sábado, 26 de fevereiro de 2011

O MINISTÉRIO É INDIVIDUAL MULHERES

Estou pregando em Belo Horizonte. Pregamos em várias igrejas.

Deus jamais teve preferências de sexo ao escolher pessoas para o ministério. Sabemos que a cultura dos homens, especialmente no judaísmo determinou que:

A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição.

“Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio. Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva. E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão. Salvar-se-á, porém, dando à luz filhos, se permanecer com modéstia na fé, no amor e na santificação.” (1Timóeo 2.11-15).

Os “’sábios” do Talmud interpretaram o versículo "Toda a glória da filha do rei na sua casa" (Salmo 45:14), ensinando que a honra de uma mulher exige que ela fique na sua casa, cumprindo sua função essencial de ter filhos e de facilitar ao seu marido o cumprimento dos preceitos.

Seguindo essa lógica, as mulheres eram definidas pelo aspecto biológico, como mães procriadoras; do ponto de vista sociológico eram dependentes, primeiro do pai e depois do marido; e, sob o prisma psicológico, eram incapazes de dedicar-se a temas tidos sérios ou importantes, exclusivos dos homens. Portanto, a presença de uma mulher num lugar público - na rua, no mercado, nos Tribunais, nas casas de estudo, nos eventos públicos ou nos cultos religiosos - era considerada uma ofensa à sua dignidade de mulher.

(pesquisa em http://www.pucsp.br/rever/rv2_2005/p_kochmann.pdf) .

Deus, no entanto, levantou mulheres e capacitou-as tanto quanto a homens e lhes atribuiu cargos de elevada responsabilidade.

A Débora foi não só uma profetiza de grande credibilidade, como também juíza em Israel, julgava, portanto, as questões do seu povo. Ela era uma mulher de fibra, corajosa, determinada. Podemos concluir tais características sobre a sua personalidade quando Baraque, após receber dela uma mensagem profética para enfrentar Sísera, responde: “Se fores comigo, irei; porém, se não fores comigo, não irei.” (Juízes 4.8). Assim, os filhos de Israel foram libertos do exército de Canaã, que havia vinte anos ocupava e oprimia Israel. O comandante de um exército depender de uma mulher e da direção de Deus através dela leva-nos a entender o caráter desta juíza.

Observamos que a Bíblia não relata nada sobre o seu marido, apenas seu nome: Lapidote, o que nos deixa claro que ela fazia seu trabalho independentemente, contrariando a filosofia de “entendidos” que dizem que a mulher não pode ter ministério que não seja junto ao do seu marido.

Outro exemplo de mulher virtuosa, determinada, encontramos em Ester, que, arriscando a própria pele, se casa com o rei Assuero e de maneira grandiosa salva Israel do inimigo que lhe queria exterminar da face da terra.

Encontramos também Rute, com quem Deus pode contar para deixar seu povo, sua terra, e os deuses do seu povo e acompanhar sua sogra para uma terra distante, de cultura estranha. Com certeza, ela foi impulsionada pelo Espírito Santo e tornou-se esposa de Boaz, de quem descende o salmista Davi, fazendo assim, parte da genealogia de Jesus Cristo.

O que dizer da profetisa Miriã, que ainda criança participou da trama que levaria Moisés a receber dos seus próprios pais as primeiras instruções de vida que lhe incutiram no subconsciente o amor pelo Deus de Abraão, enquanto sua mãe lhe amamentava transmitindo-lhe todo amor maternal, que também ficaria no seu subconsciente para frutificar no tempo determinado pelo Grande Eu Sou.

Vemos mais tarde que Miriã foi vocacionada pelo Senhor para fazer parte ativa e destacada como grande líder no ministério de Moisés.

“Pois te fiz sair da terra do Egito e da casa da servidão te remi; e enviei adiante de ti Moisés, Arão e Miriã.” (Miquéias 6.4).

Israel viveu também um grande livramento através da respeitada profetiza Hulda, que, transmitindo fielmente a palavra do Senhor, levou o Rei Josias, os sacerdotes e líderes do reino a um profundo arrependimento diante de Deus, contra quem haviam pecado seriamente. Dizem estudiosos que nem um outro ministério profético registrado na história bíblica, produziu uma mudança tão abrangente na nação de Israel em um período de tempo tão curto como este. (2 Reis 22.14-19).

No Novo Testamento, temos exemplos de mulheres de grande valor no ministério, como Dorcas, que era notável pelas obras e esmolas que fazia.

Compadecida das viúvas, lhes costurava túnicas e vestidos. Sendo uma mulher tão cheia de compaixão, diante dar dor das viúvas pela sua perda, Pedro orou para que ela ressuscitasse após sua morte. (Atos 9.36-42).

A Igreja de Roma tinha um bom grupo de cooperadoras, vejamos as saudações do apóstolo Paulo em Romanos dezesseis: Febe, que está servindo à igreja de Cencréia; Priscila, que junto ao marido arriscou a sua própria cabeça pela vida de Paulo; Maria que muito trabalhou por vós; Trifena e Trifosa, as quais trabalhavam no Senhor; Pérside, que também muito trabalhou no Senhor; saudai Júlia, Nereu e sua irmã, Olímpas. (Romanos 16. 3-15).

Paulo roga que cuidem de Evódia e Síntique, que juntas se esforçaram com ele no evangelho. (Filipenses 4.2,3).

Determinar especificamente qual o trabalho que essas senhoras realizavam seria especulação, alguns serviços são citados, todavia não significa que elas não exercessem outras atividades na comunidade cristã.

Vejamos quantas mulheres citamos... Por onde andavam seus maridos, se é que todas eram casadas? A única que parecia trabalhar ao lado do marido era a Priscila. (Atos 18. 26 - 18.18).

Concluímos que o nosso Deus não veste saia, mas também não usa calça. Portanto, Ele conta com todos aqueles que, de coração aberto e transbordante de amor, se entregam ao seu serviço em prol do Reino. Sejam elas casadas, separadas, solteiras, viúvas, o importante é se dar.

Portanto, mulheres, sede firmes e constantes, sempre abundantes, na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor. (15.58

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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A NATUREZA DA ESCRITURA

Para fechar o artigo anterior,

http://caminhosdateologia.blogspot.com

a segunda razão pela qual uma boa interpretação é importante é a própria natureza do livro em questão - a Bíblia. Vimos que todo leitor é ao mesmo tempo um intérprete. E não só isso, ele leva tudo o que ele é para o texto que lê. O que mais acontece com a Bíblia é que a lemos com nossas próprias convicções, crenças ou descrenças, isso dificulta descobrirmos qual era a intenção original do autor. Exemplos corriqueiros: um pentecostal sempre lerá a Bíblia a partir da sua crença nos dons do Espírito Santo como ativos em nosso tempo, dando inclusive suma importância ao dom do "falar outras línguas"; já um presbiteriano roxo e conservador, lerá os textos que falam dos dons com outros olhos e dirá com convicção que os dons se foram depois que o último apóstolo morreu. Quem está certo? Logo, todo exegeta tende a ser parcial diante do que já crê como verdade. É por isso que eu gosto da distinção entre exegese pastoral ou devocional e a exegese técnica, acadêmica, histórica. A exegese pastoral não está interessada tanto na história do texto e sim, qual lições espirituais o texto pode ter para o fiel. Ela está baseada antes na fé. A exegese acadêmica não precisa usar a fé, por isso, ela está mais próxima da realidade cultural, histórica e sociológica dos textos. Ao meu ver, uma pode completar a outra, mas é quase certo que em algum momento, uma vai contradizer a outra. O cristianismo de modo geral, tem compreendido que a Bíblia é tanto humana quanto divina. Assim escreveu George Ladd: "A Bíblia é a Palavra de Deus dada nas palavras de (pessoas) na história". Ora, como será então difícil interpretar tal texto, humano e divino ao mesmo tempo! Mas é claro que essa não é uma opinião de toda a cristandade. Teólogos verdadeiramente cristãos e comprometidos com sua fé entenderam que a Bíblia não "é" a Palavra de Deus mas ela "contém" essa Palavra. Ora, isso faz uma grande diferença. E existem também aqueles que acreditam que a Bíblia é um livro apenas humano, logo, para essas pessoas, a interpretação estará restrita somente à pesquisa histórica, já que o lado metafísico ficaria de fora do seus interesses. Esses exegetas não precisam necessariamente, possuir a fé e a crença para realizar seu trabalho, o que do ponto de vista histórico é uma grande vantagem. Já houve quem pensasse que a Bíblia era exclusivamente divina. Ou seja, Deus inspirou literalmente os autores da Bíblia e eles escreveram exatamente o que Deus quis que escrevessem, sem nenhuma interferência da parte humana; o resultado disso é que a Bíblia seria infalível em tudo o que diz, já que é palavra literal de Deus. Essa posição hoje não tem muitos adeptos, se é que tem algum, visto que até os mais conservadores perceberam que a Bíblia não poderia ser resultado apenas da ação divina, mas também, da ação humana e onde o humano põe a mão, o erro é sempre uma possibilidade. Concluíndo, interpretar exegeticamente um texto bíblico não é tarefa para neófitos; mesmo uma exegese pastoral será feita mais corretamente por alguém que conheça as ferramentas para o trabalho, e o bom exegeta pastoral também estará ciente que ele é limitado pelas suas próprias crenças e pressupostos espirituais. Da minha parte, meu maior interesse é a abordagem da Bíblia pela exegese acadêmica, principalmente, através do método histórico-crítico. É possível um crente se guiar pelo método histórico-crítico? Creio que sim. Em minha opinião, ele deve separar o lado espiritual, metafísico do lado histórico e "real". E quando digo "real" não estou dizendo que a fé e as crenças sejam irreais mas que elas são de uma realidade diferente da realidade histórica. Mas o que é mesmo esse tal de método histórico-crítico? Volto depois a este assunto. Para refletir: como você vê a Bíblia: como apenas divina, apenas humana ou divina e humana ao mesmo tempo? Ela é infalível e inerrante? por que? Quais provas para tal afirmação? quais as implicações que cada abordagem pode ter? Se cada um interpretar a Bíblia somente a partir das suas próprias crenças, o que isso resultará? Em que se baseia a sua fé ou a falta dela?

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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Exegese e Hermenêutica

Extraido do blog:

http://caminhosdateologia.blogspot.com/2011/02/exegese-e-hermeneutica.html

"Você precisa ler a Bíblia"; "irmão acorda, acorda irmão, senão a Bíblia vai cair da tua mão..."; "cadê a sua espada? Veio para o culto desarmado?", "A Bíblia é um arma com 66 tiros"...

Diz aí, com certeza você já deve ter ouvido algumas dessas frases em algum momento da sua vida. A Bíblia é o livro mais vendido mas é também o menos lido e compreendido. Não basta ler a Bíblia, é preciso saber interpretá-la com um mínimo de segurança. Um dos grandes problemas hoje nas comunidades cristãs é ligar o abismo que existe entre o que a Bíblia disse "lá", no seus originais para o "aqui e agora", para as situações da nossa própria vida.

Alguns não se preocupam com o que um livro bíblico quis dizer quando foi escrito, ele só se preocupa com o que o texto quer dizer hoje para ele; mas isso é um grande equívoco e um contra-senso e a origem de todo tipo bizarro de erro. Mas felizmente, muitos cristãos possuem o bom-senso. Mas afinal de contas, que bicho é esse - a tal da exegese? A palavra exegese deriva do grego exegeomai; ex tem o sentido de ex-trair, ex-ternar, ex-por, ou seja, conduzir, guiar. Então, de um modo geral, exegese é revelar o sentido de algo ligado ao mundo do humano, mas o termo se orientou para a interpretação do texto bíblico. Então, de modo simples, a exegese se preocupa com o que o texto bíblico quis dizer quando foi escrito e para isso usa várias ferramentas; já a hermenêutica, que é uma ferramenta da exegese, busca olhar esse significado primitivo do texto na variedade de contextos novos ou diferentes dos nossos próprios dias. Podemos dizer que a hermenêutica pergunta: "o que esse texto que significou tal coisa no passado (exegese) significa hoje para mim como seguidor da fé bíblica(hermenêutica)? É bom deixar anotado que essas definições podem variar de autor para autor mas essa é para mim a definição mais simples e fácil de entender. O alvo da interpretação é chegar ao sentido claro do texto. Mas se apenas uma leitura é capaz de perceber o sentido claro para quê interpretar? Por duas razões importantes: 1 - Precisamos aprender como interpretar por que todo leitor é ao mesmo tempo um intérprete. A maioria de nós toma por certo que, enquanto lemos, também entendemos o que lemos. Mais agravante ainda, é que quando lemos, tendemos a achar que o nosso entendimento é o mesmo que o texto original queria dizer. Ainda há outra dificuladade: levamos para o texto tudo quanto somos, com as nossas experiências, cultura(ou falta dela...) e entendimento prévio de palavras e ideias. Isso quase sempre nos leva a atribuir significados estranhos ao texto. Um exemplo clássico: Todo calvinista ortodoxo lê toda a bíblia pela seu pré-conceito de que Deus é soberano e que estabeleceu entre os homens uns para a salvação e outros para a perdição. Alguns textos bíblicos podem apoiar essa ideia mas outros não. Logo, o calvinista ortodoxo tende a forçar aquele texto que não diz claramente o que ele pensa a significar o que ele já tem como verdade pré estabelecida. A mesma coisa coisa pode acontecer com outras visões doutrinárias. Um outro exemplo: uns, quando leem textos acerca de adoração, automaticamente transportam para o texto bíblico o modo como a sua igreja promove a adoração. Ou seja, a adoração bíblica é aquela que a sua igreja pratica. Um outro caso: Quando Paulo fala em carne, por exemplo em Romanos 13.14, as pessoas de cultura européia tendem a pensar que "a carne" significa "o corpo"; então, pensam que Paulo está falando nos "apetites físicos"; mas a palavra "carne" conforme Paulo a emprega, raras vezes se refere ao corpo mas sim, a uma enfermidade espiritual ou como alguns dizem, "a natureza humana pecaminosa." Essa interpretação errônea prevaleceu durante décadas aqui no Brasil no meio das Assembleias de Deus, fundadas por europeus.

No próximo texto, a segunda razão por que é importante a interpretação bíblica.

Sempre que eu postar texto sobre o tema, esses serão as principais fontes consutadas: Gordon D. Fee & Douglas Stuart. Entendes o que lês? ed. Vida Nova Cássio Murilo D. da Silva. Metodologia de Exegese Bíblica. Ed Paulinas Horácio Simian-Yofre(coord). Metodologia do Antigo Testamento. Ed Loyola. Wilfrid J. Harrington. Chave para a bíblia. Ed. Paulinas Uwe Wegner. Exegese do Novo Testamento. Ed Sinodal/Paulus Antonius H. Gunneweg. Hermenêutica do Antigo Testamento. Ed Sinodal/EST Dicionários bíblicos Rômulo Candido de Souza. Palavra Parábola. Ed Santuário

 

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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

BIG BROTHER BRASIL (Luiz Fernando Veríssimo)

Queridos leitores, depois de tantos e-mail e protestos, não poderia deixar de apoiar, publicando este grito que faz coro com milhares de brasileiros, que não se curvam a programas baratos, degradantes, impostos pela globo ou qualquer que seja o canal que vomite sua podridão. Em seguida veja o Cordel.

Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço...A décima primeira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil,... encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.

Dizem que em Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos, na mesma casa, a casa dos "heróis", como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE...

Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um "zoológico humano divertido" . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.

Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo.

Eu gostaria de perguntar, se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.

Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis?

São esses nossos exemplos de heróis?

Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros: profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados..

Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo santo dia.

Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.

Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada, meses atrás pela própria Rede Globo.

O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral.

E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!

Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais.

Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.

Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social: moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?

(Poderiam ser feitas mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!)

Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.

Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., meditar, passear com os filhos, ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir.

BIG BROTHER BRASIL Antonio Barreto, Cordelista natural de Santa Bárbara-BA, residente em Salvador. Curtir o Pedro Bial E sentir tanta alegria É sinal de que você O mau-gosto aprecia Dá valor ao que é banal É preguiçoso mental E adora baixaria. Há muito tempo não vejo Um programa tão ‘fuleiro’ Produzido pela Globo Visando Ibope e dinheiro Que além de alienar Vai por certo atrofiar A mente do brasileiro. Me refiro ao brasileiro Que está em formação E precisa evoluir Através da Educação Mas se torna um refém Iletrado, ‘zé-ninguém’ Um escravo da ilusão. Em frente à televisão Lá está toda a família Longe da realidade Onde a bobagem fervilha Não sabendo essa gente Desprovida e inocente Desta enorme ‘armadilha’. Cuidado, Pedro Bial Chega de esculhambação Respeite o trabalhador Dessa sofrida Nação Deixe de chamar de heróis Essas girls e esses boys Que têm cara de bundão. O seu pai e a sua mãe, Querido Pedro Bial, São verdadeiros heróis E merecem nosso aval Pois tiveram que lutar Pra manter e te educar Com esforço especial. Muitos já se sentem mal Com seu discurso vazio. Pessoas inteligentes Se enchem de calafrio Porque quando você fala A sua palavra é bala A ferir o nosso brio. Um país como Brasil Carente de educação Precisa de gente grande Para dar boa lição Mas você na rede Globo Faz esse papel de bobo Enganando a Nação.. Respeite, Pedro Bienal Nosso povo brasileiro Que acorda de madrugada E trabalha o dia inteiro Dar muito duro, anda rouco Paga impostos, ganha pouco: Povo HERÓI, povo guerreiro. Enquanto a sociedade Neste momento atual Se preocupa com a crise Econômica e social Você precisa entender Que queremos aprender Algo sério – não banal. Esse programa da Globo Vem nos mostrar sem engano Que tudo que ali ocorre Parece um zoológico humano Onde impera a esperteza A malandragem, a baixeza: Um cenário sub-humano. A moral e a inteligência Não são mais valorizadas. Os "heróis" protagonizam Um mundo de palhaçadas Sem critério e sem ética Em que vaidade e estética São muito mais que louvadas. Não se vê força poética Nem projeto educativo. Um mar de vulgaridade Já tornou-se imperativo. O que se vê realmente É um programa deprimente Sem nenhum objetivo. Talvez haja objetivo "professor", Pedro Bial O que vocês tão querendo É injetar o banal Deseducando o Brasil Nesse Big Brother vil De lavagem cerebral. Isso é um desserviço Mal exemplo à juventude Que precisa de esperança Educação e atitude Porém a mediocridade Unida à banalidade Faz com que ninguém estude. É grande o constrangimento De pessoas confinadas Num espaço luxuoso Curtindo todas baladas: Corpos "belos" na piscina A gastar adrenalina: Nesse mar de palhaçadas. Se a intenção da Globo É de nos "emburrecer" Deixando o povo demente Refém do seu poder: Pois saiba que a exceção (Amantes da educação) Vai contestar a valer. A você, Pedro Bial Um mercador da ilusão Junto a poderosa Globo Que conduz nossa Nação Eu lhe peço esse favor: Reflita no seu labor E escute seu coração. E vocês caros irmãos Que estão nessa cegueira Não façam mais ligações Apoiando essa besteira. Não deem sua grana à Globo Isso é papel de bobo: Fujam dessa baboseira. E quando chegar ao fim Desse Big Brother vil Que em nada contribui Para o povo varonil Ninguém vai sentir saudade: Quem lucra é a sociedade Do nosso querido Brasil. E saiba, caro leitor Que nós somos os culpados Porque sai do nosso bolso Esses milhões desejados Que são ligações diárias Bastante desnecessárias Pra esses desocupados. A loja do BBB Vendendo só porcaria Enganando muita gente Que logo se contagia Com tanta futilidade Um mar de vulgaridade Que nunca terá valia. Chega de vulgaridade E apelo sexual. Não somos só futebol, baixaria e carnaval. Queremos Educação E também evolução No mundo espiritual. Cadê a cidadania Dos nossos educadores Dos alunos, dos políticos Poetas, trabalhadores? Seremos sempre enganados e vamos ficar calados diante de enganadores? Barreto termina assim Alertando ao Bial: Reveja logo esse equívoco Reaja à força do mal… Eleve o seu coração Tomando uma decisão Ou então: siga, animal… Salvador, 16 de janeiro de 2010.

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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

MEU GRANDE EQUÍVOCO

Desde muito criança ouço as histórias bíblicas e, logo que aprendi a ler, amava o Antigo Testamento, na verdade era ele que mais me encantava, com suas histórias dinâmicas e seus belos romances. Portanto, me tornei capaz de contar, creio que todas as histórias mencionadas nele. No entanto, após escrever o ensaio “A FÉ, O PECADO E A LONGANIMIDADE DE DEUS, que versa sobre um episódio na vida de Abrão e Sarai, senti uma sensação de frustração e por pouco não destruí a mensagem. Agora pela manhã, ao fazer minha meditação, entendi o motivo e aprendi uma grande lição: não publicarei nada que não me deixe em paz.

Vejamos, portanto, a narração de Gêneses vinte e compare com a narração de Gêneses 12: 10-20, que me serviu de base para o ensaio anterior a este. Perceba também que os nomes de Abraão e Sara nesta narrativa já haviam sido mudados, não era mais Abrão e Sarai, como se refere no capítulo doze.

Partindo Abraão dali para a terra do Neguebe, habitou entre Cades e Sur e morou em Gerar.

Disse Abrão de Sara, sua mulher: Ela é minha irmã; assim, pois, Abimeleque, rei de Gerar, mandou buscá-la. Deus, porém, veio a Abimeleque em sonhos de noite e lhe disse: Vais ser punido de morte por causa da mulher que tomaste, porque ela tem marido. Ora, Abimeleque “ainda não a havia possuído; por isso disse: Senhor, matarás até uma nação inocente? Não foi ele mesmo que me disse:É minha irmã? E ela também me disse: Ele é meu irmão. Com sinceridade de coração e na minha inocência, foi que eu fiz isso. Respondeu-lhe Deus em sonho: Bem sei que com sinceridade de coração fizeste isso; daí “o ter impedido Eu de pecares contra Mim e não te permiti que a tocasse”. Agora, pois, restituí a mulher a seu marido, pois ele é profeta e intercederá por ti, e viverás; se, porém, não lha restituíres, sabe que certamente morrerás, tu e tudo o que é teu.

Levantou-se Abimeleque de madrugada, e chamou todos os seus servos, e lhes contou todas essas coisas; e os homens ficaram muito atemorizados.

Então chamou Abimeleque a Abraão e lhe disse: Que é isto que nos fizeste? Em que pequei eu contra ti, para trazeres tamanho pecado sobre mim e sobre meu reino? Tu me fizeste o que não se deve fazer.

Disse mais Abimeleque a Abraão: Que estavas pensando para fazeres tal coisa? Respondeu Abraão: Eu dizia comigo mesmo: certamente não há temor de Deus neste lugar, e eles me mataram por causa de minha mulher. Por outro lado, ela, de fato, é também minha irmã, filha de meu pai e não de minha mãe; e veio a ser minha mulher. Quando Deus me fez andar errante da casa de meu pai, eu disse a ela: Este favor me farás: em todo lugar em que entrarmos, dirás a meu respeito: Ele é meu irmão.

Chamo a atenção do meu querido leitor para este detalhe, foi somente após a revelação da verdade, que, Abraão recebeu os presentes do rei.

“Então, Abimeleque tomou ovelhas e bois, e servos e servas e os deu a Abraão, e lhe restituiu a Sara, sua mulher”.

Vejamos o quanto Abimeleque foi temente a Deus e agiu com dignidade:

“Disse Abimeleque: A minha terra está diante de ti; habita onde melhor te parecer. E a Sara disse: Dei mil siclos de prata a teu irmão; será isto compensação por tudo quanto se deu contigo; e perante todos estás justificada.

E, orando Abraão, sarou Deus Abimeleque, sua mulher e suas servas, de sorte que elas pudessem ter filhos; porque o Senhor havia tornado estéreis todas as mulheres da casa de Abimeleque, por causa de Sara, mulher de Abrão.

Prometo ter um cuidado muito maior e especial ao comentar não só as histórias bíblicas, mas ao postar qualquer outro tema.

Outra lição que podemos levar deste meu equivoco é que as narrações de histórias estão sujeitas às informações que cada escritor pesquisa, portanto, quanto mais versões diferentes sobre um assunto pudermos inquirir, maiores esclarecimentos teremos.

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domingo, 6 de fevereiro de 2011

A FÉ EXPLICA

Nada melhor do que provarmos a fé pelas obras, portanto, extraí o depoimento abaixo do capítulo seis do livro “Paz Interior em Tempos de Crise” (Editora Betânia), escrito pelo pastor americano George Foster, ex-diretor da Editora Betânia – BH, palestrante, intérprete, autor de vários outros livros, Conselheiro Internacional de Pastores e meu ex-professor de “Vida Cristã.” Nutrimos por ele uma estima mui grande, por sua vida de fé e testemunho cristão.

Quero relatar aqui uma experiência que tivemos e que sempre será um marco em nossa vida. Ocorreu num momento em que estávamos passando por provações, e isso nos fez relembrar de que Deus estava e está conosco, mesmo quando não sentimos sua presença.

Alguns anos atrás, fizemos uma viagem ao Brasil. Na oportunidade, resolvemos visitar uma missionária brasileira de nome Sônia, que fizera uma cirurgia para remover vários tumores. Disseram-nos que ela estava morando na casa de parentes em Niterói. De posse do endereço, viajamos para essa cidade. Ali chegando, fomos procurar a rua e o número.

Depois de rodar por alguns minutos, pedimos ajuda a um taxista. Ele nos informou que nunca ouvira falar daquela rua, mas se prontificou a se comunicar com a central telefônica que, segundo ele, conhecia todas as ruas da cidade. Fez a ligação e em seguida nos comunicou que na central telefônica também ninguém tinha conhecimento dela.

Sem saber direito o que fazer, fomos a um orelhão para ligar para o marido de Sônia. Havia um homem usando o aparelho, então me coloquei logo atrás dele, aguardando minha vez. Pouco depois, ouvi-o dizer:

“É ela fez a cirurgia. Eles tiraram caroços, mas descobriram mais alguns. Ela vai ter de operar de novo.”

O caso que ele mencionava era muito parecido com o de Sônia. No instante seguinte, um jovem se aproximou, cochichou qualquer coisa com o homem e ficou ali por perto. Minha curiosidade se aguçou. Aproximei-me dele e lhe perguntei se conhecia aquela rua. Quando ele leu o endereço no papel, olhou-me de uma forma estranha e disse:

- O nome do bairro e o da cidade estão certos, mas o da rua não. Ela fica é no Rio de Janeiro. Aliás, esse endereço é da minha casa! Por que querem ir lá?

- Queremos visitar uma amiga nossa chamada Sônia, para orar por ela.

- Oh, que coincidência! Replicou ele. Sônia é minha irmã!

- Pois eu não acho que seja coincidência, falei. Creio que foi Deus que nos fez encontrar você.

- Então Deus fez tudo muito certo, comentou ele. A Sônia não está em minha casa, não. Ela está nesse apartamento bem aqui em frente.

Em seguida, ele nos apresentou ao homem que estivera falando ao telefone.

- Este é nosso pai, disse.

O pai também ficou profundamente admirado e nos conduziu ao apartamento onde a missionária se encontrava com seus familiares. Todos se mostraram impressionados com a forma como Deus nos conduzira até ali. Sentimos que algo de muito importante estava para acontecer. Então oramos por Sônia, e imediatamente El ficou curada dos tumores de modo miraculoso. Ela não precisou fazer uma segunda cirurgia e, passados vários anos, nunca mais teve tumores.

Todas as vezes que me recordo desta experiência, sinto-me fortalecido na fé. Como eu poderia duvidar de que Deus estava comigo naquela ocasião ou de que está agora? Como poderia não ser grato a Ele?

No entanto, às vezes, não sou. O que acontece é que deixo que as circunstâncias adversas venham bloquear minhas recordações das bênçãos de Deus. Ainda não desaprendi totalmente a “arraigada” arte de reclamar. Preciso aprender a dar graças a Deus...

Foi uma história tão comovente para nós quando minha avó materna foi curada de câncer de mama e viveu mais longos e longos anos, até que, aos noventa e oito anos, a natureza lhe baixou a cortina.

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