domingo, 24 de fevereiro de 2013


PRECISO DE UM COLO

“Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo.” (Gálatas 6.2).

Foi exatamente este o exemplo que Jesus nos legou quando viveu neste mundo. Ele não só levava as cargas de tantos quantos depositavam nEle a sua confiança, como era capaz de perceber cada pessoa, mesmo estando ela em meio a uma multidão.

“E vendo as multidões, teve grande compaixão delas, porque andavam cansadas e desgarradas, como ovelhas que não tem pastor.” (Mateus 9.36).


Muitos de nós temos dificuldade em abrir o nosso coração, seja por índole, formação ou medo. Outros, sem medos, falam com desembaraço das suas dores mesmo correndo o risco de serem machucados, expostos, mal interpretados, denegridos pela malícia fraterna, o que redundaria em mais frustrações e até mesmo debilidade na fé.

Ficamos sem alternativa? O que fazer com relação ao mandamento do apóstolo Paulo: “Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram”? (Romanos 12.15).

Estando Jesus ensinando foi avisado de que a sua mãe e os seus irmãos lhe buscavam ao que Ele contestou: “Quem é minha mãe? E quem são meus irmãos? E, estendendo a sua mão para os seus discípulos, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos; porque qualquer que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, este é meu irmão, e irmã e mãe.” (Mateus 12.48-50).

Partindo deste princípio, entendemos que se olharmos a nossa família cristã com a mesma ótica de Cristo, vamos empatizar com ela nas suas dores e alegrias. Qual seria então a nossa conduta ao sabermos que um dos nossos irmãos carnais, estava em apuros? Correr para todos os lados possíveis em busca de socorrê-lo, se não estivesse em nossas mãos o poder de fazê-lo. No entanto, ouvir um coração destroçado não é uma tarefa acima da nossa capacidade. Entendamos que não é necessariamente devido o uso de palavras para amenizar a dor do nosso próximo, mas ouvidos cheios de amor, compreensão, paciência, um coração que empatiza.


Lembro-me de um dia em que entrei no gabinete de um renomado mestre da Bíblia e encontrei-o chorando. Ele simplesmente me abraçou sentado como estava e eu deitei minha cabeça sobre a dele e chorei silenciosamente, sem perguntar-lhe o que lhe afetava tanto. Após um longo silêncio, ele me pediu que o ajudasse e contou sobre a sua dor. Não me era uma tarefa difícil, apenas de muita responsabilidade, portanto dispus o meu coração e levei com ele a sua carga e graças a Deus fomos bem sucedidos.


Precisamos aprender apenas a treinar os nossos ouvidos para ouvir, e a nossa boca para ficar em silêncio até que a sabedoria divina ponha palavras em nossos lábios, ou murmuremos apenas uma oração suplicando ao Pai das luzes que traga paz e direção para o membro da nossa grande família cristã que está vivendo sua dor.


Todos nós podemos ser instrumentos de Deus a serviço do seu Reino, é necessário apenas reconhecermos e respeitarmos os nossos próprios limites para que não acrescentemos dor ao lastimado e culpa para nós mesmos. Dentro de cada um de nós mora um bom samaritano, deixemos que ele flua em amor.


“Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como Eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.” (João 13.34).
Por Guiomar Barba.

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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013




ATEUS?
Bem-aventurados os que não viram e creram” - JESUS.
Quase tudo o que vejo de uns tempos para cá na Internet é, SUPOSTAMENTE, “blasfêmia”!
São “ateus” que um dia foram “crentes” ludibriados e que agora vazam sua raiva e ressentimento contra tudo o que se chame Deus!
Com o advento das comunicações de nível global, e com o que a religião no ocidente vem fazendo – num espetáculo de blasfêmia quase sem precedentes históricos – e que se tornou escândalo mundial [...], os que antes “obedeciam por medo”, hoje levantam as mãos aos céus em acusações contra “Deus” – que, no caso, é apenas uma “projeção” da religião do engano.  Caio Fábio.
Esta é uma opinião que pela própria postura de quase todos os novos “ateus”, me leva a concordar plenamente com o Caio. Chegamos a imaginar as bocas espumantes de ódio ao escreverem em seus blogs, grupos ou em bate papos, com palavreado de baixo calão, ironias, zombarias contra os cristãos; sempre culminando em críticas contra a suposta ausência de Deus nos eventos desastrosos provocados pela natureza ou contra o Deus das punições.
Percebo que os novos “ateus”, na sua grande maioria buscam fortalecer suas conclusões a respeito de Deus e do cristianismo em fontes apenas filosóficas e históricas, que apesar de preciosas, não podem oferecer além de conclusões baseadas em investigações teóricas

O grande erudito Orígenes, exortava os cristãos a trazerem os tesouros intelectuais dos gregos para servir à “filosofia cristã” (entendendo o cristianismo como a “verdadeira filosofia” ou postura diante da vida e do mundo). No entanto, segundo o seu aluno Gregório “Taumaturgo”, enquanto ele abria o leque do conhecimento incentivando os seus alunos a estudarem todo tipo de texto, seja de estrangeiro ou grego, seja espiritual ou político, seja divino ou humano, ele tinha a responsabilidade de pôr ordem na confusão dos seus alunos, mantendo o cuidado de não cerceá-los. Ele lhes apresentava todas as escolas de filosofia, indo adiante deles, como um viajante experiente, segurando-os pela mão e mantendo as suas cabeças acima das águas. Desta forma apresentou tudo o que é útil e verdadeiro em todos os filósofos, rejeitando, porém, tudo que é falso.

Seria Orígenes pretensioso ao afirmar para os seus alunos o que era falso ou útil e verdadeiro? Ou tinha no entendimento a clareza das suas convicções? E em que poderia se firmar com tanta convicção? Trago a memória parágrafos do texto escrito pelo teólogo J.Lima: 

“O significado de “conhecer” tanto no Antigo Testamento quanto no Novo Testamento, não é “entender”, mas sim “experimentar”.

Daí que o “conhecimento” de Deus não pode ficar restrito à “razão”, mas a “razão” tem que interagir com a “ação”.
Isso explica o porquê de algumas experiências serem consideradas anti-bíblicas, justamente pelo fato de não encontrar uma explicação escrita na Bíblia.
Para mim a palavra escrita é letra, essa só é palavra de fato quando em confronto com a minha existência, torna-se vida.
A chave hermenêutica para se interpretar a Bíblia é o VERBO QUE SE FEZ CARNE, e não a TEOLOGIA SISTEMÁTICA elaborada por nenhum pai da igreja, reformador ou quem quer que seja o teólogo, por melhor que esse seja.”

“Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis sãos os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos. Porque quem compreendeu a mente do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a Ele, para que lhe seja recompensado? Porque dEle e por ele, e para Ele, são todas as coisas; GLÓRIAS,pois, a Ele eternamente. Amém” (Romanos 11.33-36).
Por Guiomar Barba.




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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

A Reconciliação e o Mistério do Perdão Triangular


http://ultimato.com.br/sites/amorese/2013/01/25/a-reconciliacao-e-o-misterio-do-perdao-triangular/

O apóstolo Paulo nos informa que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo e que nos deu o ministério da reconciliação, fazendo-nos seus auxiliares nessa missão gigantesca (2Co 5.18-20).
Em que consiste essa comissão? Como cumpri-la, se nem sequer compreendemos seus mecanismos?
Pensei em puxar o fio da meada investigando o mistério da graça de Deus, mas achei a tarefa difícil demais. Optei, então, por partir das nossas próprias experiências, com o auxílio da Palavra.
Eis uma lição prática, de Jesus: “Deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta” (Mt 5.24).
Sempre reverente diante do mistério, gostaria de extrair três lições dos dois textos bíblicos mencionados. E depois refletir sobre elas.
A primeira lição é que Deus se envolve com as brigas de seus filhos. A tal ponto que toda ira, separação ou ruptura assumem uma dimensão triangular: eu, meu irmão (ou inimigo) e Deus. “Quer me agradar? Então vá e se acerte com seu irmão; então volte e me ofereça esse gesto. E isso me será agradável”.
A segunda é que tanto o “devedor” quanto o “credor” estão envolvidos nesse triângulo, sem que o comportamento de um seja condição para o do outro. A um Deus diz: “Deixa no altar a tua oferta e vai procurar teu irmão”; a outro diz: “Se teu irmão te procurar, arrependido… perdoa”. Mais ainda: “Se teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer… abençoa”.
E a terceira lição é: quando Jesus me diz para deixar no altar minha oferta e procurar meu irmão, não esclarece se vou na condição de “devedor” ou de “credor”. Se eu me lembrar que ofendi meu irmão, devo procurá-lo para pedir-lhe perdão; mas o que faço se me considero “credor”? Devo procurá-lo, mesmo assim? Nesse momento, me vem à mente nosso exemplo maior. Não foi isso que Deus, em Cristo, fez? (Fl 2.7). Na encarnação, o ofendido nasceu, como criança, entre seus ofensores. E seu ministério entre nós envolveu o bater às portas…
Porém — dirá você –, e se aquele a quem ofendi nem me receber? Ou se meu ofensor me disser que nada me deve? E se eu achar que não devo nada ao irmão que me procura dizendo que o ofendi?
Sugiro que, neste momento, alcemos voo da fria mecânica do perdão para a dimensão da graça e do poder de Deus. Aqui, a triangulação se torna essencial. E a resposta que encontro a essas perguntas é uma só: oração. Passo a orar pelo irmão a quem ofendi, ou pelo irmão que me ofendeu, ou mesmo pelo irmão que diz que eu o ofendi. Oro para abençoar. Passo a orar insistentemente, inclusive por mim mesmo, pedindo que Deus me dê condições de prosseguir.
Primeiro, peço o bem; em seguida, desejo o bem; e, finalmente, disponho-me a ser agente ou canal desse bem. Eis uma progressão emocional misteriosa. A princípio, cheia de impossibilidades. Contudo, prossigo em obediente oração. Se meu irmão não me perdoa, vou a Deus e oro por ele; se meu inimigo não me recebe, diante de Deus lhe ofereço “perdão liminar” (perdão a quem não o pediu). O resultado de tudo isso é o triângulo funcionando; e o ministério da reconciliação em curso.
“Mas nada mudou! Eu orei tanto…” — alguém poderia dizer.
Nada mesmo? Observe melhor seu coração. E veja o que Deus já fez.
Por Rubem Amorese

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