terça-feira, 29 de julho de 2008

AS FACES SECRETAS DO CRIME...

Extraído do blog "Filhos de Um Deus Menor", de Paulo Correia Sempre, nosso amigo português, que não se omite diante das injustiças sociais, mas incansávelmente as tem denunciado. Injustiças que fazem coro com os mesmos desmandos políticos do nosso Brasil .



Hoje, sociocriminogénesis, juristas, penalistas, jornalista, politicos, policias e o povo em geral, confessam-se, quanto a certos crimes, impotentes para explicar as "faces secretas do crime". Se é suposto que todos procuram a verdade material dos factos, não é menos suposto que alguns procuram criar os mais criativos e bizarros labirintos com o fim único de dificultar tal procura. Se a sociedade pretende redimir-se e encarar a diminuição da eficácia e eficiência dos que, a todo o custo, - e por variadíssimas razões - procuram dificultar a descoberta da verdade, terá que repensar os conceito de investigação criminal e segredo de justiça. As "faces secretas do crime" estão "ancoradas" nos objectivos ilícitos de certos poderes. Poderes onde a pessoa humana - a vida humana -não é um bem jurídico relevante mas, ao invés, os interesses pessoais e outros, têm, ai, os lugares cimeiros na "agenda" das prioridades. Em certos crimes, sempre que se perfilam testemunhos ou investigação credíveis, surgem pantominas de coisas sérias, fazem-se julgamentos na praça pública, escondem-se traumas terríveis. Surgem perseguições, demissões, nomeações, alterações legislativas. Espalha-se a dúvida e o medo. Neste contexto são poucos os que se atrevem a atirar um "pedregulho" para o charco da ingratidão e a contar a verdade nua e crua de toda a vivência em meios hostis e extremamente marcantes que caracterizam as "faces secretas do crime". Os "poderes ocultos" com "sorrisos de anjo", podem até mascarar a verdadeira realidade, uma realidade pejada de bodes expiatórios e vitimas sem fim...mas, também, uma realidade que alberga a verdade material. É neste paradoxo que se multiplicam as pressões, as demoras, as prescrições, os arquivamentos de processos crime e a lentidão aflitiva do passar do tempo. Surgem, por vezes, certos "messias" que dizem trazer consigo, num texto redigido à pressa, a "verdade material" quanto a certos crimes que os midea divulgam até à exaustão. Por vezes, até, não se sabe se tais "messias" estão "apaixonados" pela "luz" dos midea ou se, realmente, interessados em anunciar a "boa -nova" (verdade material). Entretanto, o "enredo" enganador da verdade, nua e crua, e uma "boa-nova" - tipo (3º segredo de Fátima - vão permitindo que o tempo deixe construir a ilibação dos verdadeiros culpados. Afinal Deus e o Diabo não são concorrentes, diga-se o que se disser; as suas clientelas é que diferem. Tal como o distinto advogado não aceita defender a causa do plebeu, tal como o médico de nomeada não se interessa pelos clientes pobres, tal como o magnifico reitor não se interessa pelos alunos dos bairros degradados, nem o ilustre pensador pelas qualidades instintivas dos que têm uma visão equilibrada do quotidiano, assim os "deuses da justiça" desconsideram, ou não, a verdade material, em função do estatuto dos que têm interesse nos processos ou em beneficio pessoal, dai resultante, para o "céus" onde se movem.




Nota: o conteúdo deste texto (postagem) pode ser susceptível de causar incómodos a algumas pessoas. Assim, importa referir o seguinte: qualquer semelhança desta postagem com a realidade, é pura coincidência. Paulo Sempre.




(Pura coincidência? Desta matéria, todos nós sabemos que é, e infelizmente posso gritar: uma verdade cristalina, real em Portugal, no Brasil e no mundo que se deteriora dia-a-dia). Guiomar
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sexta-feira, 25 de julho de 2008

QUESTIONE




Não somente é nobre, como também responsável se investigar ou questionar quando se ficou obscuro, quaisquer que sejam os ensinamentos que recebamos.

“Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim.” (Atos 17:11).

É relevante como foram reputados como “nobres” aqueles que esquadrinharam a palavra para abraçarem também com conhecimento próprio a doutrina que lhes era proposta.
Não é esta a razão pela qual temos hoje a revelação da palavra na sua íntegra?
Não foram homens inteligentes e excelentes que, inconformados com ensinamentos que não lhes respondiam aos questionamentos da alma, às demandas e aspirações insaciáveis do espírito, empenharam-se, mesmo a custo de suas próprias vidas, em varrer as superstições e sofismas que apenas lhes acalmavam as angústias que o pecado lhes provocava na alma?
No entanto, com a irrogação da pecha de orgulhosos, hereges, diante de tão grandiosa controvérsia que trazia a baila os arremedos humanos, embora conscientes de que não tinham em mãos a alma do homem, portanto sem intenção de constranger a ninguém, reconheciam: “A liberdade é a própria essência da fé.” Consequentemente, o Espírito Santo encontrou ampla liberdade de trazer luz aos ávidos da verdade.

Ao contrário do que recomendou o apóstolo Pedro, quando o líder quer ter domínio sobre o rebanho que lhe foi confiado, refuta os questionamentos e “determinadas perguntas” e os classifica como rebeldia, e às vezes ameaça a ovelha sedenta, relegando-a a ignorância absoluta das verdades bíblicas. Assim, curiosos em conhecer as Escrituras, surgem os que assimilam através de centenas de programas de diferentes meios de comunicação qualquer bestialidade, heresias, distorções da palavra, interpretação absurda de versículos isolados, que trazem prejuízos lamentáveis ao corpo e ao evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A tendência natural que evidenciam essas pessoas é darem mais crédito a “experiências” esdrúxulas, mesmo sem embasamento bíblico, mas que manipulam suas emoções, levando-as a êxtase “espiritual”, do que a reflexões sadias, que confrontem a sua vida cristã, levando-as a uma reavaliação e oferecendo argumentos fidedignos para uma vivência segundo os padrões cristãos.

É lamentável também que um evangelho barulhento, castrador, cheio de falsas promessas, incoerente exerça um verdadeiro fascínio sobre as massas que não querem compromisso com o corpo de Cristo, e sim com religiosidade, vedando qualquer lampejo esclarecedor da Bíblia para alguns que, por ventura, o buscam, quando Cristo nos convocou a sermos luz nas trevas, sal para este mundo que apodrece dia-a-dia.

Por outro lado, encontramos multidões de ovelhas feridas, machucadas, famintas e sedentas, que não se dobram a qualquer maléfico vento de doutrina ou refeições raquíticas que lhes enfraqueceria a alma, em busca do gotejar da doutrina, do destilar da palavra. E, com certeza, O Sumo Pastor, aos que Lhe buscam com todo coração, conduzirá a pastos verdejantes e águas tranqüilas.

A palavra de Deus é simples, clara, compreensível. Jesus pregou sem ostentação de palavras, suas metáforas eram comuns a todos: luz, pão, sal, fogo, rede, pesca, campo, peixe, trigo, joio... E suas parábolas sempre explicadas ao entendimento de todos. Ele atingia a todos os níveis de cultura com os mesmos ensinamentos. Temos o suficiente para caminharmos até a vida eterna. A Tua palavra é lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho. Sigamo-la. Pra. Guiomar Barba.
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quarta-feira, 23 de julho de 2008

ESPERAR




“Desfalecem-me os meus olhos à espera da Tua salvação e da promessa da Tua justiça.” (Salmo 119 123).

“Por que se concede luz ao miserável e vida aos amargurados de ânimo, que esperam a morte, e ela não vem?” (Jó 3:20,21)

“Também através dos Teus juízos, Senhor, Te esperamos; no Teu nome e na Tua memória está o desejo da nossa alma.”
“Com minha alma suspiro de noite por Ti e, com o meu espírito dentro de mim, eu Te procuro diligentemente; porque, quando os Teus juízos reinam na terra, os moradores do mundo aprendem justiça.” (Isaias 26:8,9).

Estamos trazendo à memória profundos suspiros da alma de três grandes homens de Deus. Um rei, um rico piedoso e íntegro e um grande profeta.
Cada um com a sua demanda, já exaustos por uma espera longa, seguida pelo silêncio absoluto do Único que os poderia livrar.

Não tenho idéia de qual personagem na história bíblica tenha esperado mais tempo por uma resposta de Deus nas horas em que mais carecia de uma. Sabemos, no entanto, que: David foi campeão de espera, José, preso injustamente, esperou o tempo da sua libertação, Abraão esperou pelo filho prometido, Moisés, apascentando no deserto, com toda uma bagagem cultural e espiritual, esperou a direção de Deus para sua vida durante longos anos, Jacó esperou catorze anos pela mulher do seu amor, Daniel esperou vinte um dias angustiantes por uma resposta de Deus, Jeremias, no calabouço, seus dias de espera foram como uma eternidade. Quantos anos esperou Ana, em humilhação, pelo nascimento do famoso filho Samuel?

Seria longa a lista de homens e mulheres de Deus que esperaram pelo Senhor nas suas aflições.
Muitos dos que figuram na bíblia viveram as mesmas tribulações e angústias que abatem o espírito de qualquer mortal. Jeremias questionou com Deus sobre a prosperidade e paz que desfrutavam os perversos. Asafe, por sua vez, quase se desviou dos caminhos do Senhor quando se apercebeu, como Jeremias, que os perversos eram prósperos e viviam felizes. Jó fez esta mesma observação: como é, pois, que vivem os perversos, envelhecem e ainda se tornam mais poderosos, as suas casas têm paz e a vara de Deus não os fustiga.
Incrível que Jeremias e Jó chegaram a amaldiçoar o dia do seu nascimento e Jeremias desvairadamente amaldiçoa até o pobre homem que anunciou a seu pai que ele havia nascido, e Elias pediu pra si a morte.

É lamentável que hoje muitos filhos de Deus, tanto quanto o foram os personagens bíblicos, ao passarem por situações semelhantes, tenham que exibir a máscara da alegria constante, a impressão de um corpo saudável, uma falsa aparência de prosperidade financeira, de harmonia absoluta no lar por medo de discriminação, críticas, ou serem mais feridos, enquanto consideramos como heróis e grandes em fé apenas aqueles que foram escolhidos por Deus para figurarem nas páginas da bíblia...
O convívio entre irmãos, segundo a palavra, deve ser aprazível, sanador, acolhedor, fortalecedor, onde se partilha cargas pesadas, confessionário,
ministrador de perdão, depositário de lágrimas, construtor de auto-estima,
paterno, materno, libertador de traumas, conselheiro. Jamais uma câmara fria, onde se conservem os nossos irmãos que transgrediram em algum lugar do caminho. Quantos serviços mais forem necessários para o bom andamento da comunidade cristã, devemos prestar como ao próprio Jesus.

Ouvi uma história que achei muito interessante: Um senhor comprando em uma loja percebeu que no bolso da camisa do vendedor havia alguma coisa incompreensivelmente escrita, mas que lhe chamou atenção. Perguntou então ao vendedor o que estava escrito ali. O moço lhe respondeu: "Tenha paciência comigo, Deus ainda não me terminou."
Pra. Guiomar Barba.

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domingo, 20 de julho de 2008

"QUALQUER CULTURA NASCE DE UM PARADOXO INAUDITO..."















Postado por Paulo Correia no seu blog "Filhos de Um Deus Menor." Portugal tem os mesmos clamores que o Brasil e o mundo. Estamos todos na mesma decadência. (Guiomar Barba)

"FELIZ É A NAÇÃO CUJO DEUS É O SENHOR"!

Qualquer cultura nasce de um paradoxo inaudito. Quando crianças, entramos, por vezes, na sociedade sob o signo da violência. Uma cultura sob os auspícios da violência tudo nos tira: a nossa procura insaciável de uma satisfação ilimitada, o nosso amor infinito por nós próprios que, por força das circunstancias, se há - de confundir com o tipo de quotidiano onde, paulatinamente, nos movemos. Quando ainda crianças, até a nossa mãe - que amamos como nunca amaremos ninguém - nos quer "aculturar, isto é: ensina-nos a renunciar. Esta aculturação em bairros degradados, onde os valores da família perderam toda a carga afectiva, de partilha, de condescendência, é, de facto, de grande violência. Violência geradora de condicionalismos, pressões, que nos modela, nos dá forma, nos constitui, ainda assim, em «seres culturais». Mas...o maior paradoxo é quando, já adultos, descobrimos que: raramente nos recompomos da referida violência e, se alguma capacidade de reflexão ainda sobrou, facilmente sentimos em nós as feridas indeléveis que aquela nos deixou. Estranho é, o facto de, já adultos, e apesar das "feridas", continuamos, incessantemente, a desejar o impossível sem aceitarmos assumir o trágico, os factos brutais, o insólito e... principalmente, o insolente real. Depois...deliramos. Afinal a cultura delira conosco e promete-nos o impossível: a felicidade absoluta, e a reconciliação total... Até a sociedade se vai afastando do seu "papel". Era suposto que cada sociedade pusesse à nossa disposição uma série preferencial de defesas, "impulsos" despertadores de mobilização e organização. Uma sociedade que nos ensina-se a recalcar determinados desejos, certas pulsões, certos fantasmas. Não! A actual sociedade, que faz "bandeira" da liberdade da pessoa humana, é uma utopia! A actual sociedade, usando mecanismos «invisíveis», acaba por "declarar", em muitos casos, uma condenação à "morte" sobre determinados tipos de comportamentos. A tudo isto juntam-se o "sagrado", o "afectivo", o "irracional", o "místico", em inequívoco sentido oportunista. Restam os inconformados... esses.. encontramo-los em "vidas subterrânea" ou em existências clandestinas . Outros... refugiam-se num comportamento sectário ou até mesmo psicótico. Hoje, apenas encontramos aculturados técnicos. Encontramo-los ao voltar das esquinas quando não nas mais altas estruturas do Estado. O perigo maior que nos espreita é a consequência última da condição de aculturados técnicos: perda do sentimento da nossa identidade.
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sexta-feira, 18 de julho de 2008

LIVRES EM CRISTO




“Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor.” (Gálatas 5:13).

Muitas vezes em nome da liberdade, temos ferido princípios sobre o amor.
“Vede, porém que esta vossa liberdade não venha, de algum modo, a ser tropeço para os fracos.” (1ª Coríntios 8:9).
Muitos líderes conhecidos e respeitados no meio cristão gostam de músicas seculares, mas são seletivos sabem o que é cultura e boa música, no entanto, se de público proclamam seu gosto pelas músicas seculares não é certo que estarão levando pessoas débeis, neófitas a ouvirem também “músicas” de sua preferência?
Se de público proclamam seu gosto pela bebida, não é natural que poderá levar a reincidência algum ex-alcoólatra? O ministro pode ficar com o aperitivo, mas aquele que em grande luta se libertou do vício, terá forças para ficar no aperitivo?

“E assim, por causa do teu saber, perece o irmão fraco, pelo qual Cristo morreu.”
E deste modo, pecando contra os irmãos, golpeando-lhes a consciência fraca, é contra Cristo que pecais. (1ª Coríntios 8: 11.12).

Os vencedores por Cristo têm uma música muito pertinente:

Se sofrimentos Te causei, Senhor
Se ao meu exemplo o fraco tropeçou,
Se em Teus caminhos eu não quis andar, perdão, Senhor.

Se vão e fútil foi o meu falar,
Se ao meu irmão não demonstrei amor,
Se ao sofredor não estendi a mão, perdão, Senhor.

Se indiferente foi o meu viver,
Tranqüilo e calmo sem lutar por Ti,
Devendo estar bem firme no labor, perdão, Senhor.

Escuta, Ó Deus a minha oração,
E vem livrar-me de incertezas mil.
Transforma minha vida entregue a Ti.
Amém, Senhor.

Não ignoramos que muitos legalistas querem impor sua religiosidade na comunidade onde assistem, tornando difícil o convívio entre irmãos, porque normalmente essas pessoas não são “legalistas” com suas próprias línguas. Não se preocupam em conhecer acuradamente a palavra, mas em fazer dissensão e denegrir a imagem seja de quem for.
O único que lhes importa é impor sua “doutrina”, embasada na maioria das vezes em medo de Deus. A esses não podemos servir em amor porque seremos repudiados pelos nossos “escândalos”.
No entanto, temos que discernir quem realmente é débil na fé ou está apenas influenciado por tradições religiosas, legalismo de outros, mas que confrontados recebem a sã doutrina e são encaminhados em Cristo com amor e paciência por aqueles que cresceram espiritualmente.
Não é fácil conviver em Cristo, mas se desejarmos O Espírito Santo nos capacita pra toda boa obra. Pra. Guiomar Barba.
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domingo, 13 de julho de 2008

GRITOS DE FÉ



O apóstolo Paulo proclama sua fé em circunstâncias das mais adversas: Tudo posso naquEle que me fortalece. Aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Sei estar humilhado, tenho experiências de fome e de escassez. (Filipenses 4:12,13).
Encontramo-lo ainda com Silas em uma situação angustiante, vivenciando uma fé que glorificou o Nome do Senhor. “Por volta da meia-noite, eles, tendo os pés presos em um tronco e havendo levado muitos açoites, oravam e cantavam louvores a Deus, e os demais companheiros de prisão escutavam.” (Atos 16:24,25).

Estevão, na força de uma fé inabalável, sendo apedrejado, invocava e dizia: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito!” (Atos 7:59).

O Rei Josafá, diante de uma numerosa multidão que vinha contra seu reino, proclamou sua fé antecipadamente, com confiança e louvores: “porque em nós não há força para resistirmos a essa grande multidão que vem contra nós, e não sabemos nós o que fazer; porém os nossos olhos estão postos em Ti.”
No entanto, aconselhando-se com o povo, ordenou cantores para O Senhor, que, vestidos de ornamentos sagrados e marchando à frente do exército, louvassem a Deus, dizendo: “Rendei graças Ao Senhor, porque a sua misericórdia dura para sempre.” (2ª Crônicas 20: 12,21).

Habacuque declara que ainda que tudo diga não, quando deveria dizer sim, ele se alegraria no Senhor e exultaria no Deus da sua salvação e ainda afirma: “O Senhor Deus é a minha fortaleza, e faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente.” (Habacuque 3:17-19).

Abraão, a caminho de Moriá, onde Deus lhe dissera que deveria oferecer seu filho em holocausto para Ele, responde com uma fé, quem sabe arrancada das profundezas da alma, a seu filho que lhe pergunta pelo cordeiro para o sacrifício: “Deus proverá para Si, meu filho, o cordeiro para o holocausto.” (Gêneses 22:8).

Jó já havia perdido tudo quanto tinha, mas a hora máxima da sua dor foi quando recebeu a notícia, a mais trágica, de que todos os seus filhos haviam morrido a uma só vez. Ele, num ato de fé absoluta, incomparável, levanta-se, rasga o seu manto, rapa a cabeça e lança-se em terra e adora Ao Senhor dizendo: “Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; O Senhor o deu e O Senhor o tomou; bendito seja O nome do Senhor!” (Jó 1:19-21).

Nosso amado pregador cego da Escócia, George Matheson, orando com uma fé singular, pede a Deus: “Ensina-me a glória da minha cruz, ensina-me o valor do meu espinho. Mostra-me que é pela vereda da dor que tenho subido a Ti. Mostra-me que as lágrimas formam na minha vida um arco-íris”.

A história da igreja é mergulhada em sangue de homens como João Huss, Wiclef, Jerônimo, que se negaram a abjurar suas doutrinas e foram condenados à fogueira, mas imbuídos de fé ao serem envolvidos pelas chamas, entoaram louvores Ao Altíssimo, levando à perplexidade seus algozes.

Vivemos em tempos em que se fala de fé para ter, ser, e nada de sofrimento.
Ninguém é masoquista, é certo. Tampouco Deus tem prazer em ver seus filhos padecendo. No entanto, não podemos negar que todos nós, a exemplo do próprio Jesus, aprendemos a obediência através do sofrimento.
A galeria da fé, em Hebreus onze, nos chama a atenção para aqueles que não foram e não tiveram “segundo” os padrões deste mundo; antes, foram torturados, não aceitando seu resgate, para obterem superior ressurreição; outros foram escarnecidos, açoitados, algemados e presos, outros apedrejados, provados, serrados pelo meio, mortos ao fio da espada, peregrinos, vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, afligidos, maltratados.
E o que o escritor do livro de Hebreus articula acerca desses “pobres filhos de Deus”: homens dos quais o mundo não era digno, errantes pelos desertos, pelos montes, pelas covas, pelos antros da terra.
Uma igreja sem mácula e sem ruga será arrebatada para Deus. Estaremos capacitados a passar pela fornalha, sermos forjados pelo fogo? Haverá purificação fora do fogo? O sangue de Jesus nos resgatou... Que Deus possa contar com as nossas vidas em toda e qualquer situação.
Pra. Guiomar Barba.
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quinta-feira, 10 de julho de 2008

O FILME






“Tu me sondas e me conheces, Tu me entreteceste no seio da minha mãe.”

Que segurança saber que Tu não me tratas segundo o que sou, mas segundo as Tuas misericórdias, que dia a dia se renovam sobre nós, os Teus filhos.
Quanta paz nos traz o saber que Tu sabes a causa das nossas mazelas, onde se deram inícios os nossos traumas e, por conseguinte, tens paciência conosco e nos amas incondicionalmente.
Jamais eu poderia entender porque teria tanto medo de casar se eu ansiava ter meu lar, meu marido, filhos, nem sequer sabia que fugiria da idéia de um registro civil, até quando fui pedida pelo meu namorado, de quem eu gostava tanto, em casamento. Que susto! Todo meu ser gritando que não, levando meu namorado a questionar minha atitude como irresponsável, já que eu não tinha uma justificativa coerente.
Terminamos, graças a Deus. Hoje posso agradecer, porque não seria ele o homem que Deus tinha para aquinhoar comigo uma vida conjugal.
O tempo passou, eu conheci realmente Ao Senhor e entreguei aos Seus cuidados esse passo tão sério que um dia daria em minha vida. Como Ele nos ama tanto e sabe o que é melhor para nós no coração de Pai, como é o do nosso querido Deus, Ele já havia escolhido em outro país, distante, aquele que haveria de unir-se a mim em amor e felicidade.
Conheci David, namoramos. Quando chegou o grande dia em que ele me propôs casamento, eu não estava preparada. O medo, as incertezas, a incógnita cerrou meu coração e a única resposta que eu tinha era: ainda não... Ele não desistiu, ele sabia que eu seria sua esposa, Deus já havia confirmado no seu coração essa certeza. Como Eliézer, servo de Abraão, ele pediu uma prova ao Senhor e O Senhor, que é O mesmo ontem, hoje e será eternamente, não lhe negou a petição e lhe respondeu segundo o que ele lhe propôs.
Deus trabalha com perfeição e coerência, portanto, Ele tratou comigo de forma maravilhosamente linda. Um belo dia, não lembro como, mas me passou na mente o “filme” da minha vida, conforme descrevo a seguir. Incrível.
Entre nove homens que nasceram aos meus pais, somente duas mulheres interromperam o curso da história da natalidade masculina. Tive uma criação machista, mamãe com a mentalidade de “Amélia, aquela que era mulher de verdade”. Meu pai, pastor evangelista, voltado para abrir trabalhos no sertão de Pernambuco, onde a pobreza era uma companheira impiedosa do sertanejo, e o que estava interiorizado no coração dele era o amor pelas vidas e não o lucro financeiro. Assim, vivíamos uma vida dura, de pobreza e muito trabalho doméstico.
Meus irmãos saiam para a escola, para jogar bola ou para suas diversões preferidas vindo para casa apenas nas horas das refeições ou quando tinham algum outro interesse.
Imaginem a quantidade de toalhas, meias, shorts e camisas sujas, sandálias, sapatos e objetos escolares espalhados para todo lado. Além de gavetas e camas para se arrumar, casa para se varrer, banheiro para lavar, roupa para passar e tantos outros afazeres que enchem a vida de uma dona de casa. Estes eram os entretenimentos meus e da minha irmã mais velha, já que homens “não deveriam fazer tarefas femininas”, ou seja, era o dever e sem nenhuma compensação, sem remuneração nem reconhecimento, o que realmente tornava a carga pesadíssima. Mas por favor, sem julgamentos contra minha família. Fomos vítimas de uma cultura que não morreu totalmente ainda hoje, pelo contrário, ainda existe em grande sucessão.
O mais precioso foi aquele filme passando lentamente em minha mente. E na medida em que ia se desenrolando como uma mágica, saneava o meu coração me trazendo também a visão correta sobre o lar, o casamento e a convicção absoluta que Deus me havia presenteado com o homem conhecido profundamente por Ele. Portanto, seria a pessoa certa. Meu marido continua confirmando para mim a cada dia, que a vida a dois não se embasa nos serviços domésticos da mulher, mas no compartilhar a vida entre duas pessoas que se amam.
Ele é aquele que sara as nossas feridas, destrói os traumas que nos aprisionam. Seus métodos são infalíveis. Pra. Guiomar Barba.
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segunda-feira, 7 de julho de 2008

CORRESPONDENDO




“Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço.”

No meu coração estas gravado, Senhor, pelo Espírito Santo. Estás entronizado dentro de mim e todo meu ser deseja que lhe sejas Senhor absoluto, que tenhas alegria no meu servir, no meu caminhar, no meu agir.
Que à Tua voz eu me renda em amor e submissão, com o coração palpitante de gozo e alegria por ser Tua, pertencer-Te plenamente.
Que sejamos Um, em uma confluência perceptível ao mundo. Quero viver tão intensamente a Tua vida que meus olhos irradiem a Tua luz, a Tua santidade.
Quero a Ti posto como selo sobre o meu coração, em uma intimidade única.
O Teu apelo me enleva, me faz esquecer as minhas transgressões e sentir-me desejada pelo mais amado de todos os amados, faz-me sentir que sou muito além dos atributos humanos, sou filha do Grande Rei do Universo, daquEle que Era, que É e que há de Ser para toda a eternidade.
"Quero que permaneças como selo sobre o meu coração."

Não me basta que estejas apenas como selo sobre o meu coração, quero atender o Teu pedido e Te pôr como selo sobre o meu braço. Assim todo o mundo saberá que Te pertenço, que tenho contigo uma aliança inauferível que jamais poderá ser rompida, mas que perdura para toda a eternidade.
Quero frutificar, dar fruto saudável, suculento, apetitoso, que desperte naqueles que ainda não Te procuraram o desejo de nascer em Ti, e nos que Te seguem, mas não provaram das Tuas delícias, o desejo de prosseguir em Te conhecer.
Anelo aprender contigo a ser humilde, mansa, chorar, ter fome e sede de justiça, ser misericordiosa, limpa de coração, pacificadora, se perseguida, que seja por causa de justiça e jamais por corrupção, e que eu saiba me regozijar e exultar enquanto ore pelos meus inimigos, sem amargura, mas com o coração cheio de amor como nosso irmão Estevão orou.

Quero trazer no meu corpo as Tuas marcas; no meu linguajar, a Tua santidade; no meu ouvir, a Tua compreensão; no meu olhar, a Tua ternura; no meu servir, a Tua abnegação; na fraqueza do próximo, a Tua misericórdia; nas doações, a Tua discrição; no saber, a Tua humildade; nas disputas, deixar a Tua justiça agir; nos relacionamentos, seguir o Teu amor. Quero ser diligente em buscar o que me falta ainda conhecer e me empenhar por vivenciar o que não ignoro. Quero ser plenamente crucificada com Cristo. Quero que o mundo veja o Teu selo sobre o meu braço.
Sei, Senhor, que serei a única beneficiada nessa demanda, entendo que mesmo abençoando outras vidas, tudo redundará para mim em eterno peso de glória. “Ponho-Te como selo sobre o meu coração e sobre o meu braço”, porque reconheço que fora de Ti não há algum Senhor, Deus ou Amor que possa ser mais desejável que Tu; que És Eterno, Majestoso, Sublime, Incomparável, Santo, Puro, Rei dos Reis e senhor dos senhores, que viestes para vencer e És vencedor para todo o sempre. Diante de Ti me prostro, Majestade gloriosa, Amigo da minha alma.
Pra. Guiomar Barba.



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sábado, 5 de julho de 2008

INGRID, MINHA SURPRESA



“Quem disser que a natureza é indiferente às dores e preocupações dos homens, não sabe dos homens nem de natureza.” José Saramago.

Comecei a orar pela proteção e libertação da Ingrid a partir do dia em que recebi um e-mail de um amigo contendo a carta que ela havia escrito à sua mãe descrevendo sobre o seu terrível dia-a-dia no cativeiro.
Muitas vezes despertava pela madrugada e, não tenho dúvidas, que O Espírito Santo de Deus me trazia Ingrid ao coração e eu clamava, algumas vezes com lágrimas e gemidos para que Deus a aquecesse, alimentasse e desse a ela o privilégio de abraçar os filhos e a sua mãe que ela tanto amava.
Talvez tenha uma remota noção do que é ser refém de traficantes possessos de ódio, de desamor à vida, que têm um único objetivo: “Narcotráfico”.
Nos longos vinte anos que trabalhamos com viciados em drogas, fui designada para ir à Santa Cruz de La Sierra, Bolívia, onde abrimos um centro de reabilitação para “drogaditos”. Conhecemos pessoas que foram escravizadas em cartéis e conseguiram fugir, que viveram como verdadeiros robôs a serviço dos “soberanos.” Eles tinham pavor de abrir a boca e pronunciar uma única palavra, todo tempo olhavam para os lados como se fantasmas os perseguissem a todo o momento. Era imposto a tantos quantos trabalhassem para os donos no fabrico das drogas, não olhar sequer para a pessoa que estava ao seu lado. Conhecemos, já em outra cidade, fora de Bolívia, um dos chefes de cartel, rapaz jovem, bonito, culto e que desesperadamente queria libertar-se do cartel onde nasceu, mas sabia que isto lhe custaria a própria vida. Era como um animal acuado. Ouvi muitas histórias que me cortavam o coração.
Portanto, podia sentir um pouco da aflição da Ingrid Betancourt, empatia seria exagerar, mas havia uma comunicação do Espírito de Deus ao meu coração nas horas, creio, que mais que ela necessitava.
Estava chegando o dia do nosso aniversário, então pedimos a Deus uma surpresa. Falamos com Deus que não necessariamente algo para nós.
Exatamente no dia dois de julho, quarta feira última, eu estava na cozinha e na minha cabeça planejava uma forma de libertá-la, devaneios do coração. Mas foi exatamente poucas horas depois que meu filho gritou: mainha! Vem ver. Quando cheguei à frente do computador, mal podia acreditar, lá estava a notícia: Ingrid liberta. Soltei um grito de alegria, mas foram necessários vários minutos para cair a ficha. Então comecei a chorar, mas chorar de gratidão e alegria: minha Surpresa! Foi mais grandiosa do que qualquer coisa que mais quero e tenho pedido a Deus, segundo a nossa necessidade. Sei que meus clamores fizeram coro com muitos outros, e muitos corações puderam entoar comigo o cântico de vitória pelo livramento que Deus deu a Ingrid.
Deus estava com os olhos postos sobre aquela mulher que jamais rendeu o seu caráter ilibado à corrupção. Que conhece os desatinos dos que são vendidos às drogas e se tornam prisioneiros pelo vício dos traficantes implacáveis, que por sua vez estão também acorrentados a uma lei maldita interior, lei do “amor ao dinheiro”, que confina corpo, alma e espírito na masmorra da morte e que muitos deles também são reféns dos superiores.
"Permanecer encarcerado num ambiente tão inóspito esmaga as resistências do corpo e quebranta as forças da alma."
"Quão desumana a humanidade tem se tornado, a ponto de infligir tal pena a uma vida." Ingrid.

Sabemos que ela não vai parar. “Estou consciente dos perigos, mas estes não me farão recuar. É nisso que reside a minha esperança" diz Ingrid.
Está disposta, ladeada por seus filhos, que mal começaram a viver e já foram sacudidos pela maldade deste mundo que se deteriora, "basta conhecer a linguagem do olhar, reparar nos seus olhos todo o peso de uma dor que desde cedo tiveram que aprender a carregar nos seus peitos."(vídeo) a lutar contra o narcotráfico, contra as forças malignas que atuam neste mundo tenebroso, utilizando pessoas sem escrúpulos, que se prestam a toda e qualquer iniqüidade.
"A sua cruzada não visa apenas o resgate da sua amada mãe, é, antes, a nossa cruzada em busca do resgate da nossa humanidade perdida na selva do esquecimento."(vídeo)
Emocionei-me lendo sua carta, percebendo o quanto ela ama a Deus e como em nenhum momento ela questionou o amor dEle por ela. Jamais se deixou amargurar pela situação lastimável que estava embora sem culpa. Atribuiu a Deus o direito de decidir sobre o seu destino, reconhecendo a Sua soberania e fidelidade. "Caso contrário, e se Deus decidir de outra forma, nos encontraremos no céu e Lhe agradeceremos por Sua infinita misericórdia.” Ingrid.
Procurou tirar as melhores lições do cativeiro, reconhecendo a sua finitude. "A cada dia, resta um pouco menos de mim mesma." Percebeu toda fragilidade e impotência que lhe faziam refém como nenhum ser humano poderia fazê-la e, embasada em todas as lições, aconselhou os seus filhos a serem simples e valorizarem sempre as coisas que irão consigo para a eternidade. “Deus nos enviou essa prova a fim de que saiamos dela maiores, sejamos humanamente melhores e descartemos tudo que é inútil e estorva a alma.”
“Viver é isso: crescer para se pôr ao serviço dos outros.” Ingrid.

As longas conversas que manteve com seu pai, nas quais por vezes discorreram sobre a situação confortável da família na Europa e o sofrimento por que passa grande parte da população de sua terra natal, certamente contribuem na sua decisão de regressar à Colômbia.
Ingrid resolve seguir o chamado do seu coração, ciente de todos os riscos e desafios que tal decisão acarreta. (vídeo).


Trecho da sua carta:
Mamita estou cansada, cansada de sofrer. Fui, ou tentei ser, forte. Esses seis anos ou quase de cativeiro demonstraram que não sou nem tão resistente, nem tão corajosa, inteligente e forte quanto pensava. Travei muitas batalhas, tentei a fuga diversas vezes, procurei manter a esperança como mantemos a cabeça fora d'água. Mas hoje, mamita, sinto-me vencida. Eu gostaria de pensar que um dia sairei daqui, mas percebo que o que aconteceu com os deputados (3), e que me deixou arrasada, pode acontecer comigo a qualquer momento. Acho que seria um alívio para todo mundo. Sinto que meus filhos levam uma vida em suspenso na expectativa da minha libertação, e o seu sofrimento diário, o de todo mundo, faz com que a morte me pareça uma opção amena. Juntar-me a papai (4), por quem permaneço de luto: todos os dias, há quatro anos, choro a morte dele. Continuo a acreditar que vou acabar parando de chorar, que agora cicatrizou. Mas a dor volta e se lança sobre mim como um cão desleal, e torno a sentir meu coração se espatifar em mil pedaços. Estou cansada de sofrer, de carregar essa dor comigo todos os dias, de mentir para mim mesma achando que tudo vai terminar e constatar que cada dia equivale ao inferno do dia anterior. Penso nos meus filhos, nos meus três filhos, em Sébastien (5), em Mela e em Loli (6). Muita vida se esvaiu por entre nós, como se a terra firme houvesse sido tragada pela distância. Eles são os mesmos e não são mais os mesmos. Cada segundo da minha ausência, em que não posso estar aí dedicada a eles, para tratar suas feridas, aconselhá-los, dar-lhes força, paciência e humildade para enfrentar a vida, todas essas oportunidades perdidas de ser mãe envenenam meus momentos de infinita solidão, é como se me injetassem cianureto nas veias, gota a gota. (Ingrid).

“Ajude-me a suportar o que não posso compreender. Ajude-me a mudar o que não posso suportar.” São Francisco de Assis.

Ingrid, na verdade, é para todos nós uma lição de vida, um estímulo para lutarmos por aqueles que estão morrendo nos cárceres das drogas.
Pra. Guiomar Barba.
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quinta-feira, 3 de julho de 2008

Da Fantasia à Necessidade



Pela psicóloga Luiza Curti :




Com a “invenção” dos filmes eróticos (na maioria é pornô mesmo, de baixíssima qualidade), o que não passava de fantasia, de apenas um desejo não realizado, passou a emprestar os padrões performáticos das “atrizes” e transpô-los para a realidade sexual, exigindo, os homens, o mesmo de suas parceiras.
Na outra ponta, as mulheres sedentas de elogios performáticos, desejosas não de prazer, mas como objeto de prazer, numa postura de realizar as fantasias masculinas ou devido suas inseguranças édipicas? Aceita o papel de “impressionar” pelas habilidades adquiridas e “assumidas” na liberdade sexual, mostram que outro tipo de mulher, de poder feminino, tomou o lugar da mãe zelosa, mas continua sexualmente submissa da mesma maneira.

Deep Throat foi o marco e por pouco não virou cult, mas deixou muitos homens acreditando que as mulheres poderiam ter orgasmo através da garganta. O Cult mesmo ficou por trás do filme “O Império dos Sentidos” dirigido por Nasgisha Oshima. Depois disso, na verdade, deixa de existir o filme erótico, porque todos os filmes dão prioridade ao erotismo, de uma forma ou de outra. Ludibriam aqui e ali, mas acabam todos nas cenas de sexos explícitos. Se não vistos assim, muito mais pela arte da iluminação e de efeitos especiais responsabilizados pela ausência de vulgaridade. Inúmeros filmes poderiam ser chamados de pornôs e se não o são é porque são mascarados pelas fictícias cenas realistas.

Há uma distinção entre Erotismo com pornografia devido suas diferenciações: erotismo vai de encontro com sensualidade e pornografia se caracteriza pelo obsceno. As relações sexuais passaram mais a contar com um enchimento, banalizando as fantasias. Os homens passaram a achar absolutamente normal, aplicar os filmes pornográficos em suas vivências sexuais. As fantasias, a criatividade deixou de existir como original do momento e por conta dos pares. "a cena como naquele filme...". Mais ainda, inverteu-se a célebre frase: com a mãe dos meus filhos não posso fazer isso! Se por um lado isso é quebrar tabus bestas, por outro, cria mais um nó górdio na questão das relações íntimas. Um dos parceiros, o homem quase sempre, gosta e quer a parceira "atriz". Em geral, a mulher mesmo não gostando nem querendo, acaba por realizar a fantasia do homem porque ela ainda se pensa obrigada a satisfazer, por imposição, a vontade dele.

Perigosamente a banalização da erotização dos filmes pornôs, pode ultrapassar o limítrofe entre a perversão sexual e generalizar-se como sociopatia. Se houver, digamos assim, maiores investimentos direcionados para a indústria dos filmes sadomasoquistas, a possibilidade de que o sexo anal não seja feito apenas pela introdução do pênis, mas, também, de objetos e como é prática no sadomasô, a introdução do punho cerrado, uma mão fechada através do ânus, com certeza, passará a ser aceita como normalíssima.
Dita como normal e comum, a prática de sexo anal, fabrica muitas mulheres "frígidas". Essa nova conceituação de frigidez representa mais um artifício para forjar mulheres "anormais" e ruins de cama.
Hoje, todo homem exige que as mulheres tenham a garganta profunda para caber todo o pênis dele e um ânus disponibilizado para uso imediato. Ora, as mulheres que aparecem nos filmes, são profissionais, que treinam com disciplina para ganhar dinheiro. Na relação anal, com aquelas caras e bocas, elas não estão ali carregando o dia atribulado da vida doméstica, ou mesmo para as solteiras, que deixaram seus escritórios, de cabeça quente, frustradas e cansadas. As profissionais dos filmes pornôs estão "atrizes" preocupadas com o rosto e a pose, com o diretor e com as luzes e câmeras. Abstraídas, quase sempre, de envolvimento afetivo ou sexual.
Existem outros aspectos exemplo disto, caso de pessoas portadoras de fissura anal, hemorróidas internas e externas, para as pessoas com estas sintomatologias a relação anal se torna algo insuportável, já que a área anal é uma região das mais irrigada por enervação e de musculatura extremamente rígida.

Algumas vezes, as causas da disfunção sexual feminina são mentais, não físicas. Depressão, culpa e emoções conflitantes sobre o próprio corpo podem resultar em experiências sexuais ruins. No entanto, existem maneiras de combater este tipo de disfunção sexual. Como exemplo, os casais devem ter um canal aberto de comunicação para manter um relacionamento sexual saudável e vibrante. As categorias de causas físicas e psicológicas de problemas sexuais podem ser divididas entre aquelas que são simplesmente devido a diferenças entre homens e mulheres. Por exemplo, disparidades no desejo sexual infelizmente são fontes comuns de frustração, culpa e, algumas vezes, hostilidade. Na realidade, é raro para um casal sentir o mesmo desejo exatamente ao mesmo tempo. Normalmente é necessário negociar e ceder. O estado de excitação do homem geralmente é mais rápido do que o da mulher, o que explica por que o orgasmo mútuo, tão almejado, não é fácil de atingir. Isto não é falta de compatibilidade, como muitos casais podem acreditar, mas uma diferença biológica de cerca de 3 minutos: o estado de excitação do homem dura quase 10 minutos, enquanto o da mulher mais ou menos 13.
As respostas sexuais entre as mulheres são tão variadas que a incapacidade de atingir o orgasmo só é considerada uma disfunção se existe uma inibição psicológica específica ou uma debilitação física. Renomados terapeutas sexuais como William Masters e Virginia Johnson e o co-autor e Dr. Robert Kolodny dizem que, relativamente, poucos casos de disfunção orgásmica têm uma causa médica.
Todo aprendizado é proveitoso quando sabemos reter o bem. Pra. Guiomar Barba.
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