Mamãe e Margarida
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Margarida veio de Salvador acompanhar minha mãe na sua enfermidade, o que tem feito com muita dedicação e amor. Ontem, vinte e dois de dezembro, nós compartilhávamos das bênçãos de Deus sobre as nossas vidas, quando lhe perguntei como se havia dado a sua conversão. E ela passou a narrar um dos mais belos testemunhos que já ouvi.
“Eu era espírita umbandista, incorporava guias caboclos que ‘receitavam’ chás, banhos de ervas e trabalhos em encruzilhada, para ‘supostas’ limpezas de corpo.
Era uma pessoa muito irritada, xingava muito, me desentendia facilmente com minha família, vivia em constantes brigas. Em fim, não tinha paz.
Um dia eu estava sentada numa mesa, em concentração, aguardando a manifestação de um orixá, quando a dona do centro me avisou que havia um senhor me chamando e que ao ser convidado a entrar pela dona do centro, contestou-lhe que não poderia porque aquele lugar não lhe pertencia. Fui então atendê-lo e, ao aproximar-me do portão, vi um senhor de estatura mediana, branco, cabelos semelhantes à prata. À medida que fui me aproximando, Ele me estendeu os braços e gesticulando suavemente com as mãos me chamava, enquanto andava para trás até desaparecer.
Voltei para a mesa, senti a sensação de que algo ruim havia saído de dentro de mim. Não consegui mais me concentrar nem sentir prazer ali. Foi então que comecei aos poucos a deixar de freqüentar o centro.
Logo depois daquela experiência, eu fiquei grávida da minha filha caçula.
Dias antes do parto, eu estava preparada para fazer uma cesária, com o objetivo de ligar as trompas. No entanto, um dia antes eu sonhei que eu estava na sala de cirurgia e ouvia o médico dizer que ou me salvava ou salvava a criança. E acrescentou: o risco maior será para a mãe, ela vai morrer, mas a criança vai se salvar. Eu olhava então para o vidro que nos separava da sala contígua e via meu marido que me estendia às mãos, mas eu não podia alcançá-la.
Ao despertar, contei o sonho para ele e decidimos que meu parto seria normal. E, naturalmente, sem necessitar extirpar as trompas, não engravidei mais.
Após três meses do parto, contraí uma enfermidade, neste período eu tive o seguinte sonho: Eu via um clarão muito forte no meu quarto e escutei uma voz que dizia: levanta, clama a Mim, porque Eu Sou O Senhor teu Deus. Como eu não compreendesse o que estava acontecendo, a voz tornou a clamar dizendo: Eis que orarei por ti e farei de ti a minha serva!
Esta experiência trouxe-me a memória quando Jesus falou com Pedro: - Simão, Simão, eis que satanás vos pediu para vos cirandar como trigo; mas eu “roguei” por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu quando te converteres, confirma teus irmãos. (Lucas 22:31.32). (Comentário meu).
Calou e depois falou novamente: ‘Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do onipotente descansará. ’
Despertando daquele sonho, senti que algo estranho havia me acontecido. Definitivamente eu não queria mais ir ao candomblé. Mas procurei uma igreja evangélica onde aceitei a Jesus como salvador e senhor da minha vida.”
Nos longos vinte e quatro anos em que recebeu Jesus, Margô, como carinhosamente a chamamos, vem tendo experiências extraordinárias com O Senhor.
Deus a curou de uma cegueira inevitável segundo a medicina, o que levou uma junta médica, ladeada por alunos de medicina a reconhecer o milagre de Deus.
Deus é do tamanho que nós cremos. Pasme! Esta não foi a primeira vez que ouvi e vi pessoas que passaram por uma cirurgia espiritual, não através de espíritos que o fazem em troca da alma do paciente, mas pelo poder de Deus.
“Pelas Tuas chagas fomos sarados.” (Isaias 53:5).
Margô era uma pessoa constantemente rouca e perdia a voz quando tentava falar um pouco mais. Um dia, em viagem missionária, um diácono pediu-lhe para orar e, ao tentar, a voz não lhe saiu. Ela fez gesto para o irmão comunicando-lhe que não podia falar. Aquele diácono, tomado pelo Espírito Santo, declarou: “Na autoridade do Espírito Santo de Deus eu te ordeno que abra a boca e ore. Imediatamente, ela começou a glorificar a Deus em voz alta, neste momento, uma irmã visionou um anjo com uma paleta na mão que, à medida que ela abria a boca para louvar a Deus, ele passava aquela paleta como que limpando sua garganta. Confirmando a visão, ela começou a expelir uma secreção.
Passados seis meses deste incidente, ela sentiu dores fortes na garganta e procurou o naringologista que ao examiná-la lhe disse: “você já é operada das amídalas...” Ao que ela contestou: “-não doutor, eu nunca passei por cirurgia não”. Veio-lhe então à memória o ocorrido na viagem missionária e não teve dúvidas que ali O Senhor eliminara o órgão degenerado.
O mesmo Jesus do cego Bartimeu, da mulher com fluxo de sangue, dos leprosos, surdos, mudos, paralíticos, gadareno, da filha de Abraão que o diabo tinha prisioneira é o meu Jesus, o seu Jesus e é o Jesus da Margô.
O que nos falta muitas vezes é Crer como diz nas Escrituras: E estes sinais seguirão aos que crerem: em Meu nome expulsarão os demônios; falaram novas línguas; pegarão em serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão. (Lucas 16:17,18).
A Ele toda honra e toda glória! Guiomar Barba.