O "CACHORRO" NÃO TÊM COR
Se
você fizer o bem, não será aceito? Mas se não o fizer, saiba que o pecado o
ameaça à porta; ele deseja conquistá-lo, mas você deve dominá-lo".
(Gênesis 4:7).
Há alguns
anos atrás tive um sonho bem singular. Eu tinha dois cachorros, um era
branquinho e pequeno o outro era preto, grande e forte. Ambos eram bonitos, mas
o preto, eu enxotei, enquanto que o branco, ficou como meu bichinho de
estimação. Tentando discernir o sonho, a voz do Espírito Santo me veio
esclarecedora: os dois cachorros significavam pecados na minha vida. O grande
eu enxotei, mas o pequeno eu conservava comigo como algo inofensivo, não
percebendo o quanto ele interrompia a minha comunhão com Deus.
Recordando
deste sonho, me veio à mente quantos cristãos listam pecados como cachorros a
serem afugentados, enquanto outros pecados, conservam como seu bichinho de
estimação e ai daquela pessoa que tentar advertir, caracterizando-o como tal.
Convivi com
uma senhora que mentia compulsivamente e quando tentei exortá-la sobre o
fato, ela me falou que o meu conceito de mentira era diferente do seu. Bem, no
meu entendimento mentira é a negação da verdade. Vejamos qual o conceito de
Jesus sobre a mentira: “Vocês pertencem ao pai de vocês, o diabo, e
querem realizar o desejo dele. Ele foi homicida desde o princípio e não se
apegou à verdade, pois não há verdade nele. Quando mente, fala a sua própria
língua, pois é mentiroso e pai da mentira.” ( João 8:44.)
Eu acredito que a forma correta de sabermos quais os cachorrinhos que estamos
afagando, é examinando honestamente o nosso coração; é distinguindo as nossas
atitudes com relação às contrariedades que temos no dia a dia; é observando
como nos portamos nos nossos relacionamentos, se somos maquiados ou originais.
Afinal, ao tentar ser dissimulados, ainda que para nos proteger, acarretaremos
o mal para nós mesmos.
O sábio Salomão nos conta sobre o
seguinte conselho que recebeu do seu pai, Davi: “Acima de tudo, guarde
o seu coração, pois dele depende toda a sua vida.” (Provérbios 4:23).
Por Guiomar Barba
Correção: Carlos Bompastor