quarta-feira, 31 de julho de 2013

CHORÃO CHORAVA SOZINHO


Em 7 de março de 2013, "o blog da Conceição no Correio Braziliense, inicia com o título acima e as seguintes palavras: "É bom olhar pro lado e ver que não estou sozinho, que não estou sozinho, que não estou sozinho' - repetia Chorão em 'Cedo ou tarde' (letra de Di Ferrero e Gee Rocha). Prima do cantor, Sônia Abrão disse ontem, sob lágrimas, que o Charlie Brown Jr. reclamava de solidão. Dizia que não adianta está acompanhado da multidão, durante os shows, porque depois ia para casa sem ninguém, pegava o avião sem companhia. Voltava a ser tão somente o filho de dona Nilda, o menino que vivia nas ruas.


Uma vizinha contou ter ouvido gritos desesperados de um homem no dia anterior à morte do Chorão. O sangue perto do interruptor e do ar-condicionado avariado dizia que aquele ilhado esmurrava e sangrava ou sangrava e esmurrava, só ele poderia esclarecer a ordem dos últimos acontecimentos de sua vida."

Este triste comentário nos leva imediatamente a pensar na Igreja como resposta: "mas no corpo de Cristo essa solidão implacável foi vencida; não a servimos mais, como escravos, porque fomos chamados para a comunhão".

Entretanto nos dias de hoje a palavra igreja lembra a renúncia do papa, com todas as especulações sobre seus reais motivos. Leonardo Boff sugere que Ratzinger se desencantou com a "sua igreja"; que teria sido abatido pelos escândalos sexuais, pelas divisões internas e pelas vaidades. Percebeu a ineficácia de sua teologia agostiniana ao tentar estabelecer a sua "cidade de Deus".

"Ao fim e ao cabo, o insulamento de Chorão é o de todos nós. Por suas circunstâncias, ele cristalizava o desespero: cerveja, vinho, energético, pó branco, abandono, isolamento" - diz a blogueira. Mas, em meu íntimo, recuso-me a aceitar isso. Antes é preciso se perguntar porque muitos chegaram a esse ponto; em seguida, devocionalmente, dizer: "Levantar-me-ei e irei ter com meu pai"; e partir para ação, na expectativa das transformações que Deus sempre opera.

No caso em particular, penso que esse momento devocional nos levaria a constatar que estamos sós porque temos evitado (ou afastado) os outros e fugido das dores da comunhão, acomodados em nossa privacidade pós-moderna. Porém também nos levaria a lembrar que "na casa de meu pai" se vive em comunidade. E que transformações positivas adviriam de um "levantar-me-ei e irei ter com meu pai".

A Igreja de Jesus tem sido provada na sua capacidade de permanecer sendo corpo. E seus membros, de permanecer crendo nela e usufruindo dela. Do papa que se retira aos milhares de "sem-igreja" de hoje, muitos são "gatos escaldados". Não julgo seus motivos (nem mesmo os do severo Ratizinger); não sei o que passaram. Nem digo que "desta água não beberei". Longe de mim.

Apenas ouço o choro do Chorão e o levo para os meus momentos de oração, como gritos proféticos; como palavra de Deus para mim, a dizer: "A solidão existe; ela é real, é mortal e está perto. Não deixe o convívio dos amigos, não abandone a família, não se afaste da igreja". E diz a todos nós: "Construam algo juntos, lutem juntos, sofram juntos, chorem juntos, orem juntos. E a solidão não terá poder sobre vocês.

Rubem Amorese. Extraído da Revista Ultimato.

Não podemos esquecer: somos um corpo. (Guiomar Barba).

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domingo, 21 de julho de 2013

OS QUE ABANDONAM A FÉ POR CAUSA DA CIÊNCIA DEVEM SABER QUE ESTA É VULNERÁVEL

Estejamos atentos. Muitos estão engrossando as fileiras dos apóstatas. Uns amargurados contra Deus; outros, por se emaranharem nas teias do saber, se tornam arrogantes e desprezam a sabedoria do Criador do universo e a Sua eterna soberania. Estejamos firmes na comunhão com o Pai a cada dia, para que não sejamos tentados e sucumbamos com os enganos sutis do diabo.    (Guiomar Barba).                         



Ridicularizam-se a Bíblia, a pregação do evangelho e a fé dos cristãos. Porém os cristãos em geral não ridicularizam - ou não deveriam ridicularizar - a ciência.

A ciência não é, necessariamente, inimiga da fé e vice-versa. Ambas não deveriam se digladiar. O que não impede que a fé não abrace todos os pressupostos da ciência e a ciência, por sua vez, faça o mesmo. É difícil dizer qual das duas impõe mais: se a fé ou a ciência. Mesmo que a ciência se torne às vezes soberba, a fé pode e deve ser convicta sem soberba.

Os cristãos que esfriam na fé ou abandonam a fé por causa de algum trunfo da ciência precisam saber que a ciência não é invulnerável, como também a religião, em si, não ó é. O que é invulnerável em matéria de religião é a "fé que nos foi confiada como um dom a ser guardado e cultivado" (Judas 3, Bíblia Ave-Maria). No bojo desta fé está o Criador, a criação, a necessidade de remoção do pecado, o nascimento virginal de Jesus, seu sacrifício vicário e sua ressurreição, a glória vindoura e a revelação.

São os próprios homens da ciência que alardeiam seus equívocos, suas limitações e até mesmo suas fraudes. O jornalista Hélio Schwartsman um judeu ateu, como se declara -, em outubro de 2012, baseando-se na revista Ciência, diz que “a ocorrência de fraudes em pesquisa médica cresceu dez vezes mais de 1975 para cá". Ele receia que isso "seja apenas a ponta do iceberg do problema" (Folha de São Paulo, 5/10/2012, A2). Duas semanas depois o médico Drauzio Varella, mais conhecido por seus livros do que pelo seu consultório, cita a declaração de 150 anos atrás de Oliver Holmes, segundo a qual, "se toda a matéria médica, como hoje é empregada, fosse afogada no fundo do mar, seria muito melhor para a humanidade - e muito pior para os peixes" (Folha de São Paulo, 21/10/2012, E14).

Outro dia, Marcelo Gleiser, professor de física teórica dos Estados Unidos, no artigo intitulado A terceira revolução copernicana (Folha de São Paulo, 30/9/2012), listou uma série de descobertas científicas envolvendo o universo que foram sendo substituídas sucessivamente umas pelas outra. Houve um tempo em que a ciência dizia que a Via Láctea era tudo o que existia. Pouco depois, outro cientista afirmava que a Via Láctea era apenas uma entre "centenas de milhares" de outras galáxias. Hoje - diz Gleiser - "sabemos que existem centenas de bilhões de galáxias". A terra, o sol e a Via Láctea já foram considerados o centro do universo. A tendência hoje em dia é dizer que o nosso universo não é o único, mas um entre incontáveis outros.

Na metade do século passado, dez mil recém-nascidos em todo o mundo, especialmente na Alemanha, nasceram com graves deformações vítimas de um dos maiores erros da história da medicina. Só agora, cinquenta anos depois da tragédia, é que o laboratório Grünenthal, o fabricante da talidomida, pede desculpas ao mundo. Uma das vítimas brasileiras é presidente da Associação Brasileira de Portadores de Síndrome da Talidomida (ABPST). Cláudia Marques Maximino nasceu em 1962 sem as duas pernas e um braço. Ela é pós-graduada em recursos humanos.

Esses "novos horizontes" não surgem no terreno da fé: há mais de dois milênios não houve alteração alguma na “fé que os santos receberam de uma vez para sempre". Essa herança de convicções religiosas não vem por meio de fatos matematicamente comprovados, como se tenta fazer na ciência. Ela é formada a partir de revelações da parte de Deus. Pela via cientifica ninguém acreditará, por exemplo, na concepção sobrenatural de Jesus, no perdão de pecados por meio do sacrifício vicário de Jesus, na ressurreição dos mortos, em novos céus e nova terra. Mas, pela fé, essas convicções podem e devem existir.

O TESTE DA FÉ

Em alguns momentos da vida, nos deparamos com incertezas sobre as coisas em que acreditamos, sobre a inexplicabilidade de fenômenos naturais ou até mesmo sobre a própria existência de Deus - se Ele de fato existe ou se isso não passa de uma fantasia. Acredite, cientistas que passaram anos estudando tiveram a mesma dúvida; outros nem sequer apostavam ha hipótese de que as respostas para suas perguntas estariam em Deus, porém descobriram o contrário.

Ao longo de o Teste da Fé (que vem acompanhado de um DVD, um documentário sobre a relação entre fé e ciência), o leitor encontrará dez testemunhos de cientistas que vieram à fé e de cientistas que jamais a abandonam, mesmo depois de submersos no mundo científico. Cada um deles fala um pouco sobre a maneira como foi apresentado ao cristianismo, suas primeiras reações e sobre seu próprio universo dentro da ciência, que varia entre astrofísica, biologia celular e molecular, neurobiologia, física matemática, ciências midiáticas e astronomia.

A suposição corrente hoje em dia de que fé e ciência não podem andar lado a lado não se sustenta. Acredita-se que, se um evento é provado cientificamente, qualquer explicação teológica sobre ele deve ser refutada. Da mesma maneira, se um milagre pode ser explicado cientificamente, ele já não é mais um milagre. Depoimentos como os dois cientistas Jennifer Wiseman, responsável pelo projeto de telescópio Hubble, e Alister McGrath (Teologia Pura e Simples, Ultimato, 2012), PhD em biofísica e professor de teologia histórica, relatados em O teste da Fé, mostram como a aversão entre ciência e fé pode ser desconstruída. (Grifo meu).

Por Fernanda Moreira. (Extraído da Revista Ultimato).







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