado, no melhor modelo maquiavélico, algumas virtudes como humildade, mansidão e amor precisam ser ignorados. 

E numa clara demonstração de terrorismo psicológico apontar que uma decisão pastoral tem valor convencionalmente celestial, e que qualquer divergência de ideias será tratada como rebelião e quando identificada terá como consequência a marginalização do indivíduo com relação ao ministério. E estes, dotados daquele temor que levou Davi a não cometer nenhum ato contra Saul, pois este último seria o representante legítimo de Deus, consideram um ultraje um simples ponderar acerca das resoluções tomadas unilateralmente pelo seu líder maior. Há! é preciso também ter um jatinho particular para melhor ostentar a posição de “ungido” do Senhor. 

Agora, cada um faz o que quer da sua imagem. Acredito até que há profissionais assessorando suas carreiras. E também não cabe a mim julgar precipitadamente o crescimento “palociano” de seus bens, ainda que uma CPI seria muito bem vinda. 

A indignação ocorre pelo fato de, enquanto o líder máximo revela de forma tão provocativa (estilo Ronaldo) seu poder aquisitivo, a maioria absoluta daqueles que estão no andar de baixo, come o ”pão de Ezequiel” para, por amor fazer a obra de Deus.

Por Donizete Aparecido Vieira.
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quinta-feira, 1 de novembro de 2012




DÊ A LIBERDADE DE OUTREM O REJEITAR III, MP 3
 O Evangelho que escreveu Lucas, ou o evangelho segundo Lucas capítulo 13 versículo 34, estaremos hoje na segunda reflexão nesse versículo. Esta é a terceira parte da reflexão. Nós pregamos a primeira no verso trinta e um, a segunda, no verso trinta e dois e trinta e três, a terceira no verso trinta e quatro. E hoje estaremos na parte dois dessa terceira reflexão, que diz assim:
“Jerusalém! Jerusalém! Que mata os profetas e apedreja os que te foram enviados quantas vezes quis eu reunir os teus filhos como a galinha ajunta os do seu próprio ninho debaixo das asas e vos não quisestes.”
Uma breve recapitulação do que falamos até aqui, somente citando os tópicos principais das reflexões, das mensagens, na primeira parte nós falamos que quem quer alcançar os seus propósitos deve se preparar para a oposição e uma das formas das oposições que surgem são os conselhos. Conselhos que aparentemente são bons podem nos livrar das adversidades, mas junto com o livramento das adversidades, os conselhos podem nos tirar do alvo pelo qual estávamos decididos a conquistar ou achegar. A base foi no verso trinta e um quando os fariseus chegam a Jesus e aconselham-no a retirar-se porque Herodes queria matá-Lo. Então nós falamos que precisamos de discernimento para não aceitarmos  conselhos que aparentemente são bons, mas que vão nos desviar, tirar-nos do alvo pelo qual estamos decididos a chegar. Na segunda parte nós falamos nos versos trinta e dois e trinta e três, que Jesus disse: “Eis que hoje e amanhã Eu expulso demônios e curo enfermos e no terceiro dia terminarei. Então mostra     Jesus aqui fazendo um planejamento da sua vida. Fazendo um planejamento para atingir os seus propósitos e nós falamos aqui que nós precisamos, quem quer vencer os propósitos, atingir os seus propósitos, vai encontrar oposições e a segunda oposição que nós vemos aqui nesse versículo é que não conseguimos definir  prioridades, surgem muitas coisas importantes em nossas vidas e nós temos que definir, discernir entre aquilo que é importante e aquilo que é prioridade. Nem tudo que é importante é prioridade. Então Jesus aqui, Ele planeja o que Ele iria fazer com os três dias de vida que lhe restavam e nós temos propósitos, temos projetos, mas não estabelecemos como chegar a estes projetos, não fazemos um planejamento para alcançarmos este projeto. Jesus tinha certeza e tinha convicção que tinha  três dias de vida. Ele sabia quantos dias de vida lhe restavam, e nós não sabemos,  nós não temos convicção sequer se temos um dia de vida, então nós devemos nos programar podemos ter trinta anos, mas podemos ter três dias. Então nós devemos ter em mente aquilo que queremos realizar. E ai nós falamos do grande problema da grande adversidade que nós encontramos que para mim, penso eu ser a maior, aquele de querer fazer muito e não fazer nada, começar muito e nunca terminar, fazer muitos projetos, mas muitos abortos. Nós criamos muitos projetos, mas normalmente abortamos estes projetos até mesmo antes de iniciar. outros começam, mas não terminam. Jesus disse não, hoje e amanhã efetuo curas e expulso demônios, mas no terceiro dia Eu sei aonde vou está. Eu tenho programação, eu tenho um propósito. E na terceira parte que é o versículo que nós lemos, dando continuidade, Jesus aqui, Ele faz uma confissão triste e ai eu convido você a crer pela fé, e agora convido realmente a não querer entender com a razão. Porque a razão e a fé não são duas coisas opostas. Tem pessoas que acham que para ter fé precisam crucificar a razão, ou seja, e ai devido ao extremismo de algumas pessoas, alguns intelectuais fazem a afirmação que ao meu ponto de ver é injusta e absurda. Que o evangelho é para a massa proletária é para o povo inculto, sem cultura, precisa sacrificar a intelectualidade, para aceitar a mensagem do evangelho, primeiro que isto é injusto, segundo que isto não é real. O que acontece são pessoas mal preparadas, pessoas sem estrutura que extremizam, que são fanáticas. Pessoas que acham que a fé ela é irracional, e não é. Podemos concordar que a fé transcende a razão; podemos concordar e é fato, pelo menos para quem crer que há momentos em que a fé deve transcender, ou seja, deve estar além a razão, ela não alcança todas as dimensões da fé. Neste caso sim, ai nós podemos realmente entender assim. Podemos realmente aceitar esta filosofia. Porque no texto em que nós lemos, nós estamos falando do Deus que se fez carne. A nossa confissão de fé, quando eu digo nossa confissão de fé, eu digo do cristianismo, e quando eu digo do cristianismo eu não estou falando do cristianismo protestante com herança dos postulados ou doutrinário da reforma de Lutero, dos reformadores, mas estou falando do cristianismo é, universal, incluindo até mesmo, até mesmo, o catolicismo romano, incluindo até mesmo o catolicismo romano, e qual é a confissão de fé em comum tanto com o cristianismo de herança protestante dos reformadores, e quanto aos católicos com um apostolado da igreja do ocidente que é Roma. É de que em Jesus há cem por cento de humanidade, e cem por cento de divindade. Vou repetir, a natureza humana e divina em Jesus, em sua totalidade tanto divina quanto humana, não é uma doutrina exclusiva dos evangélicos sejam  tradicionais, pentecostais ou neo-pentecostais, é uma doutrina magna que abrange tantos os cristãos reformados quanto os católicos, quanto os católicos ortodoxos russos, então é uma doutrina abrangente. Nós discordamos em alguns itens, mas a humanidade e a divindade de Jesus é unanimidade até mesmo entre católicos e cristãos. E neste texto que nós lemos nós temos que transpor, nós temos que ir para a dimensão da fé, por que e não da razão? Porque Jesus faz uma confissão no mínimo difícil de se entender e porque não dizer impossível se entender de uma forma racional,   Ele diz: “quantas vezes eu quis te juntar como a galinha faz com os seus  e não consegui.” Nós vemos a confissão de um Deus onipotente, impotente, vou repetir, esta confissão de Jesus dizendo “quantas vezes eu quis e não consegui,” e se alguém quiser dizer q é por causa da humanidade dEle, que Ele estava vivenciando é interessante, mas não é a conotação do texto,  primeiro porque Ele diz eu quis, está no passado, segundo não há registro de Jesus tentando trazer Jerusalém para junto de Si a não ser antes da encarnação. Então aqui está uma confissão, primeiro, uma confissão da divindade de Jesus e da sua eternidade, eu disse passado. Segundo uma confissão de que a onipotência de Deus é regida, veja, eu vou falar aqui com muito temor e muito cuidado e vou explicar para que não haja mal entendido. Deixa-me explicar com bastante clareza, não estou afirmando que Deus não é onipotente, não estou contrariando uma doutrina que é uma doutrina aceita por diversas denominações de origem diferente no sentido doutrinário, mas eu estou dizendo e vou dizer o que, que a onipotência de Deus não rege o homem, por que? Porque Deus não se relaciona com o homem na dimensão do poder, mas sim na dimensão da liberdade. Isto não significa que Deus não tem poder, não é isso. Isso significa que Deus abre mão do seu poder, veja, Ele abre mão de usar o seu poder para que o homem use a sua liberdade. Porque se Deus se relacionar com o homem usando o seu poder precisaremos então, excluir a liberdade do homem. Eu sei que é um assunto um pouco difícil de se entender, mas é mais ou menos assim, ou Deus limita as ações dEle, limita a sua soberania, para que o homem tenha uma real liberdade ou livre arbítrio ou Deus usa o seu poder exclui o livre arbítrio do homem. Aliás, essa teologia da soberania de Deus em detrimento ou em cancelamento da liberdade do homem, ela existe e ela foi originada na reforma, a doutrina é chamada calvinista ou de Calvino que, aliás, não teve sua origem em Calvino, a origem foi no quarto século em Agostinho e qual o raciocínio? O raciocínio é o seguinte: se Deus é todo poderoso e usa o seu poder e faz a sua vontade, se a vontade de Deus é sempre perfeita, logo a vontade do homem tem que ser anulada. Então essa é uma doutrina que foi a força praticamente da reforma. Soberania divina em detrimento ou cancelamento da liberdade humana, mas nós não cremos assim. Nós cremos que Deus é soberano ao mesmo tempo em que o homem é livre. Essa outra teologia é chamada de Arminiana, que também não teve a sua origem em Armínio e sim em Pelágio, contemporâneo de Agostinho. Veja, no século quarto depois de Cristo, Agostinho defendia a soberania divina e não o livre arbítrio do homem, Pelágio defendia o livre arbítrio do homem. Porém Pelágio era um tanto extremista, ao ponto de dizer que Deus não era soberano. Praticamente agora na reforma Calvino ressuscita o pensamento de Agostinho defendendo a soberania divina e Armênio em contra partida defende a liberdade do homem. Porém Armínio não excluía a soberania divina, mas ele dizia o seguinte: se existe soberania divina como existe, e se existe liberdade humana, então, alguém tem que abrir mão de alguma coisa. Jesus aqui Ele diz o seguinte: quantas vezes Eu quis, mas não consegui ora, se o relacionamento de Deus para com o homem é um relacionamento de poder e quando eu digo relacionamento de poder eu estou falando de fazer com que a sua vontade sempre seja feita. Nós estamos falando então, de relacionamento com Espírito, por exemplo, da filosofia marxista, da filosofia da ditadura e do comunismo, onde sacrifica-se a liberdade da maioria para o governo da minoria, ou seja: se o relacionamento de Deus para com o homem é um relacionamento em que Deus vai sempre fazer a sua vontade, então o modelo de relacionamento é praticamente ditadura, onde a vontade do soberano é realizada. Este estilo de relacionamento é colocado, por exemplo, na monarquia. Na monarquia a vontade do rei é realizada e não a liberdade dos súditos. Só que Jesus aqui Ele diz o seguinte: não, Eu tenho poder, sempre tive poder, mas Eu fui frustrado. Ele diz: eu quis e não consegui. E não adianta tentar com raciocínios filosóficos, tentar arrumar alguma coisa para dizer que a vontade de Deus não foi frustrada, porque não dá. Não tem jeito, o texto é claro, Eu quis e não consegui. Agora tem pessoas que acham que um Deus que limita a sua soberania, não é soberano, ledo engano. Governar um país ou uma nação com imposição, onde todos se submetem, acaba sendo fácil para quem governa Difícil é governar um país onde as pessoas têm liberdade para contrariar a vontade do governante. Eu não vejo aqui, vamos dizer que a soberania é limitada, que Deus não tem poder, pelo contrário eu afirmo justamente o oposto. O oposto é verdadeiro, que precisa muito poder para manter um governo onde o rei respeita a liberdade dos súditos, é o caso aqui de Jesus. Ele diz, olha o meu governo, é um governo centralizado no amor, e o amor dá liberdade ao outro. O amor não coage, não pressiona o amor não busca os seus próprios interesses. E ai eu vejo algo muito maravilhoso aqui. Paulo escrevendo aos coríntios ele diz que o amor não busca os seus próprios interesses ai eu começo entender o amor de Deus, porque o amor de Deus não busca os interesses dEle, o amor de Deus busca os interesses do objeto do seu amor que é o ser humano, por isso Deus não violenta a liberdade do homem em aceitá-Lo ou rejeitá-lo. Jerusalém! Jerusalém! Quantas vezes eu quis, nós vemos aqui uma confissão de um Deus onipotente, impotente, de um Deus que tem todo poder, se auto limitando, abrindo mão de exercer o seu poder. Não é que Ele perdeu o poder, pelo contrário,  Ele fortaleceu o seu poder através da liberdade. E nesta reflexão vivendo com propósitos, o que é que nós podemos aprender aqui com as atitudes de Jesus com relação a Jerusalém.
Terceiro se você quiser alcançar os seus propósitos, você deve entender que Deus deu liberdade para as pessoas frustrá-Lo. Deus deu liberdade para as pessoas rejeitarem o seus propósitos, não queiram que os outros aceitem os seus propósitos contra a própria vontade. Não obrigue ninguém a aceitar os propósitos que você tem para ela. Porque nem Deus se relaciona assim com o homem. O próprio Deus aceita a possibilidade de ver os seus propósitos sendo rejeitados pelo homem. Mesmo Ele tendo poder, para impor Ele escolheu dá liberdade às pessoas de rejeitá-Lo. Então não queira que os outros aceitem os seus projetos pela violência, pela coação, pela imposição, porque se não você vai ter com você pessoas ao seu lado, você terá pessoas que estarão ao seu lado, mas não estarão verdadeiramente com você. Deixe-me repetir que isto é muito sério. Se você impuser os seus propósitos para as pessoas que você ama e quiser obrigá-la a acompanhar você, você pode conseguir e certamente vai conseguir. Sabe por que vai conseguir? Porque o poder, quem detém o poder, tem força para impor. Só tem uma coisa, você vai violentar a liberdade do outro, você vai ter uma pessoa ao seu lado, mas não terá esta pessoa com você. Você terá pessoas que farão com os seus projetos, mas não estarão com você. Olhe o que Jesus estava dizendo para Jerusalém: o meu desejo era ter vocês comigo, mas não através da opressão, da chantagem, da coerção, e ai abrindo um parêntese você marido, você mulher, você pai, você filho, nós maridos, vocês as mulheres, temos que entender uma coisa, você pode obrigar a pessoa que está com você a participar dos seus projetos, mas você não pode obrigar a pessoa a está em alma com você nos seus projetos. Você pode ter uma mulher que te acompanha, naquilo que você realiza, mas você não pode colocar o coração da sua mulher nas suas realizações. Pai, você pode obrigar o seu filho a seguir os seus passos, você pode obrigar o seu filho a seguir a sua profissão, mas você não pode obrigar o seu filho a seguir a sua profissão, você não pode torcer, não pode inclinar através da opressão, através da força, o coração de quem você ama. Cuidado muitos maridos tem as suas mulheres com eles, as mulheres estão ao seu lado, mas não estão com eles. Obrigam as mulheres a estar com eles na igreja todos os dias, obrigam-na a ser obreiras, acompanhá-los e elas vão, abaixam a cabeça e vão, mas são pessoas frustradas, são pessoas que só não te largam porque você é opressor, é dominador, é tirano, é ditador. Aí você me diz assim: irmão e os meus projetos, o que é que eu faço?  Sabe o que você faz? Reavalie os seus projetos. Veja, pense bem se os seus projetos não são projetos, que não vai violar a liberdade da pessoa que você ama. Não transforme as pessoas que estão com você, em seus adversários. Cuidado! A liberdade é algo que está na natureza do homem. Ao soprar no homem Deus deu o princípio básico para a sobrevivência do homem que se chama liberdade. Liberdade de questionar, de não aceitar. A liberdade é a base do relacionamento de Deus para com o homem. Não pense em fazer com quem você ama aquilo que nem Deus quis fazer. Vou repetir esta colocação: Cuidado! Não pense em fazer com quem você ama aquilo que nem Deus quis fazer.
Deus aceita a rejeição dos seus projetos. Você também deve está pronto. Porque a liberdade do outro é mais importante do que a sua realização. Porque você pode se realizar oprimindo outro, mas nunca você poderá trazer o coração do outro onde você está.

Por J.Lima. (Professor, teólogo, escritor).


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