''O feto é uma criança”, “é dele mesmo e não da mulher” e “o aborto é um homicídio”. Com essas frases claras e incisivas, Luiz Felipe Pondé, colunista da Folha de São Paulo, mostra-se contrário à legalização do aborto (ou do homicídio) de um ser já existente, mas ainda no ventre materno. Pondé diz que “não precisa de argumentos teológicos para ser contra o aborto”. Basta opor-se ao argumento de que o feto não é gente, opor-se à “desumanização do feto como processo retórico”.
O Salmo 139 dá muita força a Pondé, pois o poeta agradece a Deus por Ele o ter criado e tecido no ventre da mãe. Os olhos de Deus estavam sobre aquela gente (ou aquele feto) desde o embrião ou desde quando a criança era uma “substância ainda informe” (Salmo 139.16).
Varios personagens bíblicos se declaram consagrados a Deus desde o ventre materno: Sanção (JZ 16.17), o salmista (Salmo 22.10), João Batista (Lucas 1.15) e Paulo (Gl 1.15). Todos eram gente e não meramente fetos.
O aborto é crime antes e depois das eleições e Não deixa de sê-lo depois da descriminalização. Para evitar a morte de muitas mulheres que praticam o aborto, a medida mais correta não é legalizá-lo, pois não se pode legalizar o que não é legal primeiramente aos olhos de Deus. No entanto, já que muitas mulheres e médicos burlam a lei, é necessário que o governo dê uma atenção especial a elas antes e depois do aborto.
A rigor não há diferença entre assassinar a criança logo após o nascimento, como aconteceu no Egito (Ex. 1.15-16), ou antes do nascimento. Nos dois casos há homicídio!
Extraído da Revista Ultimato.