terça-feira, 28 de outubro de 2014




Precisa-se de Matéria Prima para construir um País"


João Ubaldo Ribeiro

A crença geral anterior era que Collor não servia, bem como Itamar e Fernando Henrique.

Agora alguns dizem que Lula não serviu e que Dilma não serve. E o que vier depois de Lula e Dilma também não servirá para nada...
Por isso estou começando a suspeitar que o problema não está no ladrão corrupto que foi Collor, ou na farsa que foi o Lula.



O problema está em nós.
Nós como POVO.
Nós como matéria prima de um país.

Porque pertenço a um país onde a "ESPERTEZA“é a moeda que sempre é valorizada, tanto ou mais do que o dólar.

Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família, baseada em valores e respeito aos demais. 



Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como
em outros países, isto é, pondo umas caixas nas calçadas onde se paga por um só jornal
E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO OS DEMAIS ONDE ESTÃO.



Pertenço ao país onde as "EMPRESAS PRIVADAS" são papelarias particulares de seus empregados desonestos, que levam para casa, como se não fosse roubo, folhas de papel, lápis, canetas, clipes e tudo o que possa ser útil para o trabalho dos filhos e para eles mesmos.


Pertenço a um país onde a gente se sente o máximo porque conseguiu "puxar" a tevê a cabo do vizinho, onde a gente frauda a declaração de imposto de renda para não pagar ou pagar menos impostos.


Pertenço a um país onde a falta de pontualidade é um hábito.


Onde os diretores das empresas não valorizam o capital humano.


Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos.


O povo saqueia cargas de veículos acidentados nas estradas, dirige após consumir bebida alcoólica, pega atestado médico sem estar doente, só para faltar ao trabalho, quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou 10, pede nota fiscal de 20.


Comercializa objetos doados nessas campanhas de catástrofes, compra produtos pirata com a plena consciência de que são pirata.
Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezes não devolve, se falsifica tudo, tudo mesmo... só não falsifica aquilo que ainda não foi inventado.
E quer que os políticos sejam honestos.

O Brasileiro reclama de quê, afinal ?



Aqui nossos congressistas trabalham dois dias por semana para aprovar projetos e leis que só servem para afundar o que não tem, encher o saco do que tem pouco e beneficiar só a alguns.

Pertenço a um país onde as carteiras de motorista e os certificados médicos podem ser "comprados", sem fazer nenhum exame.

Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no ônibus, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não dar o lugar.



Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o pedestre.
Um país onde fazemos um monte de coisa errada, mas nos esbaldamos em criticar nossos governantes.



Como "Matéria Prima" de um país, temos muitas coisas boas, mas nos falta muito para sermos os homens e mulheres de que nosso País precisa.


Esses defeitos, essa "ESPERTEZA BRASILEIRA" congênita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se em casos de escândalo, essa falta de qualidade humana, mais do que Collor, Itamar, Fernando Henrique ou Lula, é que é real e honestamente ruim, porque todos eles são brasileiros como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não em outra parte...

Entristeço-me.

Porque, ainda que Dilma renunciasse hoje mesmo, o próximo presidente que a suceder terá que continuar trabalhando com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.



E não poderá fazer nada...


Não tenho nenhuma garantia de que alguém o possa fazer melhor. Mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.


Nem serviu Collor, nem serviu Itamar, não serviu Fernando Henrique, Lula e nem a Dilma, nem servirá o que vier.


Qual é a alternativa?


Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror?


Aqui faz falta outra coisa.


E enquanto essa "outra coisa" não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados...


Igualmente sacaneados!


É muito gostoso ser brasileiro.
Mas quando essa brasilinidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, aí a coisa muda...



Não esperemos acender uma vela a todos os Santos, a ver se nos mandam um Messias.
Nós temos que mudar! Um novo governante com os mesmos brasileiros não poderá fazer nada..
Está muito claro...



Somos nós os que temos que mudar.

Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para castigá-lo, senão para exigir-lhe (sim, exigir-lhe) que melhore seu comportamento e que não se faça de surdo, de desentendido.
Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO QUE O ENCONTRAREI QUANDO
ME OLHAR NO ESPELHO.

É lamentável que muitos cristãos estejam enquadrados nas falcatruas que cita o Ubaldo e em muitas outras mais. É tempo de lamento, de jejum e arrependimento, urge que sejamos sal, que sejamos luz.

Não queiramos ouvir Jesus aconselhando as suas ovelhinhas a respeito de nós, dizendo:

"
Os mestres da lei e os fariseus se assentam na cadeira de Moisés.
Obedeçam-lhes e façam tudo o que eles lhes dizem. Mas não façam o que eles fazem, pois não praticam o que pregam." (Mateus 23.2-3).
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quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Qual a razão pela qual buscamos a Deus?



"Então alguns barcos de Tiberíades aproximaram-se do lugar onde o povo tinha comido o pão após o Senhor ter dado graças.

 Quando a multidão percebeu que nem Jesus e nem os discípulos estavam ali, entrou nos barcos e foi para Cafarnaum em busca de Jesus.
Quando O encontraram do outro lado do mar, perguntaram-lhe: "Mestre, quando chegaste aqui? "
Jesus respondeu: "A verdade é que vocês estão me procurando, não porque viram os sinais miraculosos, mas porque comeram os pães e ficaram satisfeitos.”
Não trabalhem pela comida que se estraga, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem lhes dará. “Deus, o Pai, nEle colocou o seu selo de aprovação". (João 6:23-27).
A grande maioria das pessoas de forma assustadora vem se tornando presa das propostas e assédio de uma sociedade consumista, voltada para seus próprios interesses. No entanto, revendo a nossa história, entendemos que os espíritos do possuir, do poder, das disputas por ser o maior ou o melhor, da bajulação ao próximo por interesses, sempre estiveram permeando o ser humano, da mesma forma como permearam Lúcifer no céu.
Jesus, como profundo conhecedor do coração do homem, ao ouvir a pergunta: “Mestre, quando chegaste aqui?”, interpretou o significado real da interrogação, ao mesmo tempo em que, aproveitando a deixa, propôs: “Trabalhem pelo que é eterno”.
Uma lição de absoluto amor, de inteira espiritualidade, nos legou a asceta mulçumana ‘Rabia al Adawiya al Qadsiyya’, mais conhecida como “Rabia de Basra”, quando na sua plena devoção, com toda a sua alma, fez a seguinte oração a Alá: “Se eu te adorar por medo do inferno, lança-me no inferno; Se eu te adorar por causa do paraíso, exclua-me do paraíso; mas se eu te adorar por causa da tua face, não escondas de mim a Tua face.”

A Rabia, segundo pesquisei, abandonou uma vida desprovida do mínimo necessário, abandonando-se a miséria, para viver em profunda contemplação e adoração. Em contraste com tamanha entrega, hoje, numerosa multidão continua não mais na hipocrisia velada da multidão que fingiu procurar à Jesus, mas sim abertamente se amargura contra Deus, e até mesmo se afasta dEle quando Ele não lhe satisfaz os interesses.


Tiago nos convida a reconhecer as nossas culpas. Portanto, nos é devido olharmos para dentro de nós mesmos, reconhecermos as nossas misérias e cairmos prostrados diante do Soberano até que o Espírito Santo nos convença de todas as nossas injustiças. “Entristeçam-se, lamentem e chorem. Troquem o riso por lamento e a alegria por tristeza. Humilhem-se diante do Senhor, e Ele os exaltará.” (Tiago 4:9-10).
Deus nos chamou para sermos crucificados com Cristo, e esta crucificação implica situações semelhantes às que nos fala Paulo escrevendo a Timóteo: “De fato, todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos.” (2 Timóteo 3:12).

Lembro-me perfeitamente que a oração mais difícil que já fiz durante toda a minha vida e que só consegui completá-la após três dias de luta foi exatamente esta: “Quero ser crucificada com Cristo.” Simplesmente as palavras não saíam da minha boca. Eu agonizava sem conseguir orar. No entanto, facilmente podemos fazer esta oração se o nosso coração não for profundamente sincero em cumprir a meta.


Todavia, não podemos nos esquecer de que “A vereda do justo é como a luz da alvorada, que brilha cada vez mais até à plena claridade do dia.” (Provérbios 4:18).
Portanto, por mais sinceros que sejamos no nosso propósito, estaremos sujeitos a transgredir, embora conscientes de que o pecado não poderá ser uma constante nas nossas vidas, mas, sempre, um doloroso acidente.



“Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Se, porém, alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo. (1 João 2:1).

Procuremos a Deus pelo que ele É; pelo que Ele já fez por nós entregando seu único filho para morrer para o perdão dos nossos pecados; por toda a sua bondade e fidelidade que nos acompanham todos os dias da nossa vida; pelo seu amor intenso por nós, ainda que estejamos tão aquém de seu propósito de santidade para nós.


Graças ao grande amor do Senhor é que não somos consumidos, pois as suas misericórdias são inesgotáveis. (Lamentações 3:22).
Por Guiomar Barba.


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