Eu, porém, vos declaro que Elias já veio, e não o reconheceram; antes, fizeram com ele tudo quanto quiseram... Então, os discípulos entenderam que lhes falara a respeito de João Batista. (Mateus 17.12,13).
Para quem crê em reencarnação aqui está um aparente respaldo para sua fé, é somente não pesquisar a escritura sobre o assunto e ficar obcecado neste único versículo e em características peculiares a ambos como:
VESTUÁRIO
“E João andava vestido de pêlos de camelo, e com um cinto de couro em redor de seus lombos, e comia gafanhotos e mel silvestre.” (Marcos 1.6).
“Eles lhes responderam: Era homem vestido de pêlos, com os lombos cingidos de um cinto de couro. Então, disse ele: É Elias, o tesbita.” (2 Reis 1.8).
UNÇÃO
“E irá adiante do Senhor no espírito e poder de Elias, para converter o coração dos pais aos filhos, converter os desobedientes à prudência dos justos e habilitar para o Senhor um povo preparado.” (Lucas 1.17).
No entanto vamos adiante. A bíblia é bem clara quanto ao destino do homem, vejamos:
“E assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo final. “(Hebreus 9.27).
Sabemos que João Batista diante do poder com que proclamava a palavra, foi interrogado a respeito da sua identidade, perguntaram-lhe se ele era Elias, ele foi categórico: Não sou. És tu o profeta? Respondeu: Não.
Disseram-lhe, pois: Declara-nos quem és, para que demos reposta àqueles que nos enviaram; que dizes a respeito de ti mesmo?
Então ele respondeu:
“Eu sou a voz do que clama no deserto: endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías.” (João 1.19-23).
Segundo pesquisamos, os espíritas acreditam que quando um espírito se "materializa", ele sempre se apresenta na forma de sua última encarnação, entendemos então que se João Batista fosse reencarnação de Elias, seria ele que teria aparecido no monte da transfiguração e não Elias. Por outro lado, para quem crê na reencarnação e tenta forçar que naquele glorioso evento temos uma prova de que a teoria é verdadeira, é bom perceber que ali não havia ninguém reencarnado e sim os profetas Moisés e Elias que foram perfeitamente reconhecidos, embora Pedro não os tivesse conhecido pessoalmente, ele propõe a Jesus o fazer três tendas, uma para Moisés outra para Elias e outra para Jesus. (Mateus 17.1-8).
E em toda a Bíblia vemos que este foi um caso único e muito especial; não consta nas Sagradas Escrituras que outra pessoa tenha vindo a terra e se comunicado com alguém a não ser com o próprio Cristo nesta ocasião. Além do mais, nos chama a atenção que Elias não passou pela morte e sim foi trasladado aos céus.
“Indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho.” (2 Reis 2.9-14).
Quanto a Moisés, foi morto e sepultado diretamente por Deus. “Assim, morreu ali Moisés, servo do senhor, na terra de Moabe, segundo a palavra do Senhor.” “Este o sepultou num vale, na terra de Moabe, defronte de Bete-Peor; e ninguém sabe, até hoje, o lugar da sua sepultura.” (Deuteronômio 34.5,6).
É importante citar também as afirmações do nosso grande servo do Senhor, Jó. Vejamos:
“Se tu és quem determinas quanto há de viver o homem, e lhe dás o limite que não pode passar dele."
...O homem morre sem remédio; e ao morrer aonde vai? Enquanto os céus existirem, o homem não levantará de sua tumba, não despertará do seu sono.
...se um homem morre, voltará a viver?
... Tu prevaleces para sempre contra ele, e ele passa, muda-lhes o semblante e o despedes para o além.
Os seus filhos recebem honras, e ele o não sabe; são humilhados, e ele o não percebe. (Jó 14).
O último versículo do capítulo quatorze de Jó nos chama muito a atenção, parece contradizer o versículo doze, que diz que ele dorme e não será despertado.
“Ele sente as dores apenas do seu próprio corpo, e só a seu respeito sofre a sua alma.”
Para que não fiquemos confusos, lembremo-nos do Rico e Lázaro, vejamos quem sofria suas dores e quem desfrutava da vida após morte.
“No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio.
Então, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. (Lucas 16.23,24).
Chegamos à clara conclusão que a bíblia nos diz que não há nenhuma comunicação entre mortos e vivos. Este é mais um caso único em que uma pessoa no inferno pode comunicar-se com o pai Abraão, mas o próprio Abraão fala do abismo que há entre o lugar onde ele estava e o inferno impossibilitando qualquer passagem. (Lucas 16.26). Enquanto Jó nos fala da incomunicação que há entre os seres vivos da terra e os que já partiram para o além.
João Batista teve a sua própria identidade, foi o precursor de Jesus, ao contrário de Elias “não fez nenhum sinal, porém tudo quanto disse a respeito de Jesus era verdade.” (João 10. 41). Elias o grande profeta veio muitos anos antes de João com o seu ministério específico ressuscitando mortos, realizando sinais e prodígios e ao contrário de João não passou pela morte.
“Por minha vida diz o Senhor, diante de mim se dobrará ‘todo joelho’, e toda língua dará louvores a Deus.
Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus. (Romanos 14.11,12).